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Kristhen Zillord

Pierre coloca a bandeja no forno, e o liga na temperatura certa.

- Certo! - ele bate as mãos - Agora só falta esperar - seu tom está animado, na verdade, ele está todo animado

- Gostou de fazer isso?

- Sim... Não vejo a hora de tentar fazer o prato francês... - seu sorriso é enorme, e o mesmo se encosta no balcão

- Então já sabe o que vai fazer na faculdade?

- Talvez... Se eu gostar até lá, pode ser que eu faça o curso de gastronomia. Antes eu queria fazer administração para pegar às empresas do "meu pai", mas meu interesse mudou quando eu descobri toda a verdade

- Vai abrir um restaurante se entrar nessa área?

- Talvez... Mas só se você me prometer que vem me visitar. - seu sorriso novamente cresce - Ah, não... é mesmo. Você vai ser a mulher do chefe, vai poder comer do melhor.

- Como pode ter certeza que eu serei sua mulher?

- Porque eu tenho. - ele cruza seus braços, me olhando fixamente com seu sorriso - Você não tem certeza?

Sei que consegue sentir que isso entre a gente não vai durar.

- Tenho... Claro que tenho. Mas depende de você se vai continuar me querendo.

- Que fala mais sem lógica - sua mão agarra meu braço, e logo estou grudada ao seu corpo - É claro que vou continuar te querendo.

- Não sabemos o que o futuro pode nos reservar.

- Eu não me importo, vou insistir em você. - ele sorri, fazendo meu coração bater mais forte em meu peito

Seus olhos sinceros e bobos observam meu rosto. Me sinto envergonhada pela forma que ele me olha em silêncio, deixando o bendito sorriso nesse rosto lindo dele.

Passo meus dedos sobre a sua pele macia, e acompanho com os olhos onde eu toco, até chegar perto dos lábios. Meu foco fica ali, observando o sorriso que cresce.

- Seu rosto dói?

- Não. - ergo meu olhar - Está muito feio?

- Um pouco... Passou uma pomada de cicatrização no lábio?

- Passei, mas foi bem cedo.

- Posso passar a pomada pra você.

- Está bem. - coloco meus braços em seus ombros, abraçando seu pescoço - Tem certeza que sua mãe não vai voltar?.

- Ela não é minha mãe, e ela não vai voltar.

- E se ela voltar?.

- Ela não vai! - um sorriso torto aparece em seu rosto - Não quer ficar comigo? - suas mãos rodeiam meu corpo, me puxando mais ainda para perto

- Eu quero ficar com você, mas não quero ficar aqui.

- Elaine não vai voltar hoje, eu prometo... - sua mão afasta meu cabelo do lado esquerdo para trás do meu ombro - Está com medo dela?

- Estou com medo do que ela pode fazer com você.

- Ela não vai fazer nada comigo, e muito menos com você.

Pierre sorri, mas logo sua cabeça some da minha vista, quando ele se aproxima do meu pescoço. Sinto sua respiração na minha pele, me sinto nervosa, como também arrepiada dos pés a cabeça. Seu primeiro beijo derrete todo meu corpo, à sensação é tão boa, que meus olhos automaticamente se fecham para apreciar e focar

Ele sobe, como também desce com seus beijos pelo meu pescoço. Suspiro baixo, e não deixo de sorrir. Pierre sobe com o beijo pelo meu maxilar, até ficar a centímetros dos meus lábios. Não abro meus olhos, apenas sinto sua respiração quente bem próxima do meu rosto.

Seus lábios finalmente ficam nos meus. São macios, e bons de beijar. Ficamos assim, nos beijando e provocando um ao outro por algum tempo, não sei exatamente quanto tempo foi, mas isso daqui melhorou o resto do meu dia.

Sentir ele me beijar diferente, de uma forma mais calorosa, suas mãos apertando meu corpo, e o jeito que ele sorria em cada momento que nossas línguas às vezes se encostavam, isso tudo me fez derreter completamente por ele.

Meu desejo de ficar aumentou, e espero passar mais tempo assim, nos beijando dessa forma, sem ninguém nos atrapalhando. Isso tudo me fez sentir uma grande paz... me fez esquecer de tudo que aconteceu, e ainda vai acontecer.

Pierre tem um efeito sobre mim, e eu gosto disso.

- Sabe... fiquei com vontade de comer algo de sal - ele diz, e logo seus olhos vão para trás de mim - Vamos fazer aquele prato francês

- Está bem.

Seu sorriso cresce, e só pelo seu olhar, consigo ver como ele está com fome.

***

Estou cheia, parece que minha barriga vai estourar ou algo do tipo. Comi muito, mas tudo estava muito bom. Pierre conseguiu acertar o ponto, menos do macarrão, ele acabou deixando queimar um pouco, mas ele pode aprender com o tempo se continuar cozinhando.

- Você quer mais?

- Não... Estou cheia... - passo a mão sobre minha barriga, observando ele guardar o resto da comida

- Você come pouco.

- Pouco? - ergo minhas sobrancelhas - Eu comi duas vezes, com o prato cheio, e ainda comi três pedaços de bolo. Eu não comi pouco, você que come demais.

Ele ergue uma sobrancelha, e balança seus ombros, como se não importasse com o tanto de comida que come. Fico de pé, minha barriga está doendo, com certeza vou ter que tomar um remédio para não ter queimação.

Espero não passar mal por misturar algumas coisas.

- Você tem algum remédio para queimação?

- Tenho. Seu estômago está doendo? - ele fecha a geladeira, e olha pra mim

- Não, mas sei que vai. Vamos, quero deitar um pouco.

- Quê? Não! Vamos andar um pouco, fazer digestão. Deitar após comer faz mal. - sua mão segura a minha, e ele me puxa para o fundo da casa - Vamos dar uma volta, depois entramos e tomamos um banho.

Não vou reclamar. Com certeza está frio lá fora, terei seus braços rodeando meu corpo logo, logo. É tão bom quando ele está perto de mim, me abraçando, dando carinho e me enchendo de beijo.

Eu fico toda estranha... boba por ele. Esse sentimento é tão bom... Pensei que em toda a minha vida eu nunca iria sentir algo assim. Fico feliz, que mesmo sendo por pouco tempo, eu tenha sentido algo tão perfeito.

Continua...

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