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[  22 de janeiro, sábado ] 





  Então, as coisas vão funcionar da seguinte maneira: para não precisarmos fazer uma terceira viagem ( segunda, no caso do Castiel ), visto que eles precisarão das fotos até quinta-feira, Dallas pediu que eu fotografe a Crowstorm em ambientes familiares — como a garagem do Keith, por exemplo — para passar uma sensação de intimidade. Enviarei os registros por e-mail. Assinei um contrato que me garante um pagamento de mil e duzentos dólares e proíbe a venda das minhas fotos para qualquer outro lugar sem minha autorização. 

  Quanto ao Castiel e os outros garotos, eles farão uma entrevista por vídeo chamada e ganharão duzentas pratas cada um por permitirem que a revista faça uso de suas imagens. Acho que nem preciso dizer o quão felizes estamos nos sentindo agora. Nós conseguimos uma oportunidade incrível juntos. Assim que nos despedimos de Dallas pulamos nos braços um do outro, rindo quase histericamente de tanta alegria. Também dou um grande abraço no Leigh. 

  — Eu não sei como te agradecer, Leigh. Isso é tudo graças a você.

  — Ari… 

  — Não, é verdade — interrompo, segurando suas mãos. — Se não tivesse me contratado, minhas fotos não teriam chamado a atenção do seu amigo, ele não ia querer me encontrar, nós não teríamos vindo para São Francisco e eu e a Crowstorm não teríamos uma divulgação tão boa! 

  — Na verdade — Castiel chega mais perto e separa nossas mãos. — Acho que o lance com a Crowstorm foi mais um golpe de sorte. Foi graças à falta de energia da semana passada e ao problema com o passaporte da outra banda. Eu só estava no lugar certo, na hora certa. 

  — Ainda assim, não precisaríamos vir para São Francisco se não fosse pelas minhas fotos. Não pode apenas agradecer? Sua língua não vai cair. 

  — Prefiro não arriscar, preciso dela pra poder cantar. 

  Puxo Castiel para mais perto pelo bíceps e sussurro entredentes:

  — Seja gentil ou eu mesma arrancarei sua língua e a farei descer pela sua goela. 

  O ruivo se volta para o Leigh e resmunga com uma cara descontente: 

  — Obrigado. 

  — Tudo bem, pessoal, eu não preciso de nenhum agradecimento — Leigh abana as mãos, constrangido. — Por que não ligamos para a Rosa e saímos pra comemorar? Ela também foi contratada, afinal. O almoço é por minha conta.
 
  O clima estranho se dissipa completamente quando nos encontramos com a Rosalya. Sua energia positiva é contagiante, até mesmo o Castiel sorri bastante enquanto comemos e conversamos. É um ótimo dia para todos nós. Em um determinado momento me levanto para ir ao banheiro, e Rosalya vem atrás de mim. 

  — Incrível tudo isso, não é? — ela diz enquanto estou na cabine e se vira para me olhar quando saio. — Agora vocês têm mais um motivo para comemorar esta noite. Quais são mesmo seus planos? 

  — Eu fiz reserva em um restaurante refinado, do tipo que tem velas na mesa e tudo mais. Nós nunca saímos para jantar. Não em um restaurante assim, pelo menos — explico enquanto lavo e seco as mãos. — Depois pensei em darmos uma volta na praia, observar as estrelas… Eu trouxe um cobertor na mala. 

  — Awn, isso é tão fofo! Estar apaixonado é maravilhoso. Se quiserem uma comemoraçãozinha mais… íntima… podem usar meu quarto. Posso chamar o Leigh para fazer alguma coisa e ficar fora por umas horas. 

  — Não será necessário, obrigada — sinto o rosto esquentar. — Já fico grata por deixar que eu me arrume lá. Achei um vestido muito bonito num brechó, vou usá-lo essa noite e na formatura. É perfeito. 

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