Reed Walsh
- O que é isso? Um colar para a Samy? - Kristhen pergunta, e um sorriso surge em seu rosto - Qual é o seu plano dessa vez?
- Não... o dela eu já entreguei. Esse é para você. - estendo para ela, mas a mesma fica sem entender
- Pra mim? - aponta para si mesma
- Sim. Você me disse uma vez que gostava de observar as estrelas... que elas diziam coisas bonitas para você...
Aquele mesmo sorriso se some aos poucos, eu consegui sentir que ela se arrepiou, não sei... talvez por se remexer?
- O quê?
- Você disse isso no meu sonho. E também disse que eu era uma estrela, porque eu também dizia coisas bonitas para você - encaro seu rosto, ela hesita em pegar o colar
- Eu não gosto de estrelas - ela me olha, com um olhar tão frio, que... tirou todo sentimento bom que havia em mim - Elas me lembram as pessoas que já perdi
Mas em sua voz, tinha um pingo de mentira, eu consigo sentir.
Me aproximo dela, se ela não quiser, pode jogar fora. Abro o colar, e coloco sobre seu pescoço, ficando bem próximo do seu maravilhoso cheiro.
- Dentro de mim, algo diz que você está mentindo... Mas se quiser jogar fora, tudo bem.
Arrumo o pingente sobre seu peito, antes de me afastar dela. Aqueles olhos continuam com a mesma frieza.
- É esse?
Olho para a Samy quando ela se aproxima com uma caixinha vermelha na mão.
- Sim. - digo
Ela abre e encontra uma pulseira. Só comprei qualquer uma. Pedi para a moça da loja fechar os olhos e passar a mão sobre uma, que eu iria comprar.
- É lindo! Eu amei! - ela pega a pulseira, e coloca sobre seu pulso sem muito esforço, parece que comprei do tamanho certo - Vem! Agora eu quero que você conheça meus pais.
Legal, mas eu não quero conhecer.
- Ah, não... eu vou ficar por aqui e-
- Vamos! - ela segura meu braço, me dando poucas opções
Antes de ir, eu olho para a Kristhen como um pedido de socorro. Apenas para ela inventar algo e me tirar dessa, mas seus olhos não estavam em mim, e sim, no chão.
Seus dedos passavam sobre o pingente, enquanto parecia que ela estava perdida em seus pensamentos.
Tentei segurar sua mão, mas não consegui colocar força, apenas nossos dedos se tocaram. Aqueles olhos vêm até mim. Era uma mistura de tristeza, e perdição.
Um aperto fica sobre meu peito, não sei o que deu em mim, mas só queria ir até ela e abraça-lá. Meu corpo implorou para que eu me soltasse da Samy.
Não sei porque, mas eu queria ficar ao seu lado, e eu estava disposto a fazer isso. Porém, foi tarde demais quando Jacs chegou e a puxou para o lado oposto do meu.
- Mãe, pai, esse é Reed... O garoto de que falei antes.
***
Uma brincadeira na qual você pergunta, e se a pessoa não quiser responder, ela bebe um gole de tequila. São dez copos, se eles acabarem, a pessoa tem que fazer o que o líder da roda mandar. Essa é tão chata que agora quero ir embora.
Já tomei meu banho, estou com roupas limpas, mas o frio por estarmos no meio do mato está me matando. Por ser uma montanha cheia de árvores, aqui faz muito frio, e a Samy teve a ideia de acamparmos na floresta.
Não é muito longe da casa, apenas para nos divertir. Todo mundo concordou, mas aqui está tendo pouco vento, porém, muito gelado, e não está sendo nada divertido.
Samy não gostou muito da Kristhen ter ficado, mas eu disse a ruiva que eu só ficava se a Kirsthen ficasse comigo, rapidamente ela aceitou. E fico feliz do Jacs ter ido embora
- Minha vez! - agora é a irmã da Samy que pergunta, mas a pergunta é para a Kristhen - Com quem foi seu primeiro beijo?
- Com um garoto francês - ela responde facilmente - Morei na França quando era pequena.
- E qual era o nome dele?
- É só uma pergunta, Safira! - Samy briga com ela
- Pierre, o nome dele era Pierre.
Pierre? Não foi desse nome que ela me chamou a um mês atrás quando estávamos no cativeiro? Ela me confundiu... com ele?
Pode parecer loucura eu pensar isso... Mas agora sinto que ela pode estar ficando comigo porque talvez eu me pareça com ele?
Esquece! Estou criando paranoia. O que deu em mim para imaginar isso?
- Certo... Agora gira - Samy diz
Ela gira a garrafa, e dessa vez cai na Samy.
- Samy... você gosta de alguém aqui da roda?
A ruiva parece pensar em sua resposta.
- Sim. - diz com tanta confiança, que parece até dizer quem é
Kristhen estreita levemente seus olhos, e dá a liberdade para ela girar.
Ela gira a garrafa, e pela minha merda de sorte, cai em mim.
- Reed, há alguns meses todo mundo sabia que você nunca beijou antes... Com quem foi seu primeiro beijo?
Que merda, essa garota é uma porra! Se eu responder isso, posso fazer ela ficar em seu devido lugar, mas também, prejudicar a Kristhen.
Tenho certeza que vai acabar caindo no ouvido da minha mãe, e do jeito que ela gosta de separar trabalho da vida pessoal, pode fazer algo cruel com a Kristhen.
Minha mãe quando está irritada pode machucar uma pessoa gravemente, e não quero que ela encoste na Kristhen.
Pego o copo de tequila e viro de uma vez. A bebida desce rasgando em minha garganta, enquanto escuto o pessoal se perguntar quem seria. No rosto da Samy vejo decepção, pelo visto ela quer mesmo saber quem é.
Mas ao olhar para a Kristhen, encontro alívio. Parece que fiz a escolha certa.
Continua...
NOTAS DA AUTORA
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Kristhen
RomansaSendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa. Quando seu...