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Kristhen Zillord

- Já disse para não pedir desculpas - Elaine deixa sua bolsa na mesa do escritório e se vira para mim - Eles iriam fugir de qualquer forma.

- Um deles machucou o tornozelo. O que estava machucado poderia ter 1,79 de altura, e seus olhos são azuis, o outro 1,85, com os olhos pretos.

- Essas informações são poucas, existem muitas pessoas com essas cores de olhos e essas alturas. A nossa única esperança é o cabelo - ela suspira e se senta

A viagem toda de volta para essa mansão, eu me xinguei por falhar. Treinei para ser perfeita, mas pelo visto não foi o suficiente. Papai nunca falhou em pegar quem queria machucar o senhor Walsh, e na minha primeira vez, eu falhei.

Porra!

- Enfim, como foi no colégio hoje?

- Foi bom, senhora. Reed conseguiu conversar com uma garota - ergo meu olhar - A garota que ele gosta.

Ela se levanta em um pulo, o sorriso se abre, a felicidade se expressa bem no rosto dela.

- Isso é... PERFEITO! Como ela é? Eu meio que suspeitava que ele poderia gostar de alguém...

- Ela é... - procuro por palavras legais, não quero acabar com essa felicidade - Delicada, gentil, bonita, animada, sorridente... Seus cabelos são ruivos ondulados. Ela tem sardas em seu rosto, e seus olhos são verdes. Mediana, tem 1,60 de altura.

- Agora fiquei ansiosa em conhecê-la! - ela bate levemente suas mãos - Como foi? Ele ficou feliz?

- Muito feliz, senhora! Hoje iremos à casa dela para uma festa.

- O quê?! E Reed não me contou? Céus... parece que estou mais distante dele do que imaginava - aquele sorriso some

- Hoje eu bati em três garotos - olhos castanhos ficam na minha direção - Eles jogaram farinha no Reed, e se não fosse pela ruiva, ele teria apanhado.

- E onde você estava? - diz com o rosto fechado

- Na detenção, senhora. Reed fez uma pergunta para o professor. Lhe encorajei para poder tirar a dúvida que tinha, mas um garoto riu dele. Prometi ao Reed que quem fizesse isso, iria levar uma borracha na cabeça, então, eu fiz isso. O garoto ficou furioso, e arremessou a borracha de volta, não pegou no Reed, mas estourou o vidro do colégio, o que fez eu e o garoto, irmos para a detenção.

- Hm... - ela volta com sua expressão normal - Dessa vez eu deixo passar, mas espero que não aconteça mais.

- Não irá acontecer. - abaixo levemente minha cabeça - Ah!

Pego o celular do Reed e entrego a ela, mostrando a mensagem do número desconhecido. Elaine observa aquelas fotos, ela fica furiosa, ao ponto de bater com força na mesa e se colocar de pé.

- Ele viu? - pergunta bufando

- Não, senhora. Menti dizendo que o celular quebrou.

Elaine passa a mãos sobre seus cabelos castanhos e ergue sua cabeça.

- Eles estão mais perto do que pensei... você terá que ficar com a guarda mais alta. Vamos procurar quem mandou a mensagem, sei que essa pessoa pode usar números ou celulares diferentes, mas não importa, eu irei achar essas pessoas.

Permaneço em silêncio. Elaine guarda o celular e se senta de volta.

- Enfim, não se preocupe com isso. Faça meu filho se divertir naquela festa, é a primeira vez dele indo em uma.

- Sim, senhora!

- Não se esqueça de me contar os detalhes, ou se algo estranho acontecer.

- Pode deixar!

Ela ergue sua mão, insinuando que já posso me retirar. Curvo um pouco em forma de referência e saio da sala.

Se eu tivesse pegado pelo menos um daqueles dois, teríamos dado um grande avanço. Droga! Agora vou ficar com isso na minha cabeça, me culpando pelo meu erro.

- Onde você esteve?

Olho para esquerda, Reed tem um celular novo nas mãos, e seus cabelos estão levemente úmidos.

- Fui resolver um assunto para sua mãe. Deseja algo? - aproximo um pouco

- É... - ele coça sua testa, parece estar pensando nas palavras para dizer - Poderia me ajudar... em algumas questões na tarefa de história? Vi que você terminou... - Reed me olha, sorrindo envergonhado

- Claro.

Ele se vira, dizendo que vai pegar seus materiais que estão na sala. Encaro aquelas costas, ele parece feliz, espero conseguir deixar ele feliz até eu terminar meu trabalho.

***

- É... - Reed olha a grande casa com uma cara nada boa. Com esse tanto de gente, parece deixar ele tenso - Vamos voltar!

Seguro o seu braço e entramos pelo portão. Elaine aumentou a guarda do Reed enquanto estamos aqui. Tem muita gente, não podemos arriscar.

- Não fique com vergonha, vamos nos divertir bastante aqui.

- Eu não pensei que teria tanta gente.

- É normal, só relaxa - o solto, ficando de frente a porta

Encaro Reed de cima a baixo, está bonito, veio bem-vestido pra ruiva que não merece ele. Espero muito que não seja uma aposta que ela fez com as amigas idiotas dela.

- O que fazemos agora? - pergunta, todo perdido

- Tocamos a campainha. - faço isso, e lá dentro, escuto alguém gritar para abrir a porta

Ela se abre, uma garota nos olha sem entender.

- Quem são vocês?

- Te interessa? Se estamos aqui, é porque a dona da casa chamou. - empurro seu corpo e deixo Reed entrar primeiro

- Precisava fazer isso? - ele sussurra quando passa

Dou de ombros e vou atrás do Reed. Ele para no meio do caminho, seus ombros estão tensos, não sei se vamos ficar por muito tempo nessa festa.

- Já pedi para relaxar! - empurro seu corpo

- Pedir é fácil! Não é você que está sentindo vergonha por estar aqui - ele me olha

Continua...

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