- Chegamos. – Disse fingindo que não havia ocorrido nada.
Estacionei o carro em uma baliza perfeita de tão poucos segundos que deixaria qualquer professor de autoescola maluco. Em seguida pulei para fora do carro. Ele por outro lado saiu calmamente, fez a volta por trás do carro e chegou até mim, colando seu corpo no meu. Pegou meus pulsos e prendeu-os contra o carro.
Minha respiração ficou ofegante.
Desci e subi meu olhar, fitando aquele homem "rustico", com roupas velhas, cabelos bagunçados, barba por fazer, com seu cheiro másculo. Ele devia ter trabalhado ainda pela manhã, pois havia também uma mancha de sujeira na testa que até então nem tinha notado. Aqueles olhos verdes fixos nos meus, e o calor de seu corpo que invadia o meu.
Senti-me tão úmida naquele momento.
- Meu perfume deixa qualquer mulher estonteante é? – Disse atrevido como um lobo prestes a atacar sua presa.
Sem nem tentar mover os pulsos, encarei-o nos olhos, sabendo que iria perder aquela batalha: - Não sou qualquer mulher.
- Realmente não. – Cheirou o meu pescoço, e senti que até minha alma havia ficado arrepiada. – Meu cheiro te deixa estonteante.
- Não. – Disse firme. – Me deixa completamente excitada. - O que eu estava fazendo? Onde estava com a cabeça? Será que estava tão calor que meu cérebro estava derretendo?
Então ele segurando-me ainda mais firme contra o carro, e fazendo questão de pressionar sua ereção contra minha perna, ele levou sua boca até a minha e me beijou. Minha boca instantaneamente abriu-se para receber sua língua, seu beijo voraz, diferente de tudo que havia ocorrido antes. Ele não tentava mais ser delicado, nem queria ser gentil. Ele queria matar sua fome e sua sede, e eu estava adorando.
Meus mamilos enrijeceram contra seu peitoral forte, e sua língua percorria minha boca explorando todos os locais que podia com pressa e vontade, e...
Poncho estava no chão?
Fora questão de segundos. Em um estava me beijando e em outro havia sido nocauteado por uma senhorinha e estava no chão. A única coisa que eu pude ouvir foi:
- Solte-a seu mendigo pervertido.
A senhora deveria ter seus oitenta e todos anos, e eu já não sabia o que fazer primeiro. Se explicar para a senhora que ele não estava me atacando, se tirar a bolsa da mão dela para parar de bater em Poncho, se socorria Poncho que estava caído no chão ou se gargalhava eternamente dessa situação.
- Pare Senhora, por favor, pare. – Gritei desesperada, enquanto me abaixava para juntar Poncho.
- Mas ele estava lhe atacando menina. – Disse ela gentil finalmente parando de dar bolsadas no homem.
- Ele é meu namorado. – Falei isto somente no intuito de fazê-la parar. – Ele tem esse jeito de se vestir, mas é gente boa. – Quase gargalhei com a própria besteira que havia falado.
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Coitado do Herrera! KKKKKKKKKKK
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O mendigo ✖ AyA {finalizada}
RomanceAnahí é uma menina muito doce no meio de tanto tubarão. Querendo ou não as vezes sente-se afetada pelas amizades que tem em volta, e por vários momentos tem medo de perder sua própria essência. Em uma bela noite está brincando em uma praça em frente...