Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
A noite toda eu passei mau, sentindo dor em meu ombro e todo meu corpo. Fui treinar estando machucada, e voltei mais fodida ainda. Destroncaram meu ombro no treino, foi uma dor tremenda. Gemi de dor a noite toda, nenhum remédio adiantou, acordei suando, com dor de cabeça e meu ombro roxo.
O meu rosto também está roxo, graças ao Reed que me deu uma cotovelada. Se bem que... eu pedi por isso quando o forcei a lutar comigo, eu meio que já esperava por um soco e um chute.
Infelizmente, ontem, eu não descobri nada em relação à morte do meu pai com o Karl. Mas não vou desistir.
Vesti uma roupa para esconder os roxos, fiz uma mochila para ir ao parque aquático, que pela descrição da Elaine, você só pode entrar se tiver com roupa de banho no corpo.
Estaciono minha moto após chegar no shopping. Vim sozinha, Reed pediu para eu ir de moto.
Desço da moto com o capacete na mão, e a mochila nas costas. Pego as chaves e arrumo meu cabelo olhando no retrovisor.
Espero Reed sair do carro, tenho que ter paciência com esse garoto... E ela está quase no limite.
Nunca pensei que odiaria tanto alguém assim.
Reed sai, vestido todo de preto, acha que tá lindo. Tá mais pra um pateta desengonçado que nem sabe o que faz da vida, apenas bajula uma mulher que não liga para ele.
Sua mão é estendida, logo a ruiva segura e sai do carro. Ah... me toquei agora o motivo dele ter pedido para eu ir de moto, era porque só queria ficar com ela no carro.
Não vejo a hora dele quebrar a cara pra eu cair na gargalhada.
Ela o agradece por ajudar a sair do carro. Reviro os olhos e espero os outros dois seguranças saírem. Reed começa ir à frente, enquanto nós três o seguimos.
- Quer guardar a suas coisas no porta-malas? - um segurança pergunta
- Claro.
Eu e ele paramos, e o outro apenas segue Reed. Guardo minhas coisas no porta-malas, agradecendo pela gentileza do segurança. Apressamos nossos passos para alcançar Reed e a ruiva, que ri de coisas aleatórias.
Entramos no shopping. Ainda acho essa garota estranha. Ela o evitava, beijou outro garoto na frente dele, e agora o chamou para sair.
Isso tem cheiro de aposta, e cada minuto que se passa, minha teoria se confirma.
Andamos mais e mais, e os dois não entram em nenhuma loja. Os seguranças se afastaram de mim, para poder manter o lugar seguro para o Reed.
Fico três metros apenas de distância deles. Reed passa a mão sobre sua nuca várias e várias vezes, e isso mostra que ele está bem envergonhado de estar ao lado dela.
Por fim, Samy entra em uma loja. Ergo meu olhar, é uma loja de joias de prata pura. Comprei um colar para a minha mãe aqui quando trabalhava de meio período em uma loja, foi todo meu salário que juntei.
Viro meu corpo e fico de costas ao lado da entrada. Os dois seguranças fazem gestos dizendo que irar inspecionar o lugar. Apenas concordo com a cabeça.
Fico atenta em cada lugar com pessoas. Olho para a direita, mas meu pulso é puxado para dentro da loja. Encaro Reed, não posso ficar perto, preciso ficar atenta nos lugares. Tento puxar meu braço, mas ele coloca ainda mais força.
- Reed!
Por fim, ele para, mas ao lado da ruiva. Bufo de raiva, tentando tirar sua mão do meu pulso, mas é em vão, estou fazendo esforço pra nada.
- O que você acha? - Samy mostra o colar para ele
- Ele é bonito, combina com você.
Samy sorri, mas logo some quando seus olhos verdes me observam. Ela parece sem graça, talvez por ele estar segurando meu pulso? Até eu ficaria sem graça se saísse com um garoto, e ele estivesse segurando outra.
Com força puxo meu braço, mas Reed vem junto, se virando pra mim.
- Me solta! - digo apenas para ele
- Eu quero você perto.
- Pra quê? Para ficar sem gaguejar na frente dela? - cravo minhas unhas em sua pele, porém, ele não me solta - Vai ficar com dependência de mim? Tem que se virar sozinho.
- Sempre falei baixo ao lado das pessoas, e quando falava alto, gaguejava. Mas quando você está aqui, tudo isso some, e eu não sei o porquê.
- Foda-se?
- Não vou te soltar. - aqueles olhos castanhos mostra que ele está determinado no que diz - É a primeira vez que saio com a garota que gosto, não quero parecer um bobão ao lado dela.
- Eu vou arrebentar sua cara. - travo meus dentes em sua direção - Me solta!
- Faça isso, e eu conto tudo para minha mãe. - ameaça
Céus... eu só queria trabalhar em paz... Por que fui me alistar para segurança da família Walsh? Que arrependimento.
Pela força que ele segura meu pulso, não serei solta tão cedo.
- Eu estou começando a te odiar...
- Eu não ligo. - ele balança seus ombros e volto a encarar Samy, que na distância, experimenta colares
Deus... o que foi que fiz para merecer isso? Um homem problemático desses...
Estou sendo usada para que ele possa conversar de boa com a patética da Samy. A raiva por ele só aumenta.
Sou puxada novamente. Para não machucar meu ombro esquerdo, é melhor parar de colocar força em meu corpo.
Ele não vai me soltar.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
E aí? Já estão acostumados que sempre haverá um personagem principal fdp nos meus livros? 😂
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