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Cacau🐝

Sinto jatos quentes dentro de mim e ele cai gemendo no meu peito ofegante me fazendo sorrir de lado e abraçar sua cintura com as pernas.

Gab: Eu te amo...- sussurra ofegante e eu beijo sua bochecha.

Cacau: Eu também.- sussurro no seu ouvido e ele sorri de lado escondendo seu rosto no meu pescoço.

Ah, eu amo esse momento de silêncio, de paz, quando o barulho da cama é substituído pelas nossas respirações aceleradas e corações disparados.

Quando ficamos em silêncio e só sentimos um ao outro.

Faço carinho em seu cabelo e me arrepio sentindo ele escorregar lentamente pra fora de mim acompanhado da coisa quente que eu senti a segundos atrás.

Cacau: hm...- suspiro baixo e ele sorri beijando meu pescoço.

Gab: Bora tomar banho denovo? - pergunta sorrindo levantando a cabeça e olhando pra mim que faço careta.

Cacau: Aaaah, ja tomei, mô.- faço manha e ele nega me puxando.

Gab: Vem logo, sebosa.- rimos e vamo tomar banho.

Que fique claro que eu fui obrigada.

.

Gab: Amor...eu tava pensando em tudo que tu falou...- fala baixo enquanto passa sabonete nas minhas costas.

Cacau: Oq eu falei? - pergunto confusa e olho pra ele por cima do ombro.

Gab: Sobre o lance do bb e pá...- suspiro me virando pra ele.

Aaah, não aguento mais falar sobre isso, ja deu!

Cacau; Gabriel, vamo esquecer esse assunto. Não vai adiantar nada ficar remoendo. Ta tudo bem, ja ta tudo esclarecido e a gente vai superar isso juntos. Nada vai mudar.- falo rápido cansada e ele nega pondo suas mãos no meu rosto.

Gab: Mô, eu sei que você tá mal com isso, não precisa se alvorossar.- nega calmo e eu faço cara de tédio.- Eu só queria que nois pensasse junto numa parada que o Mickey me disse...- esfrega as duas mãos de leve e eu arqueio a sobrancelha.

La vem...

Cacau: Hm, e oq ele falou? - cruzo os braços e ele sorri de lado vindo me abraçar.

Gab: E se nois botasse em pratica oq nois disse lá fora? Sobre adotar uns muleke...- fala apreensivo e eu fico sem reação.

Então era sério? Ele quer mesmo adotar...

Nossa...agora, eu não sei nem oq responder.

Depois de tanto choque, de tantas decepções com pensamentos na maternidade...eu agora não sei se quero ter um filho.

Todo esse barraco fez com que uma chavinha virasse na minha cabeça e eu tivesse levado pra mim que eu nunca vou ter um filho e ta tudo bem. O choque foi tanto que algo morreu aqui dentro...sabe?? A vontade desenfreada de ser mãe, sumiu.

Gab: Vida...fala alguma coisa...- fala baixinho deitando a cabeça no meu ombro perto do meu pescoço.

Cacau: Ai amor...eu não sei.- suspiro e ele levanta a cabeça rapido com uma cara de surpreso.

Gab: Ué, Carolina. Tu não queria ter um pivete?? Era oq tu mais queria na vida. Por que do nada, agora, só porque o muleke não vai ser do nosso sangue, tu ta de bico? - pergunta calmo, mas meio irritado cruzando os braços.

É, ele não vai entender...

Cacau: Gabriel, não é questão de ser ou não do nosso sangue. É questão de que eu ja me conformei que não nasci pra ser mãe. Isso tudo que aconteceu foi um sinal de Deus... talvez eu não vá ser uma boa mãe pra uma criança...- minha voz falha e eu começo a sentir que vou fraquejar e cair na choradeira de novo.

Ah não...

Ele nega me puxando pra perto de si e deita minha cabeça em seu peito.

Gab: Vida, para de coisa.- fala calmo fazendo carinho no meu cabelo.- Porra de sinal, carai. Deus num dá sinal fazendo o mal, não. Tudo oq aconteceu, foi pura maldade do homem, Deus não tem nada a ver com isso.- pega no meu rosto e o levanta pra olhar pra mim.- Tu é uma pessoa incrível, e vai ser a melhor mãe que os meus pivete podia ter, carai! - sorri pra mim e eu acabo sorrindo fraco também.

Ele tem a incrível habilidade de me fazer sair do lixo em segundos...

Cacau: Ai mô...num sei...- choramingo e ele nega beijando minhas mãos.

Gab: Num sabe uma porra. Assim que tu se sentir bem pra pensar nisso de novo...a família Neves aumenta.- sorrimos e nos abraçamos todos boiolinhas.

Aaai, só de pensar na possibilidade...meu estômago vira um monte de borboletas...

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora