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[ 23 de novembro, sábado ]



Se alguém me dissesse há um mês que um dia eu, Ariana, Castiel, Lysandre e Keith nos reuniríamos para comer pizza e passar um tempo de qualidade juntos, eu não acreditaria. Não pelos outros três, mas por causa de Castiel. E por minha causa também, já que não sou a pessoa mais sociável do mundo. E se dissessem que seria tão agradável quanto está sendo, também não acreditaria. Claro que Ariana, Lysandre e Keith estão fazendo a maior parte da conversa, mas o que se pode esperar de dois introvertidos?

Por que estamos reunidos, você deve estar se perguntando. A ideia foi da minha irmã. Apesar de um mês ter se passado, ela ainda está muito empolgada com toda essa coisa de Castiel e eu estarmos juntos, então sugeriu que todos nós fizéssemos algo em grupo para que ela pudesse conhecer o ruivo melhor. Keith está aqui porque Castiel se recusou a ter Lysandre como única companhia masculina.

— Eu vou pegar outra cerveja — ele anuncia, ficando em pé. — Alguém quer? 

Todos aceitam; menos Lysandre, que está dirigindo. 

— Essa noite está sendo muito legal, não está? — Ariana diz quando Castiel se retira. — Vocês ficam tão fofos juntos, Ari! Ele é do tipo caladão, igual a você, mas é muito simpático. 

— Simpático? — pergunto, desacreditada. — Castiel Chase? 

— Ele não é exatamente um raio de sol — Keith intervém. —, mas é um cara maneiro. 

— Como pode dizer que Castiel não é um raio de sol? Não viu como ele esbanja alegria com suas roupas pretas e sua carinha ranzinza? Ele ilumina a sala!

Todos dão uma risadinha, e Castiel pergunta qual é a graça quando volta para a sala com três garrafas de cerveja em mãos. Ele revira os olhos quando conto. Nós passamos mais uma ou duas horas conversando sobre coisas variadas, até Keith alegar estar com sono. Lysandre lhe oferece uma carona, então os três vão embora. 

— O que achou de hoje? — pergunto enquanto Castiel e eu recolhemos as embalagens vazias. 

— Foi... suportável. 

— Suportável? — arqueio as sobrancelhas, sorrindo. 

— Tá bom, até que foi bacana. Mas —  ele segura minha cintura e afasta uma mecha de cabelo, depositando um beijo na parte recém exposta do meu pescoço. —, eu estava louco pra eles irem embora para que pudéssemos ficar sozinhos. 

Fico um pouco vermelha. Depois de ontem à noite, a ideia de ficar sozinha com Castiel me deixa um pouco nervosa.

— Você está bem? Parece meio preocupada. 

— Não, eu só... Só estava pensando no que houve ontem. 

— Eu fiz alguma coisa errada? 

— Não, não! É só que... Foi muito bom — admito com timidez. — Mas fico nervosa porque não estou preparada para ir além disso. 

— E não temos que ir além. Não precisa ficar preocupada. 

— Você não sente falta? Você sabe, de dormir com alguém. Sei que tem uma vida sexual ativa e está há um mês sem fazer nada. Minha irmã diz que pessoas nessas condições sentem certas necessidades.

— E por que acha que estou há um mês sem fazer nada? Nós não temos nada sério; isso não me dá liberdade de ficar com outras garotas, se eu quiser? 

— E você ficou? — pergunto com certa dificuldade, engolindo em seco. 

— Claro que não, Greene — Castiel ri enquanto tenta se defender dos tapas que lhe dou.

— Seu idiota, isso não tem graça. 

— Você fica muito sexy quando está com ciúmes — ele segura meu rosto entre as mãos com um sorrisinho provocador. — Fique tranquila, garotinha, eu sou todo seu. E quanto às outras coisas, não precisa se preocupar. Está tudo sob controle. Eu sinto certas vontades, sim, mas as mãos estão aí pra isso, não é? 

Fico vermelha outra vez. Como é que uma noite agradável com os amigos deu nisso? 

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