|Cap. 16|

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–– Sei que está bastante ansiosa para a chegada de Mikhail, mas não tenho condições de retornar para casa agora. Sendo assim, se sinta livre de qualquer obrigação dada por André. –– Guez fala enquanto caminhamos pela trilha que nos levaria de volta à casa, minutos depois da triste descoberta no galpão de armas.

–– Também não quero voltar agora. Posso lhe fazer companhia? –– pergunto, mesmo lendo em seus olhos cansados o desejo de se manter alguns momentos sozinha.

–– Não sei se seria uma boa ideia... –– ela tenta dizer.

–– Prometo não atrapalhar! –– digo –– Só não quero voltar para aquela casa e ruminar em infinitos pensamentos sobre aquele que chamo de marido. Estou com medo e não sei lidar com isso, Guez... Então, por favor, me deixe ficar contigo por mais alguns minutos. –– imploro com a voz fraca.

–– Tudo bem! Acredito que precisamos de um descanso de alma pelo dia de hoje. –– ela me dá um pequeno e tímido sorriso, uma tentativa de animar nossos espíritos. –– Que tal te levar para a praia? A água do mar tem o poder místico de levar o que é ruim embora. –– diz apontando para o caminho que devemos fazer quando aceno a cabeça em concordância às suas palavras.


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