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Gab🔥

Gab: NASCEU???!! PUTA QUE PARIIIU!!! - grito jogando o celular no sofá correndo pra abraçar o Cobra que já tá doidão também.

Cobra: MAIS UM INTEGRANTE PRA ESSE MÓI DE GENTE DOIDA! - rimo pulando e eu só consigo pensar em como deve ser a carinha dessa criança.

Serasse vai ser galego feito o pai ou morenin feito a mãe?

Cobra: Deus abençoe essa criança pra puxar a mãe, porque o pai...- nega e eu rio acentindo.

Sempre é bom puxar mais a mãe do que o pai, é bíblico isso.

Gab: Ó, tu vai primeiro ou eu posso ir? Alguém tem que ficar tomando conta daqui.- cruzo os braço e ele puxa um Beck do bolso.

Cobra; Não, mano. Ta de boa. Vai lá, vê o muleke e depois eu vou. Vai chegar umas carga e eu tenho que ir pessoalmente conferir, então...- dá de ombros e eu acinto pegando a chave da moto.

Gab: Fechou então. Assim que chegar e tu acabar as coisa por aqui, me dá um toque, eu venho e tu vai.- ele acente enquanto eu tiro o fuzil e ponho só uma na cintura saindo da boca.

Eita, deixei a moto lá em baixo hoje...

Caralho, justo no dia que eu tenho que ir rápido, vou ter que descer essa ladeira todinha a pé. Jesus.

Vou descendo de boa vendo a rua praticamente vazia, já que são três da matina e essas hora nem os bar tá aberto.

Só tem os muleke do movimento mermo e umas mina rodando atrás deles.

- ME SOLTA! - escuto um grito de criança vindo de um dos bêco e paro olhando pra escuridão tentando ver oq tá rolando.

Escuto mais gritos, mas parece que tem alguma coisa tapando a boca que grita.

Oxe oxe...

Pego meu celular no bolso e ligo o flash tirando a PT da cintura.

Assim que a luz bate em um dos bêcos, eu vejo um cara chutando uma criança amordaçada no chão.

Ah não...Tá me zoando né?

Gab: OU, FILHO DA PUTA! - grito e o cara me olha, parece drogado.

Os olho vermelho, chei de olheira e cabelo todo duro de sujeira, desgrenhado.

Ele parece me ignorar e continua batendo na criança que grita e chora mais.

Puta que pariu, viu.

Eu podia dar um tiro na cabeça logo, mas antes eu tenho que descontar o ódio que eu tô sentindo.

Corro na direção dele e bato a coronha da arma em sua cabeça, ele cai na hora.

Parece zonzo e não consegue levantar.

Gab: Então tu gosta de bater em criança, seu arrombado? - pergunto puto e meto o murrão.- Só que...- dou outro do outro lado.- Na minha favela...- mais um.- Verme igual tu não se cria, caralho! - grito e pego uma pedra do lado da cabeça dele e bato ela com força na cara já toda fudida dele e ele desmaia.

Filho da puta.

Destravo a arma e levanto ficando em pé em cima dele.

Gab: Aê, mais um pra ocupar vaga no inferno...- falo com nojo e cuspo nele disparando três tiro em seguida.

Falta num vai fazer.

Quando vou guardar a arma, escuto um chorinho baixo atrás de mim e lembro da criança.

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora