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Ana🎶

Lili: Aê, namoral...tá uma gata do caralho hoje, em...- fala sentada numa das mesas com um copo de vodka na mão e me olha maliciosa.

Ih, rapaz.

Ana: Eu SOU uma gata, caralho.- debocho enfiando meu garfo numa picanha da churrasqueira.

Ela sorri mostrando as covinha e nega levantando e vindo na minha direção.

Lili: É...vontade de adotar essa gatinha, sabe?...- fala baixo no meu ouvido e abraça firme minha cintura.

Ô caralho.

Oq ela quis dizer com isso????

Ana: Infelizmente essa gatinha não está pra adoção. É vira-lata, prefere não ser coleirada.- sorrio irônica e tento sair do seus braços mas ela me aperta mais forte e me senta em cima da mesa.

Ui ui.

Lili: ah é?! Vamo ver então...- sussurra contra a minha boca e olha nos meus olhos me soltando e saindo logo em seguida.

Mas gente, não consigo entender essa menina.

Chegou aqui MÓ PIRANHONA, BICHA SOLTA DO ROLÊ, e agora vem com esses papo? Ah, me amola não, tio.

Eu vou é comer q eu ganho mais.

Ana: É foda entender que acabou, teu pôpô não é mais meu...meu pau não é mais teu. Amor, que penaaaa...- cantarolo de boca cheia me sentando na mesa e vejo o povo ir botar mais carne na churrasqueira e mais cerveja no isopor.- EITA QUE HOJE EU SÓ DURMO AMANHÃ...- sorrio dando um gole no meu copo e aumentam o volume da musica.
.
.
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Gab☠️

Todo mundo dançando, rindo, comendo...e minha princesa também tava menos abalada com tudo. Eu não consegui sair de perto dela um segundo, e nem quero. Pelo menos hoje, ela vai enjoar de mim, mas eu não solto.

Mermo ela ainda tando mais calma, eu percebi que ela tava meio pra baixo, encolhida no meu colo...

Gab: Vida...cê tá bem? - pergunto baixo e levando o queixo dela devagar pra olhar pra mim.

Cacau: Não sei...- nega e suspira meio triste pegando nas minha corrente.

Iiiiih....

Gab: Oq foi? Quê que ainda ta pertubando a tua cabeça? - pergunto preocupado e ela olha pro chão e depois pra mim.- Fala, pode me contar...- falo baixinho e beijo o nariz dela.

Cacau: É que...tudo acabou bem e tal, eu entendi os motivos de vocês...mas...- fala devagar.

Gab: "Mas"...? - interrompo.

Cacau: Isso não tira o fato de eu não poder mais ser mãe, amor...- nega triste e eu suspiro olhando pro chão.- Eu não sei se consigo superar isso...desculpa.- choraminga deitando a cabeça no meu ombro.

Ficamo um tempo em silêncio e depois eu decido falar.

Gab: Não...ta tudo bem, vida. Tu não precisa se desculpar por falar oq tu sente.- nego calmo e faço carinho na bochecha dela.- Mas é que...eu não sei oq fazer...- suspiro negando e ela me abraça mais forte.- Eu não sei oq eu vou fazer, mas eu sei que eu vou tá aqui, junto de tu sempre pra te apoiar e nois aguentar essa barra juntos.- olho pra ela e ela sorri fraco me dando um beijo e deitando a cabeça no meu pescoço.

Pqp...nunca fiquei tão perdido quanto agora.

Porra, como dói ver quem tu ama sofrendo e não poder fazer nada.

Q ódio!

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora