|Cap. 29|

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Por sorte ele tão logo não segue meus passos tumultuados como minha mente que me levam para a aconchegante biblioteca. Aqui, em meio a tantos livros, me sinto mais confiante e bem disposta para enfrentar meus sentimentos e expor minhas ideias. Meus pés caminham de um lado para o outro enquanto mergulho nos escuros pensamentos sobre o homem que me deixa terrivelmente desequilibrada, emotiva e com sensações e pensamentos nunca imagináveis até então.

— Alexia... –– escuto sua voz, seu chamado, e meu corpo vibra com a pronuncia lenta e escura. Ele está em pé na minha frente, seu corpo alto e forte faz com que meus olhos se prendam em cada pequeno e belo detalhe de sua impressionante aparência física.

— Sim?! –– tento responder calmamente, como se sua presença ali, tão próxima e tão íntima, não me afetasse em nada.

— Gostaria de permissão para te cortejar formalmente.

— Quê? Co-como? –– engasgo. As palavras não fazem sentido, não podem fazer. — Porquê? –– respiro longamente e pergunto.

— Alexia, sou o irmão mais velho e já tenho idade mais que suficiente para me casar e ter um herdeiro, e você está procurando um marido. Vejo "porquês" suficientes!

— Mas não nos conhecemos!... — afirmo aterrorizada.

— Minha família conhece e aprecia seu avô há vários anos, ele nos ajudou num momento muito delicado. Creio que ficará feliz se vier a aceitar o pedido.

— Não sei o que dizer, não parece certo... –– sussurro.

— Pretendo sair daqui o mais rápido possível, hoje mesmo se aceitar. Só quero uma oportunidade, Alexia. A escolha ainda é sua! –– ele fala ao se aproximar cada vez mais, me deixando sentir sua respiração em meu rosto, seus olhos fitando os meus e sua expressão apreensiva enquanto espera por uma resposta. –– Seus olhos são tão bonitos... — ele sussurra próximo o suficiente para causar arrepios doces que se arrastam por meu corpo.

— São comuns. –– digo tentando indiferença.

— Pelo contrário, seus olhos são tão expressivos, a cor me faz lembrar a terra fresca, chocolate e verão. — insinua em atrevimento.

— Por favor, não diga coisas assim. — suplico sem ar.

— Não consigo evitar, Alexia. Além do mais, estou sendo verdadeiro com você. Prometo sempre ser se vier a se tornar minha esposa. — diz enquanto ainda estamos muito próximos um do outro e posso escutar as batidas do seu coração.

— Não sou a esposa que procura, Mikhail. Não sou muito refinada, elegante ou bela. Sou quem sou!

— Dê uma chance para nos conhecermos, aí poderá tomar sua decisão. –– Seus olhos me desbancam de qualquer tentativa de fuga, capturando profundamente minha alma.

— Muito bem, Príncipe Mikhail, seu pedido está formalmente aceito. –– afirmo com um sorriso não muito convincente e nada seguro.


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