Capítulo 76

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- Eu entendo. – Alfonso então me olhou maliciosamente.

- O que foi?

- Acha que eu esqueci Anahí? Foi só uma batida na cabeça, não perdi minha memória.

- Do que está falando? – Tentei desconversar.

- Sobre meu perfume lhe deixar excitada.

Ruborizei novamente, e ouvi-o rindo.

- Não adianta ficar envergonhada.

- Conversamos sobre isso depois. – Levantei-me e ficando de costas para ele pude ficar ainda mais vermelha, tenho certeza.

- Qual é Anahí? Olha para mim.

Virei para ele, confesso que foi um grande esforço. Voltei ao local anterior, e me sentei a cadeira de frente para ele.

- Eu adorei o que rolou entre nós e queria que ocorresse de novo. Sei que não quer envolver suas emoções, que quer que seja casual, e se você se sente bem assim, eu fico de pleno acordo. Mas eu te desejo tanto quanto você me deseja.

- E quem disse que eu te desejo. – Tentei me esquivar.

- Você não diria a um homem que o perfume dele te excita se não o desejasse Anahí. – Ele falou obvio.

O assunto foi interrompido pelo médico que entrou no quarto, ele analisou o ferimento de Poncho e em seguida começou a explicar:

- A principio está tudo certo com o seu namorado. – O médico me fitou. – É importante que ele não durma pelo menos oito horas depois da batida na cabeça, e se ele sentir dores intensas, tonturas, enjoos ou quaisquer outros sintomas, é necessário que volte com urgência.

- Tudo bem. – Fitei Poncho então. – Nada de dormir. – Ri.

- Doutor. – Poncho chamou atenção dele. – Existe alguma maneira de querer dormir tendo uma namorada como esta? – Ele piscou e fitou-me sabendo que eu iria ruborizar. Que vontade que tinha da mata-lo.

Saí do quarto em seguida para que Poncho colocasse suas roupas, peguei o carro que estava ainda no local do acidente e voltei para busca-lo no hospital, quando ele entrou, com o curativo na cabeça, quase ri lembrando-me da cena da vovó batendo nele.

- E então, para onde vamos?

- Você irá para casa ver seu filho. E eu irei para o hospital ver minha filha.

- E quando nós nos veremos? – Poncho fitou-me sério.

- Você realmente estava falando sério sobre isso? Sexo casual, sem sentimentos, sem compromisso?

- Se é assim que deseja, é o que eu quero. – Ele piscou e eu quase tirei a atenção do transito neste segundo. – Quando?

- Hoje a noite, no meu quarto. – Finalizei decidida.


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Hmmmmmmmmmmmmmmm. hoje tem!!!! ;)

O mendigo ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora