Alfonso Herrera Rodriguez
Tudo estava confuso, de repente vi Anahí com Miguel no quarto sorrindo e em outro momento ela começou a chorar desesperada. Será que sentiria falta dele quando eu voltasse para casa? Será que realmente queria o menino por perto por que tinha um apego ou por que em algum momento lembrou Sophia?
Segui-a até seu quarto e bati na porta.
- Any? Está tudo bem?
- Está sim.
- Posso entrar?
Não esperei sua resposta, a porta estava destrancada e eu abri. Vi ela sentada na cama chorando compulsivamente.
- Deixou Miguel sozinho?
- Pedi para que Linda desse uma olhada nele. O que foi que aconteceu?
- Você não acreditaria.
- Por que não tenta?
- Miguel me chamou de mãe. – Anahí então voltou a chorar. – Sabe quanto tempo eu espero para ouvir Sophia me chamar de mãe novamente? – Então ela me abraçou e encolhida em meu peito voltou a chorar novamente.
Foi nesse momento que entendi por que o desespero dela e talvez também tenha entendido por que Miguel sempre que a via pedia colo. De algum modo estranho ele havia associado Anahí como mãe dele.
- Miguei não tem culpa. – Murmurei, abraçando-a forte e fazendo carinho entre seus cabelos.
- Ele é apenas uma criança, ele não sabe o que diz. Se soubesse nunca chamaria alguém como eu de mãe.
- Por que diz isso?
- Por que sou uma péssima mãe, condenei minha filha, não consigo salvá-la, prefiro dizer a todos que não tenho filhos, e agora eu deveria estar lá do lado dela, mas estou em casa. Além de ter um péssimo pai. – Respirou profundamente e voltou a chorar agarrada em mim.
- Não fale isto Anahí. – Falei mais irritado que queria. – Você dá o seu sangue, suor e lágrimas por ela, você praticamente deixou de viver para estar perto dela. É normal que queira descansar e não queira ninguém especulando a vida dela. E se uma criança tão pura e inocente como Miguel te chama de mãe, é por que ele tem um sentimento muito forte por você, e que precisa suprir a necessidade de uma mãe.
- Eu não posso fazer isso.
- Nunca te pediria isto. Mas confesso que fiquei feliz de ver você com ele no colo.
Ficamos calados dando o assunto por encerrado, mais uma vez ela estava vulnerável, e seu rosto perto do meu. Quando o levantou olhando em meus olhos, tentei resistir, mas os seus lábios estavam tão pertos que não me contive.
Beijei-a.
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Herrera não perde tempo ;) KKK
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O mendigo ✖ AyA {finalizada}
RomanceAnahí é uma menina muito doce no meio de tanto tubarão. Querendo ou não as vezes sente-se afetada pelas amizades que tem em volta, e por vários momentos tem medo de perder sua própria essência. Em uma bela noite está brincando em uma praça em frente...