Capítulo 91

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- Ele trabalha com reciclagem senhor Riley. – Interrompi. – Graças a homens como ele, temos uma cidade mais limpa e reaproveitamento de materiais. – Olhei para Poncho então confiante.

- Então é um homem do meio ambiente? – Perguntou Riley, vendo Poncho assentir, continuou. – Estou vendo então por que Anahí está tão interessada.

Alguns minutos a mais de conversa e Riley teve de se desculpar ao sair, ele adorou conversar com Poncho, mas haviam outros convidados para cumprimentar.

- Reciclagem? – Poncho fitou-me incrédulo.

- E por acaso eu menti? – Sorri divertida.

O jantar fora ótimo, Poncho e eu nos divertimos, e ele me acompanhou para saber quais talheres usar. Até que não estava sendo tão ruim naquele ano, talvez a companhia de Poncho tornasse eventos chatos um pouco menos chatos.

- Senhorita Anahí? – Reconheci a voz de Riley chegando por trás de mim.

- Sim? – Fitei-o levantando o olhar.

- Gostaria de lhe apresentar umas pessoas.

- É claro. – Fitei Poncho. – Fica bem se ficar um pouco só?

- Claro. – Ele assentiu, porém percebi um pouco de receio nele.

Levantei-me deixando Poncho a mesa. Segui o senhor Riley, sabia que iria conhecer muitas pessoas através dele, dentre elas a maioria seriam chatas. Riley então me apresentou Oscar e sua esposa Helena, Ricardo e sua esposa Elisa e Manuel...

- Manuel, não veio acompanhado? – Riley perguntou surpreso. – Onde está sua bela dama?

- Não tenho mais nenhuma bela dama, estou separado. – Sorriu, e de repente virou-se para mim fitando-me de maneira fixa, que me deixou arrepiada, não de maneira excitante, mas de algum modo mais assustador. Havia algo que não gostava naquele olhar. – Pelo visto a sua companhia deste ano é muito agradável.

- Anahí? – Sorriu. – Ela não é minha companhia, está com outro homem, este sim tem sorte. Raramente vi Anahí trazer companhia as nossas festas. – Ele então me fitou carinhosamente. Riley tinha idade para ser meu pai, quiçá meu avô. Era um senhor muito bem arrumado, e completamente rico. Nadar no dinheiro era pouco para ele, porém nem parecia isto, era um homem completamente humilde, gentil, e podia enxergar através das pessoas, principalmente através do que as pessoas tinham.

- Deve ser um homem de realmente muita sorte. – Fitei novamente Manuel, e isto me incomodou mais, parecia que ele não tirava os olhos de mim. Senti-me um cordeiro sendo observado por um coiote, ele estava pronto para atacar. – Seu namorado?

Tive vontade de dizer que sim, mas não costumava mentir, e ele não era meu namorado. Era apenas minha companhia na ocasião, porém do modo que Manuel me olhava, se dissesse que não era comprometida, provavelmente me cercaria ainda mais. Estava pronta para o desafio?

- Não é meu namorado. No momento tenho muito mais ocupações do que um relacionamento afetivo. – Frisei, talvez se deixasse claro desde o inicio que não queria ninguém, principalmente ele, ele largaria do meu pé já de início.

Enganei-me. Seus assuntos chatos me prenderam por mais tempo do que eu realmente gostaria.


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Será que Manuel vai dar problemas?

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora