Anahí Giovanna Puente Portilla
As coisas no início não foram fáceis, não digo que foram ruins, mas simplesmente não foram fáceis. Admitir a imprensa que meu futuro marido havia vindo de uma vila e que era apenas um catador de lixo ou um mendigo pedindo esmolas na rua antes de se tornar meu marido e trabalhar na casa de Alessandra, fora até mais simples do que veio a seguir. Eu nunca imaginei que o maior problema seria contar de Sophia.
A imprensa caiu em peso sobre toda minha família, pois esconder uma criança durante mais de dois anos, deixando acreditar que ela estava morta, com a mãe aparecendo em festas sociais. Céus, eu passei de santa a crápula em uma tarde.
Ignorei todas as ameaças de ódio que sofri durante o mês que sucedeu a grande explosão dessa notícia, e somente depois de que a poeira baixou, eu aceitei falar sobre isto. E por mais incrível que pareça, depois de uma conversa de meia hora com uma jornalista, tudo que eu havia falado estava em todos os meios de comunicação, e por consequência eu havia passado de crápula a exemplo de mãe.
Depois do meu casamento, eu resolvi voltar a trabalhar como médica, porém na parte de pesquisas. Em um projeto encabeçado por mim, porém com toda uma equipe atrás, e uma fé descomunal de Alessandra, tentamos um novo tratamento com células tronco que seriam retirados do cordão umbilical do novo bebê de Alessandra que viria. Foi um processo lento, de muitas pesquisas e tratamentos.
Ainda antes do procedimento, Gabriel, ele já estava melhorando com as trocar de tratamento e quando anunciei os gêmeos como meninos, ele parecia já curado, porém a cura veio depois. Ainda na maternidade Alessandra chegou feliz com seu teste de gravidez positivo. Ela e José tentaram do jeito tradicional, mas depois de seis meses falhos, achamos melhor fazer uma seleção genética dos óvulos e espermatozoides para poder ter maiores chances que aquele bebê nos traria com maior precisão o que precisávamos. Ficamos radiantes quando tudo deu certo e Gabriel se curou definitivamente.
Axel e Alan nasceram lindos e saudáveis. E sete meses depois quem nasceu foi Camila.
Alfonso também mudou de vida, ainda antes do casamento já não trabalhava mais cuidando de Gabriel, e com um projeto em mente, ganhou uma vaga no hospital. Estava longe de ser médico, mas ele ainda sim cuidava de crianças. Ele ajudava crianças a superarem e realizarem os tratamentos mais difíceis e dolorosos, principalmente as quedas de cabelo das crianças com leucemia. Não era raro ver Poncho careca, ou com cabelo curto. Confesso que sentia falta dos pequenos cachos, porém era uma das formas que ele utilizava para incentivar as crianças que sofriam ao ver as mechas de seus cabelos caindo.
Logo o projeto dele foi ganhando forças, e novas ideias surgiram. Ele também fazia muitas pesquisas de ideias vindas de outros países. E o sucesso entre as crianças foi quando ele trouxe uma ideia já utilizada em outros hospitais de trocar o soro da quimioterapia, pelo soro dos super-heróis, colocando uma capa com os símbolos dos mais famosos super-heróis em volta do soro e dizendo para as crianças que era isso que eles usavam para ganhar seus poderes. Ele também conseguiu trazer professores para dentro dos hospitais para crianças que vivem lá poderem aprender e quando se curassem pudessem já estar adiantadas e poderem seguir uma vida sem atrasos. Tratamentos com animais e outras brincadeiras foram utilizados. Era uma diversidade de coisas sem fim, e parecia que sempre surgiam ideias novas.
Os projetos de Poncho ficaram conhecidosmundialmente a ponto de ele ter feito algumas viagens ao exterior parapalestrar e difundir suas ideias para que o mundo todo utilizasse, e para queessas crianças tivessem uma infância melhor ainda que dentro de hospitais.
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Esses projetos que estão descritos aqui na fic existem de verdade e ajudam muito as crianças em fase de tratamento <3
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O mendigo ✖ AyA {finalizada}
RomanceAnahí é uma menina muito doce no meio de tanto tubarão. Querendo ou não as vezes sente-se afetada pelas amizades que tem em volta, e por vários momentos tem medo de perder sua própria essência. Em uma bela noite está brincando em uma praça em frente...