Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
Hoje pela manhã Reed pareceu meio estranho... meio que perdido em seus pensamentos. Não sei o que aconteceu com ele, fiz algumas perguntas, mas ele não me respondeu.
Na casa dos Walsh, tive sorte da mãe dele não estar, mas tenho certeza que quando voltar, receberei alguma bronca. Exceto se Reed faça alguma coisa.
No colégio ele agiu da mesma forma, ainda desligado das coisas, tropeçando nas pessoas e novamente falando baixo. Já fiz a pergunta pra ele, se estava tudo bem, mas não tive alguma resposta.
Viro um pouco minha cabeça para encarar seu rosto, e como seus olhos pretos estão fitando o gramado onde estamos sentados. Faço movimentos com as mãos, mas ele não olha ou se quer para de encarar a grama.
Quando ele vai me falar o que está acontecendo?
- Reed! - toco em seu ombro, por fim ele me olha - Você não respondeu minha pergunta se estava tudo bem.
- Estou. - ele não sorri, apenas desvia o olhar para longe
- É sério? Você não sabe mentir - novamente sou ignorada
Mexo na grama, encarando seu rosto reto, olhando para uma direção que não é a minha. Me aproximo um pouco dele, e sento de frente a sua visão, por fim, tendo novamente seus olhos em mim.
- Me diz, o que está rolando. Talvez eu possa te ajudar.
Ele apoia seu braço na perna, e aproxima um pouco sua cabeça de mim.
- Eu tive um sonho, onde eu te beijei pela primeira vez. Estávamos brigando, e as mesmas palavras que você disse para mim ontem, eu tive no sonho. Sem falar que você, me chamou de Pierre. Em nenhum sonho meu, o nome saia... era como se ficasse mudo quando meu nome era dito.
Encaro seus olhos sinceros por um tempo, tentando achar uma mentira, mas ele diz a verdade.
- Bem... Talvez você esteve tão enciumado ontem, que acabou sonhando com isso.
Reed me olha por um tempo, até virar seu rosto e murmurar algo que não entendi.
- O que disse? - pergunto
- Nada...
- Você disse alguma coisa. Repete ela.
- Eu só... disse que... talvez eu estava.
- Estava o quê? - me faço de sonsa
- Para com isso. Você sabe do que estou falando. - ele passa a mão sobre sua nuca, e evita me olhar
Dentro de mim, eu tenho uma vontade enorme de sorrir, e até de beijar ele. Mas sei que isso é ruim, porque se ele ficar apaixonado por mim, sua mãe logo vai descobrir.
Nem sei do que aquela mulher é capaz de fazer caso descubra.
Escuto meu celular tocar em meu bolso. Pego, vendo uma ligação da minha mãe. Meio estranho ela me ligar nessa hora, ela trabalha.
- Oi, mãe.
- Oi, querida. Então, venha naquele lugar idiota, tenho uma surpresa pra você.
- Que lugar idiota?
- Que você sempre frequentava com aquela gangue patética.
- Eles não são patéticos - digo, ouvindo sua risada do outro lado - Já estou aí.
Desligo o celular, e agora que percebo que estou sendo comida pelos olhos do Reed.
- Eu vou me encontrar com a minha mãe, você fica no colégio, e não sai daqui por nada, entendeu?
Ele me encara, e apenas concorda com a cabeça. Fico de pé, mas Reed continua na mesma posição. Olho em volta, as poucas pessoas que estão aqui, mexem no celular, ou fazem algo.
Abaixo meu corpo, e seguro seu rosto, deixando um beijo sobre sua bochecha. Me afasto, vendo surpresa em seus olhos, então apenas lhe dou um sorriso.
- Lembre-se de ficar no colégio.
Bagunço seus cabelos, e começo a caminhar até o portão do colégio. Sei que não vão me deixar sair, mas tenho meu jeito.
***
Sou guiada por um dos homens do Barth. Era melhor minha mãe ter me dito que ele estava aqui. A porta é aberta, entro em uma sala escura, porém, no final dela tem uma luz, e uma pessoa sentada presa, com o rosto todo machucado.
Olho para o lado, e minha mãe permanece sentada.
- Aí está, um dos caras que você procurava.
Encaro a pessoa, logo olhos azuis estão em mim, e a fúria está por todo seu rosto.
- Oh... - digo - Você não é o garoto que conversava com o Stefan aquele dia? Já poderia imaginar que seria vocês...
- Sua... cadela imunda! - ele diz, cuspindo sangue - Até onde vai com a merda dessa mentira? Acha que o Reed vai te perdoar depois disso tudo? Que vocês vão viver felizes para sempre? Que coisa mais... patética. - um sorriso fica sobre seu rosto, e sangue tampa seus dentes
- Mentira? Onde você acha que estou mentindo?
Ele começa a rir alto, jogando sua cabeça para trás, mas consigo ver que é por raiva. Logo seus olhos estão em mim novamente.
- Será como que vai ser quando ele descobrir toda a verdade? Quando ele descobrir que você matou seu próprio pai? Hein!? Será que ele vai te perdoar por isso? E qual é essa do veneno? Mentindo culpando o governo? Logo você, que tem um estoque cheio daquela... PORRA! Você é a vilã, Kristhen, e sabe disso...
- Oh, calma lá... Eu não matei meu pai sem um motivo, e você sabe disso. Vamos lá, pirralho... - ando até uma cadeira, e pego para sentar em sua frente - O que você sabe sobre mim?
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Ai, ai... digo é nada KAKAKAKAKKA
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