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TRÊS SEMANAS DEPOIS

Reed Walsh

Minha cabeça dói... merda! Um agudo forte me faz gemer de dor, céus, o que aconteceu? Pisco algumas vezes para ajustar minha visão. Estou em um quarto branco, um hospital...

Não me lembro exatamente o que ocorreu, só sei que ouvi uma explosão e meu corpo voou para trás, após isso, tudo ficou preto. Droga... que dor aguçada em minha cabeça.

Nunca pensei que sentiria tanta dor por todo meu corpo. Tento respirar, mas meu peito dói. Não sinto muito bem minhas pernas... a quanto tempo estou apagado?

Passo meu olhar pelo quarto, até parar em alguém que eu não imaginava ver agora, depois de tudo que aconteceu.

Sua mão esquenta a minha. Kristhen dorme com sua cabeça no colchão, enquanto segura minha mão de uma forma calma. Seu rosto está leve, em um sono provavelmente profundo.

Viro levemente sua mão, em como o seu calor transmite para mim. Uso meu dedo para acariciar, é macia... uma pele bem cuidada... Isso... é estranho.

Ela segurando minha mão me deixou estranho.

Tento abrir minha boca, mas está tão seca que minha garganta dói. Aperto levemente a mão da Kristhen, ela abre seus olhos da cor preta, um olhar... angelical?

Kristhen me observa por um tempo, até se levantar rapidamente e apertar o botão do quarto. Sua voz logo ecoa em formas de gritos para chamar o doutor e uma enfermeira.

Ela é ordenada a sair. O doutor senta na cama e a enfermeira me ajuda a tomar um pouco de água.

- Sabe quem eu sou?

- O senhor é o doutor da minha família, Jeffrey Cameron.

- Muito bem! - ele liga uma lanterna e coloca nos meus olhos, e logo se afasta - Sabe quem é você?

- Sou Reed Walsh.

- Reed, você se lembra do que aconteceu a três semanas atrás?

- Três semanas? - pergunto surpreso - Já se foi tanto tempo assim?

- Você estava em estado grave por bater fortemente a cabeça no chão, estou fazendo algumas perguntas para vê se você esqueceu de algo.

- Um-... Um carro explodiu e me arremessou para trás, é tudo que lembro.

- Bom... Vamos fazer alguns checape em seu corpo e cabeça para vê se está tudo normal, tudo bem?

- Sim...

***

Ficar três semanas sem andar é algo sério. Kristhen me ajuda com passos lentos. Ganhei uma grande cicatriz em minha perna direita devido a um osso quebrado, tive que fazer uma cirurgia, e agora estou recebendo ajuda para voltar a andar normalmente.

Segurando em uma barra de ferro, esforço para minhas pernas voltarem a andar.

Fiz o checape em meu corpo, e também já jantei. A janta não foi tão boa assim... Não sabia que a comida do hospital poderia ser tão ruim.

- Onde estão meus pais?

- Viajaram para uma reunião de negócios, voltam mês que vem - Kristhen responde em um tom diferente

Ela sempre falou friamente comigo, mas agora está sendo mais... meiga? Não sei dizer, talvez seja coisa da minha cabeça.

- Por que aquele carro explodiu? Por que você foi baleada?... O que está acontecendo? - pergunto

- Não está na hora de você saber, Reed... Só confie em mim.

- Não estou gostando do rumo que essa história está tomando, preciso saber o que está acontecendo.

- Pergunte a sua mãe, tenho ordens para não te responder essa pergunta. - ela não me olha - Se concentre em cada passo, vamos conversar depois.

Minha cabeça dói... Esqueci que levei pontos também na região esquerda da minha cabeça. Cara, estou todo fodido.

Andamos por algum tem. Kristhen me ajudou a voltar para o quarto. Na verdade, ela está me ajudando bastante. Vou tomar um banho, mas quero fazer isso sozinho.

É vergonhoso pra mim... Não quero ela aqui, sei que está tentando me ajudar, e agradeço, mas me sinto desconfortável.

- Você pode sair? - pergunto, me segurando na parede

- Tem certeza que consegue sozinho entrar e sair da banheira?

- Sim...

- Está bem.

Ela apenas deixa uma roupa na pia e se retira, fechando a porta. Tiro a roupa do hospital e entro na água morna com dificuldade, quase caí duas vezes.

Lavo meu corpo, como também meus cabelos. Passo a mão sobre a cicatriz que ficou na minha cabeça, espero que meu cabelo cresça nesse lugar... não quero que ninguém veja.

Demoro por um tempo no banho, lavando bem cada parte do meu corpo. Já satisfeito, eu coloco força para sair, porém, minhas pernas não obedecem meu comando. Tento de novo, e falham na metade, me fazendo cair de volta na banheira.

Que merda... Estou começando a odiar minha vida.

- Kris-... Kristhen! - digo, não acreditando que vou fazer isso

- O que foi?

- Eu...

Mordo meu lábio, que vergonha de pedir ajuda.

- Não consegue sair da banheira? - ela pergunta do outro lado - Quer ajuda?

- Sim... - respondo, mas foi tão baixo que não sei se ela ouviu

- Posso entrar? Não vou olhar pro seu corpo, se é isso que vai te matar de vergonha.

Respiro fundo e digo que pode entrar. Kristhen abre a porta, mas logo amarra um pequeno pano em seus olhos.

- Assim te deixa mais confortável?

- Um... pouco.

- Tá legal! - ela se aproxima tocando na parede. Quando seu pé bate na banheira, sua mão é estendida pra mim - Coloque força para ficar de pé.

Seguro sua mão e faço isso, agarrando em seu braço, finalmente, ficando de pé. Kristhen passa a mão no ar até tocar na pia, ela pega a toalha e me estende.

Coloco sobre meu corpo. Seguro no braço dela e saio com um pouco de dificuldade, ela faz bastante força para me segurar. Visto uma nova roupa do hospital após me secar.

- Pode tirar o pano.

Ela faz isso. Kristhen pega da minha mão a toalha e seca meus cabelos. Escovo meus dentes quando a mesma termina com o que estava fazendo, terei que deitar para tomar um remédio.

O que aconteceu durante essas três semanas?

Continua...

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