[ 26 de maio, segunda-feira ]
Saio da sala sentindo o nível de estresse baixar pouco a pouco depois de entregar minha prova de matemática. Nos resta pouco mais de uma semana de aula e essa foi a última prova final que tivemos que fazer — e, de longe, a mais difícil. Detesto matemática. Me afastou pouco no corredor entes de um braço se apoiar nos meus ombros e dois pedaços de papel do tamanhos de bilhetes de circo aparecerem diante dos meus olhos. Levanto a cabeça para encontrar o sorriso satisfeito do meu namorado.
— O que é isso?
— Ingressos para o baile. Acabei de comprar.
— Você quer ir ao baile? — pergunto com espanto.
— Claro, você não?
— Quero, claro. É nosso último baile escolar.
— Foi o que pensei.
Castiel me força um pouco para o lado quando chegamos a escada para deixar dois outros alunos passarem.
— E com quem você vai?
— Como assim, doida? Vou com você, é óbvio.
— É? Não recebi nenhum convite.
— Qual é, Greene, não faz isso comigo — ele choraminga. — Nós já somos um casal. Cacete, isso ainda me surpreende quando digo em voz alta.
Paro de andar quando descemos o último degrau e me viro para ele, sorrindo. Castiel apóia as mãos nos meus quadris.
— É um baile de formatura, Castiel, e nunca tive um par para as festas da escola. Quero a experiência completa.
— Tipo uma limousine e aquela flor de pôr no pulso?
— Aceito o corsage, mas não precisamos de uma limousine. Temos meu carro.
— Oh, sim, nada mais glamouroso que um fusquinha.
Lanço-lhe um olhar ofendido.
— Tem alguma coisa contra o meu carrinho?
— De jeito nenhum, meu amor — Castiel se inclina para depositar um beijo na curva do meu pescoço, me puxando para mais perto. — Posso até imaginar nós dois no fusquinha, dirigindo rumo ao pôr do sol, com latinhas e uma placa de recé-casados presas na traseira.
Empurro seu ombro, brincando, e ele ri antes de beijar minha boca.
— Vou pensar num convite, tá legal?
— Estou bem aqui, por que só não pede?
— Não é assim que a banda toca, garotinha. Você disse que quer a experiência completa e vou garantir que tenha. Só para constar, noventa e nove por cento dos bailes acabam em sexo em lugares não convencionais.
— Como sabe disso? — arqueio uma sobrancelha.
Castiel encolhe os ombros inocentemente e me beija outra vez. Retribuo, tentando não pensar nele transando com alguém em " lugares não convencionais ". Nós não andávamos juntos; ele pode ter sido o par de alguém no baile de formatura do ano passado.
— Alguma formanda bonitona te convidou para o baile do ano passado? — pergunto com indiferença fingida quando o beijo acaba.
— Nenhuma tão linda quanto você.
— Engraçado. Estou falando sério.
— Duas garotas me chamaram. Eu recusei.
— Por que?
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FanfictionNOTA: ESSA HISTÓRIA CONTÉM ERROS DE DATA QUE SERÃO CONSERTADOS POSTERIORMENTE - Você me ignorou a semana inteira - reviro os olhos. - Sua amiga deve estar te esperando. Vai embora. Tento fechar a porta, mas meus movimentos estão lentos demais, ent...