Capítulo 50

1K 53 5
                                    

Ele se deitou ao meu lado, com um sorriso lindo na face. Deitei-me de costas para ele, em formato de concha, com minha cabeça sobre seu braço e ele me envolveu com seu corpo. Nosso encaixe era perfeito. Ele pousou uma de suas mãos sobre meu seio.

Sem nenhuma palavra mais, dormimos abraçados.

Acordei cerca de duas horas depois, e quando olhei para o lado Poncho não estava ali. Por um momento pensei que tudo não havia passado de um sonho, até que resolvi me levantar. E perceber o lençol grudado em minha coxa por conta do esperma dele, me fez ver que tudo era real. Fiquei feliz e precisava de um bom banho.

Levantei-me desgrudando o lençol de mim, o enrolei e coloquei em um canto. Depois mandaria para lavagem no nome de alguma vizinha que não gostasse, talvez no nome de Lola. Pensei com um sorriso sapeca no rosto. Então fui para o banheiro.

Liguei o chuveiro e tirei a parte grossa da sujeira de minha perna, e depois fui para um merecido banho de espumas na banheira. Aproveitando a água quente, comecei a pensar no que havia ocorrido entre mim e Poncho.

Estranho como as coisas haviam evoluído em minha mente, antigamente era o mendigo, depois virou senhor Herrera, em seguida Alfonso e agora Poncho. Talvez seja o mesmo processo que fez Rodrigo, passar para Doutor Rodrigo, e somente isto.

Afastando isto de minha cabeça, fechei meus olhos. Aproveitando a água quente que envolvia meu corpo, e as espumas que chegavam até meus seios, e deixando meus cabelos para fora – sem interesse de molhá-los –, me recostei para trás tentando esvaziar minha mente. Faltava apenas uma taça de champanhe para me fazer relaxar mais, fazia algum tempo que não bebia.

A imagem de Alfonso apareceu na minha frente, e abri os olhos rápido.

Por que tinha de pensar nele agora? Mais uma vez tentei descansar, e então ouvi um barulho de batida na porta.

- Anahí, está aí? – Eu conhecia bem aquela voz, era Alfonso.

- Sim. Pode entrar, está aberta.

Ele a abriu e então ficou alguns segundos parado me observando ali na banheira.

- Algum problema? – Então puxei mais espuma para mim, para ter certeza que meus seios estavam cobertos.

- Não. – Alfonso sorriu. – Apenas estranhei que seu pai não tenha trazido Julia ainda, está ficando tarde. – Ele mentiu, podia ver nos olhos dele, que o assunto era outro, mas não ia força-lo agora, também não queria falar sobre isso.

- Hoje o plantão dele é a noite. Ana Paula e Julia devem ter implorado por ficarem mais um pouco juntas. Logo ele trará Julia, não se preocupe, mas se quiser podemos ligar e saber como estão as coisas.

- Não é necessário.

Então ele sentou-se em um armário baixo ao lado da banheira e ficou alguns segundos calado. Ele procurava um modo de dizer, querendo entrar no assunto, e eu torcia para que ele não conseguisse começar. Porém, tive de confessar, o silêncio era ainda mais incomodo.

- Anahí... Sei que não deveríamos ter feito hoje, não sem proteção e... – Alfonso não sabia mais o que dizer.

- Não se preocupe. – Suspirei. – Tomarei todas as medidas para que não haja riscos de uma gravidez.


-------------

Por quê? Queremos um baby Ponny... Pra que se proteger?!

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora