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Gab💀

Depois de um tempo, eles desamarraram nois e eu comecei a querer saber mais de tudo que eles contaram.

Gab: E...como vocês conseguiu escapar naquele dia e os outro não? - pergunto cruzando os braço.

Duquesa: Bom, como eu falei, assim que arrombaram o portão, sua mãe e sua avó mandaram eu correr e me esconder, e assim eu fiz. Só que não deu tempo delas fazerem o mesmo, então o Tito levou elas embora à força.- nega.- Aí eu fui tentar ir atrás delas mas, quando eu cheguei na porta o VT pulou o muro do quintal, pulou pá dentro de casa e me disse que não tinha mais nada a se fazer. Todos eles tinham sido pegos pelo LC e que naquela hora só Deus podia ajudar eles.- fala triste.

VT: Ela não queria aceitar isso, mas precisou.- nega.

Duquesa: Pois é. Eu percebi que naquela hora eu seria mais útil tentando fugir do que ficando lá. Então ele disse pra mim que íamos fugir o mais rápido dalí. Só que eu não quis sair sem levar nenhuma recordação do meu lugar, da minha familia.- fala triste.- Então eu só conseguí pegar o nosso álbum de fotos e algumas roupas pra mim e coloquei tudo numa mochila. Assim que eu desci denovo, a gente correu e pulou o muro do quintal pra fugir. No caminho, a gente encontrou o Cobra e ele ajudou nois a fugir e veio com a gente.- olha pro negão.- A gente correu, mas os soldado do LC viram nois e começaram a dar rajada de tiro na gente, aí nois correu pra mata e se embrenhou nos mato até eles perder nois de vista. Mas aí eles continuaram atirando sem nem ver mermo e acertaram três tiro no Cobra, dois nas costa do VT e um em mim.- respira fundo e o tal do VT começa a rir do nada.

Alá, malucão.

Gab: Oxi...- nego.

VT: AAAH, CONTA AÍ ONDE FOI TEU TIRO.- fala rindo junto com o outro e ela revira os olho.

Duquesa: Vai te catar, Vitor.- nega puta.

Ih, agora até eu quero saber onde foi. Pra ela tá tão puta assim, né...

Cobra: Conta carai, num tenha vergonha do seu passado.- os dois gargalha e ela bufa.

Duquesa: Foi na....- balbucia alguma coisa mas eu não entendo.

Gab: Aonde? - pergunto confuso.

Duquesa: Na ....- não entendo de novo.

VT: Tira a minha pika da boca e fala logo duma vez.- fala rindo e ela bufa.

Duquesa: NA BUNDA! Pronto.-revira os olhos e cruza os braço de novo.

É oq, maluko?

Começo a rir junto com a Ana e com os outros dois.

Mano, quem toma um tiro na bunda?

Gargalho e ela nega puta.

Duquesa: Doeu tá? E ainda ficou a cicatriz.- nega e o VT abraça ela.

VT: Ô minha pulguinha, eu amo a sua marquinha.- provoca e beija ela que bate nele.- É sério, é tão bonitinha.- ele ri e ela dá um socão nas costa dele.

Duquesa: Vai se fuder.- nega puta.

Mano, que povo doido do carai.

Nois fica rindo até cansar e ela volta a contar a história.

Duquesa: Como eu ia dizendo antes de ser interrompida por esse quadrupede.- olha pra ele com tédio e ele solta um beijinho pra ela.- A gente passou quase quatro horas dentro da mata, todos fudidos de bala, o Cobra quase morrendo, e eu passada de dor também. Mas aí a gente conseguiu chegar no morro do Coringa e pedir ajuda. Ele de cara já ajudou nois e nois explicou oq tava acontecendo, mas já era tarde demais pra ele ajudar lá.- nega.- Mas ele nos ajudou a nos reerguer e me treinou todos os dias durante dois anos pra eu ser quase uma máquina de pontaria, agilidade, força e inteligência. Tudo isso pra me fazer crescer no mundo do trafico e me fazer ser quem eu sou hoje.- joga as tranças.

Aconteceu na Rocinha...Onde histórias criam vida. Descubra agora