Capítulo 97

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Anahí Giovanna Puente Portilla

Quando acordei senti uma forte e intensa dor abdominal, também dor de cabeça. Aos poucos recobrei minha memória dos eventos anteriores ao acidente. Quando pensei em gritar por Sophia, abri meus olhos, e vi meu pai conversando com o médico em um tom baixo. Porém quando me viram abrir os olhos pararam de conversar.

- Filha, como se sente. –Ele se apressou até mim.

- Eu estou bem, e Sophia? – Eu estava zonza ainda, tentando recobrar meus sentidos. – Ela está mesmo em coma?

- Sim meu amor, é verdade. – Acariciou meus cabelos. – Mas tenho noticias boas para você.

- Sim... – Precisava de notícias boas urgentemente.

- Ela poderá fazer a cirurgia. O risco é alto, mas se der certo, uma vez que ela nunca mais entrará em coma. – Ele disse sorrindo. – Mas temos que esperar... Temos que esperar mais um pouco. E precisamos que você esteja forte.

- Eu vou estar. Quando posso vê-la?

- Daqui a pouco você poderá ir. – Sorriu.

Logo meu pai saiu e achei que Poncho entraria, mas de algum modo ele não entrou, e só fui vê-lo depois de algum tempo que estava no quarto de Sophia.

- Onde você estava? – Indaguei assim que o vi entrar.

- Procurando a minha suicida favorita. – Ele disse com um sorriso com tom de brincadeira, mas no fundo ele parecia muito chateado.

- O que houve Poncho? Você está estranho.

- Está tudo bem. – Ele mentiu claramente. Se ele soubesse o quanto eu odiava mentiras. Então vi ele sentando-se ao meu lado e observando Sophia. – Como ela está?

- Dormindo novamente. – Disse desolada. – Mas me conte o que aconteceu, nem tente me enrolar.

- Não é algo que cabe dizer nesse momento. – Ele virou o rosto.

- Vamos senhor Herrera conte logo. Já estou na onda suicida – brinquei – então não me provoque.

Ele sorriu e fitou-me por um instante, pareceu me analisar. Talvez visse que por dentro estava frágil, cansada e desolada por tudo que havia acontecido. Por sorte não havia quebrado nada, nem machucado nada.

- Está certo, pequena. – Deu-se por vencido. – Ainda fiquei chateado pelo que aprontei na festa, não queria te fazer passar vergonha.

- Poncho, você nunca vai me envergonhar. – Sorri para ele. – Mas não pode ficar dando ouvidos a Lola e companhia limitada. Elas são najas.

- E por que anda com elas? – Havia uma pequena curva em sua testa franzida.

- Coisas da vida. – Piscou e em um impulso aproximei-me dele depositando um beijo em seus lábios.



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Isso mesmo Anahí, da bons conselhos pra ele! hehe 

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora