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Kristhen Zillord

— Filho, conheça Kristhen! — Elaine se levanta, e segura o braço do filho, colando-o em minha frente — Ela será sua nova segurança! Ou como você preferir, guarda-costas.

— Guarda-costas? — sua voz é baixa, quase não consegui ouvir — Por quê?

— Apenas para te manter mais seguro. — a doce mulher sorri — Cumprimente ela.

Ele parece hesitar, mas logo levanta sua mão.

— Sou o... Reed. — sua voz dessa vez sai mais alta

Aperto com firmeza, mas sinto ela suada, ele está nervoso?

— Sou Kristhen.

— Kristhen além de ser sua segurança, será uma amiga, não é legal? — Elaine pergunta após ele se afastar

Reed desvia o olhar várias vezes, talvez ele seja tímido com pessoas que acabou de conhecer. Consigo sentir sua tensão.

— Sim. — ele sorri para a mãe após responder em um tom mais alto — Eu vou... pro meu quarto.

— Não quer conhecer a Kristhen melhor, querido? Ela é uma ótima garota, não precisa ter vergonha.

Ele me olha por um tempo, até desviar os olhos para sua mãe.

— Eu vou banhar e já desço.

— Está bem! — ela sorri e deixa o filho se afastar

O acompanho com os olhos, até não o ver mais quando some pelo grande corredor.

— Tenta sempre o manter seguro, e também, fale com ele um pouco, Reed não tem coragem de puxar assunto. — Elaine diz, chamando minha atenção

— Darei meu melhor para o enturmar e ser mais aberto com as pessoas.

— Obrigada, Kristhen! Eu mesma te levarei ao seu quarto.

***

— Ele é tão tímido assim?

— Não sei dizer mãe... Ele não tem um aspecto de garoto tímido.

— Talvez ele seja filha, a mãe dele disse que o filho melhorou bastante.

Acabei de contar tudo a ela, talvez minha mãe tenha razão.

— Ele só gosta de se vestir bem.

— Talvez seja isso. Imaginava ele com outro estilo. Enfim, eu preciso descer, tenho que conversar um pouco com ele.

— Está bem, beijos.

— Eu te amo mãe.

— Também te amo.

Desligo o celular e deixo no carregador. Saio do quarto, encarando o grande corredor, acho que vou me perder aqui. Todos os funcionários têm espaço na casa, e do lado direito é a parte dos seguranças, que é onde eu fico. Infelizmente não sei onde fica o resto, só fiquei sabendo que o Reed fica no terceiro andar da casa.

Céus, eu sou tão pobre.

Respiro fundo e ando pelo grande corredor, observando alguns quadros aleatórios. Empurro a porta após andar um pouco, consigo chegar no corredor principal. Ando por ele até chegar nas escadas, espero um pouco, escuto chinelos baterem contra o chão, e logo Reed desce.

Seus olhos estão focados no celular.

— O senhor vai em algum lugar? — pergunto, mas a minha intenção não era assustá-lo

KristhenOnde histórias criam vida. Descubra agora