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Meses depois...

Bel🌈

Mickey: Mô, já pegou a carteirinha? - pergunta pegando minha bolsa e eu acinto terminando o delineado.

Bel: Peguei, mas dá uma checada se eu botei os outros papéis na pasta, por favor...- ele acente indo na cômoda.

Ah, hoje é o dia do exame que eu vou finalmente poder saber se o meu filho é ou não do outro.

Não é de DNA, mas se o bb tiver algum tipo de problema de saúde, DEUS ME LIVRE, mas eu vou ter 80% de certeza que sim, a merda que eu fiz tomou proporções horríveis.

Pqp.

Deus me ajude.

Luan: Pronto, tudo aqui.- fecha a bolsa pondo a alça no ombro vindo sorrindo na minha direção me abraçando por trás.- Tá linda...- nega sorrindo bobo e eu fico vermelha.

Bel: Para, mô...- viro escondendo meu rosto em seu peito com vergonha.

Luan: Mas é linda mermo, a gravidinha mar linda do mundo...- levanta meu rosto e me beija.

Ai, não tenho palavras pra descrever esse homem. Meu Deus.

Se ele for o pai do meu filho, eu prometo que eu nunca mais reclamo de nada! Tudo vai tá resolvido e Vai ser a última pá de terra naquela história obscura da minha vida.

Bel: Aff, tu que é um gostoso do caralho.- nego mordendo seu queixo e o puxo pra porta.- Vamo logo que é horário marcado em...- apago a luz e puxo um pouco do vestido longo pra evitar de pisar no tecido e cair na escada.

Aff, só uso vestido longo agora. Unica coisa que cabe em mim nesse momento.

Barriga triplicou num piscar de olhos.

E como eu num vejo o chão com a barriga na frente, isso mais atrapalha do que ajuda, porque eu fico tropeçando no vestido o tempo todo.

Sifudê viu.

Luan: Vem mô, eu te ajudo...- pega no meu braço e vem descendo comigo devagarzinho.

Ai, é impressionante como que uma barriga pode fazer uma coisa simples virar um martírio.

Ana: Bom dia, buchuda...- fala sorrindo colocando café numa xícara e eu sorrio indo lhe dar um beijo.

Bel: Bom dia, nenem.- sorrio sentando á mesa e ela me dá o café junto de um misto quente enquanto Mickey senta ao meu lado pegando uma xícara.- E o resto do povo? Onde tá? - pergunto dando uma mordida no pão.

Ana: Teus pais tão na boca principal, Gab tá fazendo cobrança e Carol ainda tá dormindo.- boceja pegando um pedaço de bolo e eu acinto.

Ai, essa casa anda tão vazia...

É tão estranho sem a Alê, sem o Cobra e sem meu irmão.

Ele é um filha da puta, mas eu amo ele. Ele não deixa de ser parte da minha família, o cara que eu vi crescer junto comigo e que tava do meu lado sempre.

Isso ficou confuso na minha cabeça por um tempo depois de tudo aquilo, mas agora, eu vejo que esse amor continua, só não do jeito que eu pensava.

Mas enfim, tanto o cobra e a Alê, quanto ele, tão fazendo suas próprias vidas e eu, também tô fazendo a minha.

Quando o baby nascer e o resguardo passar, eu me mudo pra casa do Mickey e finalmente, teremos paz pra fazer nossa própria família.

Hoje ele vem aqui duas vezes na semana só. Ele não tem muito tempo, mas sempre que dá, vem.

Já quando eu morar lá, vai ser tudo mil vezes melhor, então, mal posso esperar.

.....

A médica passa longos minutos passando a maquininha na minha barriga e eu quase roo minhas unhas até dos pés de tanto nervosismo.

Eu esqueci de falar que hoje também é o dia de ver o sexo do baby...então o nervosismo duplica.

Mas essa quenga só fica com cara de bunda olhando esse aparelho e num fala nada.

To quase parindo o bêbê de tanta aflição.

Bel: Então, doutora? - pergunto preocupada e impaciente enquanto ela anota umas coisas no papel.

Ela sorri virando pra mim novamente e desliga o aparelho.

Meu pai eterno...

Aperto a mão do Mickey e espero ela falar.

Médica: O bêbê tá ótimo! - sorri e eu suspiro aliviada, voltando a RESPIRAR.- Ele tem um tamanho ideal pro tempo de gestação dele, tá com a saúde em dia e não parece ter nada de anormal. Podem ficar tranquilos quanto a isso porque, a primeira vista, não há nada com que se preocupar.- sorri amável e eu sorrio com lágrimas nos olhos vendo ele também sorrir emocionado e me abraçar forte.

Meu Deus...graças a Deus!

Muito obrigada, meu pai...muito obrigada por não ter permitido que uma tragédia acontecesse...

Não é 100% mas é maioria de chances desse bêbê não ser do Fidélis, visto que ele é meu irmão e a combinação genética ia gerar alguma anomalia no neném.

Glórias a Deus Pai.

Bel: Graças a Deus, Luan...- abraço ele.-. E o sexo? É menino ou menina? - pergunto sorrindo e ela faz suspense.

Vaca, viu.

Médica: É menino.- fala e gritamos sorrindo.

Aaaaaaa um menininhoooo!

Meu Deeeus, eu vou estragar tanto essa criança, porraaa...

Luan: Meu Deus, eu vou ter um muleke...um mulekin...MEU DEEEEUS!- põe a mão na testa e eu rio o abraçando.

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora