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Gab: E tudo isso aconteceu e eu num sei mais oq pensar. Me ajuda, dona véia.- peço e ela respira fundo.

Rute: Meu rapaz...tudo está se cumprindo...chegou a hora do universo cumprir sua lei.- fala séria olhando pra umas carta lá.

Puta merda, lá vem ela com essas história denovo.

Gab: Mas que lei? Que hora? Porra, fala algum bagulho que faça sentido.- reclamo.

Rute: Entenda, eles não me revelam tudo. Até porquê muita coisa será definida por suas próprias decisões. Nada está certo ainda, quem definirá seu futuro e o de várias pessoas é você mesmo e mais ninguém.- olha pra mim.

Agora fudeu de vez!

Se eu que tiver que escolher os negócio, tá tudo fudido já.

Gab: Pronto, agora deu certo mermo.- nego com as mão na cara.

Rute: Calma, você não fará essa caminhada sozinho.- sorri serena.- Existem dois anjos na sua vida que vão te guiar. Mas um, é oq mais te entende, oq mais te conhece e oq mais se parece com você.- fala doce e eu cemicerro os olhos.

Quem será esse povo?

Gab: Quem é esses anjo aí? - pergunto e ela sorri.

Rute: Calma, você irá conhecê-los. Mas antes, você precisa arejar sua mente, clarear seus pensamentos e tentar aliviar essa dor que tem aqui dentro.- põe a mão no meu peito.

Cacau...

Gab: Como tu sabe disso? - abaixo a cabeça um pouco.

Alá, só de lembrar chega falta ar...puta merda.

Rute: Porquê seu brilho está mais fraco...seu olhar não tem mais a mesma vida de quando você veio aqui da primeira vez.- fala com pena e passa a mão na minha cara.- Sua tristeza é eminente de longe, garoto. Ela, sem que você percebesse, virou seu motivo de sorrir, virou a cor dos seus dias mais tristes...- levanto a cabeça e olho pra ela segurando o choro.- Mas, mais uma vez a vida tirou um bem precioso seu, só que dessa vez você já entende oq aconteceu.- fico confuso.

Gab: Como assim? - pergunto.

Rute: Já lhe tiraram outras pessoas que eram e ainda são muito importantes na sua vida, mas você era muito pequeno pra sofrer essas perdas.- franzo as sobrancelha.

Do que ela tá falando?

Gab: Mano, oq tu tá falando com isso? - pergunto.

Rute: Você irá descobrir tudo, no seu devido tempo e pela boca das pessoas certas. Mas, saiba uma coisa: você ainda viverá muitos dilémas e duvidas, até decidir em quem você realmente vai confiar. Porém, cuidado. Essa decisão definirá o resto da sua vida.- me arrepio.

Mano, oq tanto tem de obscuro na minha história? Que decisão é essa que tanto essa doida fala? Será que essas coisa é tão séria feito ela diz mermo ou é só doidiçe?

Porra, parece que é tudo mentira. Coisa estranha do carálho!

Eu tenho uns pesadelo estranho e do mesmo geito toda noite, aí eu tento descobrir oq significa e descubro que parece que eu tenho uma "missão na terra" pra cumprir. Porra, eu sou o Thor não, carái.

Porra estranha do carálho. Já é tanta merda na minha vida e ainda vem isso.

Gab: Ah, eu num tô gostano nem um poquin desse papo.- nego.

Rute: Você não tem que gostar! Tem que aceitar e cumprir seu destino como ele está escrito.- fala séria e eu até me calo.- Um dia, você vai entender tudo e ver que foi melhor do geito que foi feito.- fala calma e eu respiro fundo.- Agora, se você quiser ter as respostas que precisa, você terá de ser mais minimalista, prestar atenção nas pessoas à seu redor, pois nelas há muitas pistas, você só precisa descobrir como montar esse quebra-cabeças.- guarda as carta.

Porra, esse bagulho parece tão dificil, tão estranho...sei lá. Mas, eu vou fazer oq ela disse, vai que eu consiga alguma coisa?

....

Mal entro na boca e os muleke já vem apertar a mente do cara. Se fuder.

Peladin: Ih, assim tá bom demais, né. Nois aqui ralano e o bunito dormino.- fala e solta a fumaça do cigarro.

Começou a putaria, alá.

Vitin: Né isso?! Até o chefe tá puto já.- nega e eu olho pra ele.

Ih, ja vi tudo.

Gab: Meu pai tá aí? - pergunto e eles acente.

Pode crer que lá vem bronca.

Respiro fundo e entro na salinha e ele já me olha puto.

LC: Porra, Gabriel. Sacanagem, carai. Eu deixo os bagulho na tua mão, confio em tu, e tu só vive fora da boca agora, porra.- fala sem paciencia.

Já foram levar fofoca pá ele. Bando de zé povinho.

Gab: Ih, Foi malzão, pai. Mas é que eu tive que resolver uns b.o aí, pô.- coço a cabeça.

LC: Que b.o, Gabriel? Oq é mais importante que a PORRA do morro? - pergunta puto.

Ah, lá vem ele denovo com esse fanatismo.

Gab: Coisa minha, tem nada pá tu não.- nego.

LC: Ah é? Mas o morro é meu e se eu deixei ele nas tuas mão foi pá tu cuidar bem dele, filho da puta.- levanta puto.

Era só oq faltava mermo!

Gab: Porra, enquanto tu tava lá estirado numa cama, muita merda aconteceu, tá ligado?! A minha vida ficou uma merda! Na minha vida agora, esse morro não significa mais nada! Você não tem moral pra falar porra nenhuma porquê quando eu tava mal pa carálho naquele quarto, você nem ao menos chegou perto de mim! - grito.- Tu tava sabe onde? Comendo aquela puta da Juliana enquanto a minha mãe que segurava a barra sozinha! Então cala a sua boca e para de dar show porquê eu tenho o direito de pelo menos sair daqui um minuto pra tentar não enlouquecer.- ele cerra os olho.

LC: Tu fala direito comigo que eu sou teu pai e antes de tudo eu sou teu chefe. Tu me rexpeita, carái.- aponta pra minha cara.

Olha só quem tá falando de respeito...

Gab: Respeito de cú é rola, e você que se foda sozinho agora! - grito e mando o dedo saindo da sala.

Ah, eu nem sei explicar, mas do nada me bateu uma ráiva dele! Me deu um calafrio na espinha só de ouvir a voz dele.

Do nada eu percebi o cara filho da puta que ele é.

Peladin: Moreno, carálho. Olha oq tu fez, viado.- vem correndo atrás de mim.

Vitin: Teu pai vai ficar muito mais puto com tu. Se pá vai fazer coisa pior com tu.- fala também preocupado.

Gab: Foda-se! Ele não manda em mim e eu tô pouco me fudendo pra ele. Cansei de escutar ordem de quem nem liga pra mim. Só pra esse morro maldito! - grito e subo na minha moto.

Peladin: Mano, volta lá, pede desculpa, viado. - fala preocupado.

Vitin: É mano, vai que ele te perdoa.- olho pra eles.

Porra, pra quê tanto drama?

Gab: Porra, para de show! Ele num vai me matar por isso não, fica susa e me deixa em paz.- ponho o capacete e eles se olham.

Peladin: Mano...- fala desconfiado e eu nego ligando a moto.

Gab: Fui.- falo alto e saio cantando pneu.

Ah, cansei já! Só por hoje eu mereço sair dessa merda!

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Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora