Alfonso Herrera Rodriguez
Saber mais sobre o menino me deixou muito empolgado, na realidade era difícil não se tocar com uma história como a de Gabriel. Eu tinha de agradecer, meus dois filhos eram muito saudáveis e mesmo Miguel tendo tido uma doença mais séria na época que conheci Anahí, aquela fora uma das poucas vezes que ele precisou ir a um hospital. Apesar de não ter nenhum direito e ter que lutar todos os dias para pôr um prato de comida na mesa para eles, eu tinha muita sorte. Nem todo o dinheiro de Alessandra era capaz de salvar o filho, de diminuir o sofrimento do garoto.
Dinheiro se conquista. Saúde se tem ou não tem.
Anahí também vinha de uma grande luta com Sophia, algo que parecia estar ganho. A realidade era o que querendo ou não querendo aceitar o dinheiro fazia toda a diferença na vida de Anahí e Alessandra para poderem tornar um pouco mais confortável a vida de seus filhos, e também eram a esperança que tinham para curá-los. Eu preferia a saúde já vinda, mas sabia que em qualquer uma daquelas situações, a minha falta de dinheiro provavelmente já teria anulado as minhas esperanças de salvar um filho que precisasse. Talvez se Anahí não tivesse entrado na minha vida, hoje Miguel não estaria bem.
Acordei-me de meu devaneio e pude ver Anahí sentada segurando a mão da filha. Sophia ainda não acordara.
- Estamos diminuindo os sedativos gradativamente, provavelmente ela só acorde amanhã a noite. – Disse um dos vários médicos que ia monitorá-la.
Apesar de toda aparelhagem que estava a volta da menina, ela estava melhor e todos tinham a esperança que Sophia finalmente acordar e ir para casa, ter uma vida normal. Anahí tinha um brilho único nos olhos.
Ouvi o barulho da porta se abrir, achei que era um dos médicos ou alguma enfermeira, porém quem apareceu à porta fora Alessandra, a amiga de Anahí.
- Alfonso, eu posso falar com o senhor um instante?
Franzi o cenho, creio que minha expressão dizia o que minha mente perguntava: "Comigo?". O que ela devia querer comigo?
- É com você mesmo. – Alessandra insistiu, vendo a duvida na minha face.
- Cla...Claro.
Fitei Anahí por alguns instantes, e ela me incentivou a ir com o olhar. Sabia que havia alguma trama de Anahí no meio, se tinha algo que ela tinha em comum com Julia é que não dava um ponto sem nó. Acompanhei Alessandra até a cafeteria do hospital que ficava no térreo, quando perguntei por Gabriel, ela disse que ele havia ficado dormindo com a enfermeira. Logo que o cappuccino dela chegou, assim como meu café preto, tive de insistir.
- O que gostaria de falar comigo? – Perguntei o mais gentil que pude.
- Senhor Alfonso, eu...
- Apenas Alfonso, – sorri – ou Poncho se não se importar. Senhor me faz parecer dez anos mais velho.
- Claro Poncho. – Ela riu enfatizando meu apelido. – Então, eu falei com Anahí, e ela me disse que você está em busca de emprego e...
- Senhorita, Anahí diz muitas coisas, mas eu acho que eu posso conseguir por mim mesmo não preciso que ela corra atrás por mim. – Tentei ser educado, porém por um momento pela expressão da loira, pareceu que eu fora ríspido. – Desculpe, apenas acho que consigo por mim mesmo, não vá atrás das ideias de Anahí.
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Poncho jogando tudo fora em 3... 2... HAHA
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O mendigo ✖ AyA {finalizada}
RomanceAnahí é uma menina muito doce no meio de tanto tubarão. Querendo ou não as vezes sente-se afetada pelas amizades que tem em volta, e por vários momentos tem medo de perder sua própria essência. Em uma bela noite está brincando em uma praça em frente...