31

6.7K 349 102
                                        

Fidélis💀

Puxo ele pelo braço até atrás de um bêco e abaixo olhando pa ele.

Fidélis: Tu tá maluco? Como é que tu faz uma invasão dessas? Eles tão sabendo disso? - pergunto puto e ele abaixa um pouco a cabeça.- Porra, quase coloca tudo a perder.- nego.- Quase mata o Gabriel, que faz parte da vingança. Tu tá chapando?

Mano, tô puto demais com esse véi.

Coringa: Eu num aguento mais esperar, caralho! Essa vingança já demorou tempo demais! - fala entre dentes e eu acinto.

Fidélis: É, mas se tu fizer essa merda denovo, vai demorar mais ainda porquê o LC vai sacar tudo e ele é quem vai vim caçar nois. Ou pior, matar os três só pá num correr perigo.- falo puto e olho pros lado.

Se alguem me pega falando com ele...ih.

Coringa: Eu sei...fiz sem pensar.- nega.

Fidélis: É? Então tu vai concertar essa cagada agora e pegar os teus soldado e os teus vapor, e vai vazar daqui o mais rapido possivel antes que eu ligue agora pá eles e conte que tu quase matou o Gabriel, tá me entendendo? Aí tu vai se fuder na mão deles. - aponto na cara dele e ele acente.

Ele chama alguem pelo radinho e um soldado dele vem resgatar o burro.

Melhor eu vazar de perto dele antes que mele pá mim.

Se alguem vir eu conversano de boa com um inimigo, eu me fodo!

Mas eu tinha que tirar satisfação dessa merda toda. Puta que pariu, os cara num faz nada direito.

Tomar no cú.

Gab💣

Matei os dois.

Tão estirado aqui no chão com um tiro bem na cabeça cada um. Num tenho pena desses arrombado.

Vem no morro do meu pai, na covardia porquê o cara tá fraco, eu é que num vô ter pena.

Soltam os fogos e avisam que eles tão vazando já.

Ah, o alivio desses fogos...

Respiro fundo e jogo o fuzil no chão entrando em casa.

Ana tá na cozinha com uma SUB METRALHADORA NA MÃO! Vê se pode?

Ana: Ah, graças a Deus.- ela suspira aliviada e vem me abraçar.

Abraço ela forte e beijo a cabeça dela suspirando.

Porra, o medo que eu senti...

Se esses cara entrasse aqui, do geito que ela tá armada, ia ter confronto e podia acontecer alguma coisa com ela.

Eu num ía aguentar...

Gab: Cadê a mãe? - pergunto e ela aponta pra cima.

Acinto e beijo a cabeça dela indo pra escada.

Gab: E ó, guarda essa porra, em.- aponto pra arma e ela ri negando.

A pessoa é doidinha...

Abro a porta do quarto do meu pai e tá a Alê apontando uma arma pra mim.

Gab: Carai, calma.- levanto as mão e ela sorri jogando a arma no chão e vindo me abraçar.

Alê: Ah, ainda bem que tu tá bem.- me abraça forte e eu rio.

Gab: Ih, me respeita, mãe. Eu nunca que ía morrer pra uns perreco daqueles.- nego e beijo a testa dela.

Alê: Bate a mão na boca que tu num sabe o dia de amanhã.- repreende e eu rio acentindo.

Olho pra cama e vejo o pai olhando pá nois sorrindo.

Ih, dessa vez escapou em...

Gab: Eaê, corõa.- sorrio pa ele e sento na cama.

Lc: Eaê, muleke.- fala com a voz rouca e eu sorrio de lado.- Tô orgulhoso de tu...- tosse.- Tu conseguiu defender o morro. Mermo com toda essa guerra, tu segurou as ponta.- tosse mais.

Gab: Nada, pai...só tentei cobrir um pouco tua ausencia.- nego e sorrio.

Ele sorri fraco e bate de leve na minha mão.

Cacau💫

Suzi: Amiga, fica calma. Não aconteceu nada com ele.- tenta me acalmar e me abraça de lado.

Denise: É, mona. Moreno é rato de pista, sabe se cuidar muuuito bem.- fala tranquila e eu respiro fundo.

Tomára, porquê se acontecer alguma coisa...ah, eu nem sei oq eu faço.

Cacau: Tomára...- suspiro.- Mas ele não dá uma noticia. Nem uma mensagensinha, tipo: "Oi, tô vivo." Num precisava muita coisa.- nego e elas riem.

Suzi: Ai...tu é uma figura mermo, viu.- nega rindo e eu bufo.

Cacau: Aff, ceis fica aí rindo da minha angustia...- cruzo os braço.

Denise: Não mona, a gente só tá falando oq a gente conhece do Moreno. Ele é esperto, sabe bem como e quando agir. Num ia morrer a troco de nada.- nega lixando as unha.

Assim espero...

Começo a roer minhas unhas nervosa até que escuto buzinarem na porta.

Ah, é ele!

Suzi: Aí, falei.- fala tranquila.

Sorrio e pulo do sofá indo abrir a porta. Vejo ele descer da moto todo lindão e me olhar sorrindo.

Moreno: Falei que eu voltava.- abre os braço e eu pulo nele.

Ah, nossa mano...nunca fiquei com tanto medo desde que cheguei aqui.

Ele me beija e entra comigo em casa.

Denise: Ai, até que enfim, Moreno. Quase que eu mato essa menina de tanto que ela me azucrinou as ideia por tua causa.- fala puta e volta a lixar as unha.

Suzi: Eu num aguentava mais tanto drama.- nega.

Ele ri e beija minha bochecha.

Gab: Oq importa é que eu tô bem e voltei pá tu.- ele sorri e eu faço o mermo.

Alê💅

Eu tava disposta a matar quem fosse, unicamente pra que quem matar o LC seja o Gabriel.

Quando ele descobrir tudo, tenho certeza que vai querer ele mesmo a dar o castigo que esse mizeravel merece. E eu quero estar assistindo de camarote à isso. Eu mereço ver esse momento. Vivi minha vida até aqui esperando por isso.

Então, não iria deixar que inimigo algum encostasse um dedo nesse verme. Por mais que ele merecesse morrer dez vezes por dia, todos os dias pra sempre, pra ver se um dia chegasse à dor que me fez sentir durante todos esses anos.

Mas ainda não chegou a hora dele ir se encontrar com o capeta...mas eu vou esperar esse dia ansiosa...

LC: Valeu por ter ficado o tempo todo a posto pra me proteger.- tosse e eu o olho com deboche.

Alê: Não fiz isso por você.- nego irônica e saio do quarto.

Mizeravel. Acha mermo que a essa altura do campeonato eu iria proteger ele a troco de nada. Ai ai...

Bem...agora o perigo passou, pelo menos por hoje. Agora eu preciso é de um bom banho e de uma dose dos meus calmantes pra relaxar.

....

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora