A carruagem segue lentamente seu caminho de volta e meu pulso está finalmente livre, mas a região do aperto foi imperdoavelmente magoada.
— Te machuquei? –– sua voz é mais calma ao pronunciar a devida pergunta. Evito responder qualquer coisa, na verdade, estou perturbada demais para dizer algo. Seu corpo está na minha frente e seus intensos olhos me observam enquanto massageio suavemente o local contundido. — Peço desculpas, Alexia, não queria te machucar. Nunca! — suspira cansado.
— Mas machucou. –– digo recuperando a voz e, consequentemente, meu controle.
— Alexia, eu...
— Desculpas não resolvem o problema de ter me machucado. E, Mikhail, guarde bem estas palavras: da próxima vez que agir como um louco e me machucar, irei garantir um bom estrago neste teu rosto bonito. –– ameaço ainda mais irritada.
— E aceitarei de bom grado meu castigo. –– ele diz, mesmo que sua expressão pareça um pouco surpreendida com minhas palavras. –– Reconheço que me descontrolei, mas quando ele insinuou qualquer coisa com você, não pude me segurar... –– diz novamente agitado.
— Mas porquê? — pergunto inquieta.
— Pedro Moskeihev é um homem perigoso, Alexia.
— Perigoso como? –– avanço curiosa.
— É um assunto muito delicado e pessoal. Peço que para o momento apenas me escute e evite qualquer outro contato com ele. –– diz duro.
— Não me pareceu perigoso... não tanto quanto você! –– digo corajosamente, e vejo seu rosto se contorcer em espanto e tristeza.
— Nunca quis... –– Mikhail principia a dizer, mas logo o interrompo.
— Além do mais, Alteza, não conheço a nenhum dos dois cavalheiros, então não sei em quem verdadeiramente devo confiar, muito menos entendo como posso correr perigo se o assunto é "pessoal". –– minha voz segue alterada, demonstrando o cansaço que tenho decorrente das tabulações do dia.
— Alexia, com a cena que demos a ele é bem provável que pense que estamos tendo algum tipo de envolvimento amoroso.
— Como?... Oh, mas esta não é a verdade! –– digo em aparente choque. Mikhail parece também estar irritado com os acontecimentos da noite, pois suas mãos involuntariamente percorrem seus negros cabelos com impaciência. — Finalmente chegamos em casa! –– digo ao ver o enorme portão branco, a força das minhas palavras que tentam desesperadamente ofuscar a tensão que nos toma.
— Ainda não respondeu ao meu pedido, Alexia. — reforça.
— E qual foi o pedido, senhor? –– pergunto dissimulada.
— O de se manter longe de Pedro Moskeihev. — repete.
— Aquilo não me pareceu um pedido. –– digo saltando rapidamente do carro quando o cocheiro abre a portinhola e, sem esperar, seguir em direção às enormes portas da entrada agradecendo aos céus por não ter caído na descida precipitada e ainda passar mais humilhação.
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Sedução do Príncipe
Любовные романыNos contos de fada o amor surge dos momentos mais incomuns, mas para a realidade daqueles que nunca podem escolher, o amor surgiu do memento mais trágico. Alexia é uma jovem ativa e que aproveita de toda sua liberdade rodeada por campos verdes...