Capítulo 58

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Eram sete horas da manhã e Anahí não parava de se mexer, quando acordei percebi que ela estava acordada e inquieta. Depositei-lhe um beijo leve sobre a testa, e sorri. Era tão bom acordar e ver ela abraçada ao meu lado.

- Bom dia. – Murmurei baixinho.

- Bom dia. – Ela me respondeu. – Sophia já deve ter acordado, tenho que ir para o hospital. Não consigo dormir mais.

- Então vá tomar um banho, comer algo, e depois peça para que Fábio te leve para o hospital.

- Sim senhor. – Ela disse sorrindo e batendo continência.

Miguel ainda dormia no berço, e levantei junto com Anahí, sem resistir a abracei por trás e lhe dei um beijo com os lábios molhados em seu pescoço, ouvi um gemido saindo de sua boca.

- Poncho, não... – Ela murmurou, porém seu tom de voz parecia dizer exatamente o contrário.

- Tudo bem, não está mais aqui quem fez. – Cravei meus dentes no mesmo local que havia beijado e depois a soltei. Vi que ela me fulminou com o olhar pela mordida e não pude deixar de rir.

Virei-me tirando a camisa, também precisava de um banho e vi Anahí se distanciar. Quando abriu a porta, percebi que ela parou, como se houvesse visto um fantasma, sem entender fui até a porta atrás dela e a abracei pela cintura, mas me arrependi de ter feito quando vi Marichello parada perto da porta olhando aquela cena, estática.

- Papai. – Julia veio logo atrás correndo em encontro a mim.

Só pude ver Anahí se desvencilhar de mim ruborizada e ir para o seu quarto sem dizer nada mais. Neste momento Julia já estava em meu colo.

- Ehr, oi. – Disse a Marichello que parecia ainda estar processando a ideia do que estava acontecendo.

- Oi. Então... – Ela parecia ainda mais perdida que eu. – Resolvi trazer Julia para te ver antes da aula, ela me disse que a aula dela começa quinze para as oito, e achei que seria bom você... – Ela respirou novamente ofegante. – Você, ver ela... E... – Agora ela já gaguejava. – Enfim, em seguida já vou leva-la para a escola.

- Papai, eu quero ver Miguel. – Julia parecia não ter entendido nada, menos ainda o constrangimento que rondava aquele corredor. Larguei-a no chão e ela foi correndo ver o irmão.

- Ah, obrigada. – Disse a Marichello sem saber exatamente o que dizer. – Obrigada por trazê-la e pode deixar que a levo para a aula, ainda é cedo, e eu...

- Não, capaz. Disse que ia leva-la e é o que vou fazer, ela já comeu, tomou banho e está pronta. Só vou ali ao quarto de Any ver como ela está e depois pego Julia para irmos. Certo?

Poderia ter protestado naquele momento e insistido em levar Julia, mas estava tão constrangido quanto ela, e da mesma forma queria acabar com o assunto o mais breve possível.

- Está certo então. – Concordei por fim.


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Só tenho uma palavra para dizer: MORTAAAAAA!

Ponchito foi pego ein! KKKK

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora