Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
- Antes eles realmente te batiam - digo - Mas aí, você deu um jeito neles, como deu um jeito em mim. Aterrorizados pelo garoto quieto saber lutar bastante bem, eles te deixaram em paz. Porém, você percebeu que a Samy olha para você quando estava sendo espancado... - começo a rir, isso é doentio pra caralho - Você foi até aqueles três novamente, pediu para eles continuar o que sempre faziam, só que na frente da ruiva. Eles aceitaram, além disso, os dois iriam sair ganhando. O grupo iria ganhar mais popularidade, alimentariam o ego deles, os deixariam com mais fama no colégio, e você, ganharia o olhar da Samy, a preocupação dela...
- N-Não!
- Você é doente pra caralho. - fico de pé - Sabe lutar, mas se faz de coitado apenas para agradar uma garota. Deixa os outros pisaram em você, te humilhar, apenas para ter o olhar de quem nem se importa com você.
- C-Cala essa boca!
- Eu estou errada, Reed? - me aproximo mais dele, e ele se afasta assustado - Quando ela finalmente te "ajudou", você viu que deu certo, e agora vai pedir para que eles façam isso diariamente. - fico tão perto que ele mesmo se atrapalha com seus pés, e cai no chão - Você deveria se tratar, seu doente do caralho! Sua mãe se preocupa com você, pensa em seu bem-estar, mas você liga o foda-se para os cuidados dela, e se importar com uma garota que está foda-se pra você. Que pena que eles não farão mais isso - seu olhar se levanta rapidamente até mim
- O-O quê?
- Por que não fala com eles na segunda? Acho que vai saber. - aproximo meu rosto - Que pena seu plano não ter dado certo. - cuspo em sua cara o sangue que estava em minha boca - Me pergunto se você é realmente tímido.
- Eu sou tímido! - ele limpa seu rosto - Mas isso não quer dizer que não sei me defender. Sempre fui pisoteado por todos, mas uma garota, apenas ela, decidiu me ajudar. E foi aí que me apaixonei, amor à primeira vista, eu nem sabia que ela existia. Porém, Samy foi a única que me defendeu de todos daquele colégio, mas nada dura para sempre. Ela conheceu duas garotas que a fez se afastar de mim, e desde estão, estou na luta para a ter de volta.
- Ah, que triste... - zombo - O aluno quieto era humilhado, e então, a heroína o salvou e o fez se apaixonar por ela... Um amor não correspondido. Que coisa mais patética! Espero que você se foda, da pior forma possível... - travo meus dentes, encarando aqueles olhos frios do Reed - Quero que sinta a dor de perder alguém na sua frente.
- Seu pai morreu e você não sabe quem o matou. Ele era um segurança, a função dele era morrer pela minha família. Henry morreu fazendo seu trabalho. Você deveria se sentir orgulhosa disso, em saber que seu pai morreu no trabalho que amava. Você não consegue ver o lado bom-
- Lado bom? ELE MORREU NA MINHA FRENTE! Implorou para que eu o matasse! Meu próprio pai, pediu para eu tirar sua vida porque a dor que estava sentindo era tremenda. Os seus olhos sangravam, ele chorava sangue, e as suas últimas forças, ele usou para cantar a música que sempre cantou pra mim quando era pequena - meus olhos lacrimejam, falar desse assunto sempre me deixa sensível, carreguei esse peso sozinha durante anos - Mas você não entende, nunca viu ninguém da sua família morrer sem explicação, ser assassinado...
- Eu já disse tudo que eu sei! Me bater, ameaçar ou querer tirar alguém de mim, não o trará de volta, e não fará você saber quem o matou. - ele fecha seu rosto, enquanto lágrimas escorrem pelos meus
Solto uma risada irônica, não adianta, ele deve estar falando a verdade. Ficar insistindo não irá adiantar, terei que fazer isso sozinha. Reed só é um garoto problemático que gosta de ser espancado para chamar atenção da garota que gosta.
Ele não pode me ajudar.
- Espero que consiga ter a atenção da sua ruiva - sorrio sarcástica e me afasto - Mas também espero que se foda - sussurro para mim mesma enquanto caminho até a porta
Abro ela bruscamente e saio do quarto. Acelero os passos para que ninguém me veja assim, senão vão suspeitar que aconteceu algo com o Reed.
Desço as escadas e vou para a região dos seguranças. Antes que eu pudesse ir para o quarto, Karl, o chefe da segurança, sai do seu, me olhando de cima a baixo. O senhor pergunta o que aconteceu, apenas invento uma história.
Respiro fundo, e dou um sorriso.
- Estou indo treinar, você vem?
- Treinar? Nessa idade o senhor ainda treina? - o olho de cima a baixo
- Tenho cinquenta anos, mas meu corpo é de um homem com trinta. Não se preocupe, tenho uma ótima saúde. Seu pai sempre treinava comigo.
- Eu vou! Preciso melhorar a lutar.
Ele passa a mão sobre sua barba branca bem feita. A porta do seu quarto é fechada, ele pede para eu colocar uma roupa mais adequada e leve para treinar.
Preciso melhorar. Hoje pude ver que Reed tem a luta no mesmo nível que o meu, ou até mais. Treinei para ser a melhor, e eu serei. Estou machucada por ser fraca, da próxima, será a pessoa quem irá sair machucada.
Karl pode me dizer alguma coisa sobre meu pai, que eu não sei.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Será que o Reed realmente disse a verdade?
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