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RF: Não...aquela menina parecia um bichinho assustado. Sabia nem atirar. Nunca teve metade da coragem dos irmãos e do pai.- nega.

LC: RF, tu sabe muito bem o quanto que o ódio e, principalmente, o sofrimento muda as pessoa. Ela pode ter mudado. Ainda mais que ela conseguiu sumir junto com aqueles dois cara que tu sabe que sempre foram malandro.- nego andando de um lado pra outro.- Eles pode ter ensinado os bagulho pá ela, carai.

Carálho...isso faz sentido, mano...

Mas tanto tempo depois? Por quê?

Mas, um ódio do tamanho q a gente causou não se esquece assim tão rápido. Realmente ela pode ter voltado. Só não tenho certeza ainda...

LC: Mano, eu num quero acreditar que essa mina voltou! - bato na mesa.- Eu deixei ela escapar! Eu tinha que ter procurado mais por ela, merda! - chuto a cadeira.

Porra! Eu sabia, eu sentia que deixar ela viva ía trazer dor de cabeça. Aí ó.

RF: Eu sempre achei que a gente deixou muita gente viva nessa história! - fala nervoso e puto.

LC: Porra, eu ía advinhar que aquela mongol podia voltar, caralho??? - grito e ele olha pra mim respirando fundo.

Aah, que burrice que eu fiz!

RF: Mano, a gente tá se afobando demais pra quem nem tem certeza se quem fez isso foi ela merma. A gente tem que se acalmar e achar um geito de descobrir quem fez isso e logo saber o paradeiro dessa mina. Se foi ela ou não, a gente vai ter que encontrar ela e matar. Não dá pra correr esse risco. - nega e eu acinto.

Ele tem razão! Pelo sim e pelo não, ela vai ter que ser abatida o quanto antes. Nem que eu passe todas as horas dos meus dias procurando ela de todos os geito possivel. Mas eu encontro ela! Ah, se encontro...

LC: Real.- concordo.- A gente esqueceu dela a muito tempo, mas agora eu senti que a gente pode ainda tá correndo risco com ela e com os outros vivos ainda.- respiro fundo tentando me acalmar.

RF: É. Essa merda aqui pelo menos serviu pra gente ficar atento, porquê tem chance de ser o Coringa ou outros inimigos, mas também tem chance de ser aqueles três voltando pra atormentar.- olha nos meus olhos e eu acinto.

Agora eu tô grilado com isso! Não sei...mas meu faro não falha e eu sinto que o perigo tá perto...o verdadeiro perigo tá perto!

Gab💣

A noite hoje chegou rápido. Com tantos acontecimentos, o dia passou voando.

Cheguei em casa e logo já vi a cena da Ana chorando igual criança no colo da Lê, e a Lê quase surtando de tanto tentar fazer ela se acalmar.

Alí eu ja vi que a noite ía ser longa pá caralho...

Logo sentei com ela, conversei pra tentar fazer ela pelo menos me escutar sem chorar, e depois de muito esforço, eu consegui! Ainda bem.

Levei ela pro quarto dela e começamo a conversar...agora eu tô aqui pagando de psicólogo. Beleza, né.

Ana: Cê num entende? Eu gostava dela demais. E agora meu peito num para de doer...- nega chorando.- Por quê é tão doloroso? Por quê essa angústia no peito não passa? - pergunta soluçando e eu nego puxando ela pro meu peito.

Gab: Mano, eu sei como é...- suspiro.- É uma dor insuportável e que dá vontade de gritar e correr pro mais longe que tu conseguir. Mas, tu tem que saber que essa dor vai passar, e vai virar só saudade. Toda ferida sára, só sobra a sicatriz pra te lembrar que você passou por aquilo, mas que já passou.- faço carinho no cabelo dela.- Vai ficar tudo bem, minha boneca.- beijo a cabeça dela e ela funga.

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora