Alfonso Herrera Rodriguez
Bati duas vezes na porta do quarto de Anahí, ela não respondeu. A porta estava entreaberta, então tomei a liberdade de entrar igualmente. Ela dormia abraçada eu seu travesseiro. Estava tão bonita.
Havia ganhado alguns quilos, mesmo com o coma de Sophia continuou se cuidando, e mesmo quando voltei para minha casa ela continuou erguida. Sorri. Tirei um de seus cachos louros caídos sobre a face e acariciei seu rosto de leve.
Afastei-me quando percebi Any se mover, ela havia acordado.
- Bom dia flor do dia. – Murmurei baixinho voltando a me aproximar.
- Que horas são?
- Onze horas da noite e a senhorita ainda não comeu nada. – Sorri. – Venha, vamos comer algo e depois pode voltar a dormir.
- Alguém ligou? Há notícias da minha filha?
- Ainda não, ela ainda deve estar em cirurgia. – Sentei-me na cama quando Any deu espaço. – Deve estar tudo correndo bem, e logo vão ligar e passar informações. Por isso preciso que vá comer comigo agora, para depois poder cuidar da Soph.
Any suspirou e me fitou.
- Será que um dia vou trazer minha fadinha de volta para casa? Um dia ela vai estar aqui, e vou poder ensinar as coisas para ela? Vou poder ser a mãe dela de novo?
- Você nunca deixou de ser mãe dela Any. – Levei minha mão em seu rosto, acariciando de leve. Tinha muita saudade de ter seu corpo em mim, de sentir sua pele roçando na minha, vê-la e não tocá-la era uma tortura. – E você sabe disso melhor do que ninguém.
- Obrigado Poncho, de verdade. – Ela penetrou aqueles olhos azuis intensos em mim.
- Pelo que?
- Pelo apoio que tem me dado, desde que soube de tudo isso, parece que você me resgatou de um buraco onde minha obsessão pela minha filha ficava acima de tudo, acima ainda do meu bom senso. Você me ensinou que posso amá-la e protegê-la sem sufocá-la e sem me matar e isso acaba sendo melhor para todo mundo. Obrigado. – Ela então sorriu apenas com um lado da boca fazendo criar uma covinha em sua bochecha.
- Você não tem que me agradecer. Isso é algo que todo... – Tive de escolher a palavra certa. – Todo amigo faz por uma... Amiga, pelo qual só tem amizade. – Sorri. – Não é?
- É. – Ela também sorriu e desta vez um sorriso mais amplo. – Talvez.
Ela então se aproximou de mim, seus lábios estavam cada vez mais próximos dos meus, devia ter recuado, mas pelo contrário prossegui dando coragem para ela continuar. Senti seus lábios tocarem nos meus e no que era para ser um beijo delicado, eu coloquei para fora todo desejo que havia contido todo este tempo e a beijei vorazmente, exigindo-a, explorando-a. Sugando sua língua, seu lábio, sua alma. Beijei-a com vontade até que seu folego acabasse levando meu corpo sobre o dela até a sentir gemer em meus lábios.
- Poncho... – Suspirou, na pequena pausa que demos. E logo voltamos a nos beijar novamente, comecei a me apoiar sobre ela fazendo-a deitar sobre a cama.
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Um amigo? Faz por uma amiga? Pelo qual só tem amizade? Aham! To sabendo. Vamos ter uma amizade sincera assim Herrera?! To topando, principalmente os benefícios! ;)
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O mendigo ✖ AyA {finalizada}
RomanceAnahí é uma menina muito doce no meio de tanto tubarão. Querendo ou não as vezes sente-se afetada pelas amizades que tem em volta, e por vários momentos tem medo de perder sua própria essência. Em uma bela noite está brincando em uma praça em frente...