Capítulo 55

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Ao chegar em casa pude ver Poncho dormindo sentado no sofá. Ele acordou ao ouvir o barulho da porta se fechando.

- Poncho, o que faz aqui? Por que não foi dormir? – Olhei o relógio e já passavam dar três.

- O que aconteceu Any? Todos ficaram preocupados, e Fábio soube ser muito discreto. Estávamos aflitos.

- Estávamos?

- Sim, Linda, Julia, eu... Os demais funcionários. – Suspirou visivelmente cansado. –Todos.

- Sophia acordou. – Disse finalmente correndo para seu abraço, e nesse momento parece que Poncho despertou, e me abraçou, colocando minha cabeça sobre seu peito e acariciando meus cabelos.

- Eu disse que isso iria acontecer. – Beijou-me o topo da cabeça. – E como ela está?

- Fraca, desorientada e com muitas dores. – Suspirei. – Mas está acordada, e suas chances agora são um pouco melhores.

- Eu te falei que as coisas dariam certo. E agora só vão melhorar.

- Queria ter toda sua autoconfiança senhor Herrera. – Sorri, levantando meu olhar para o dele.

- Deveria ter. – Sorriu para mim de volta.

Por um momento senti vontade de beijá-lo, e seu olhar me dizia que tinha a mesma vontade, porém nossas vontades esvaneceram com um choro que vinha do quarto de Sophia.

- Miguel acordou. – Murmurei com meus lábios tão perto dos dele.

- É. – Suspirou frustrado dando alguns passos para trás.

Fomos até o quarto de Sophia, e Miguel estava de pé no berço chorando no berço, irritado.

- Agora deu para fazer isto. – Poncho bufou. – Acordar no meio da noite por nada e chorando. – Mas logo o estresse de ver o menino fazendo birra passou, claramente ele não conseguia ficar bravo com o filho, pegou-o no colo, e o menino se abraçou com força ao pai.

- Você nunca pensou que ele possa ter sonhos ruins? – Aproximei-me, e logo o menino quis desvencilhar-se do colo do pai para vir para o meu.

Sentei-me na poltrona que ficava ao lado do berço, usava-a para amamentar Sophia quando ela era um bebê somente.

- Como?

- Pesadelos Poncho. Você nunca teve pesadelos? Sophia tinha muitos quando era pouco mais velha que Miguel, acordava duas ou três vezes a noite chorando desesperadamente. – Falei enquanto sentia o menino se acalmar em meu colo.

- E como resolveu isto?

- Cantando para ela antes de dormir, contando histórias calmas. E nas noites mais agitadas a trazia para dormir comigo e assim ela se sentia segura, no meio da noite levava de volta para sua cama e seu sono era tranquilo.


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Aiiin, Miguel seu fofo. Por que atrapalhar justo agora?!

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora