Sedução do Príncipe

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-- Alexia, eu lhe apresento o detetive Richard Bolery!

-- Oh! Não entendo...

-- Muito prazer, Princesa!

-- Alexia, Bolery tem me prestado serviços na busca por algumas respostas não fornecidas por meu querido irmãozinho caçula. Assim como você, também estou preocupado com os caminhos que André toma. 

-- Princesa, saiba que tenho seguido os homens de André neste último mês. Temos, meus homens de confiança e eu, sido a tortuosa sombra daqueles que se intitulam com o mesmo nome. Devo confessar que é um trabalho por demais dificultoso, e que as qualidades desses senhores são inquestionáveis. Consegui, e este é o assunto que tenho para tratar-lhes,  pegar uma pequena parte dos planos e ações feitas por aqueles homens que ficaram no porto junto com a senhora, princesa. 

-- Por favor, apenas Alexia. Mas vamos, termine o que tem para dizer. Nos apresente o que descobriu. -- sua voz é firme como a de uma mulher em seu domínio, necessitada de respostas como uma amiga por seus queridos.

-- Meu senhor e minha senhora, seu irmão deixou alguns de seus homens sob a ordem de vigiar e cuidar de vocês, reportando-o sobre qualquer acontecimento e os protegendo de qualquer mau, além de ficar mais próximo de todo processo e documentações sobre a prisão legal de Pedro.

-- Continue, homem! -- a voz de Alexia novamente ressoa, um acaloramento por escutar logo todas as respostas que aquele desconhecido trouxe ao amado lar de seus amigos.

-- Devo noticiá-los que Pedro fugiu do navio prisional ao qual estava. Pelas fontes que tenho, aquele homem pagou uma enorme soma em ouro para os carcereiros que o ajudaram na fuga.

-- Co-como?! Deus!... Não! Não!... isso não pode ser possível, não pode ser! -- a voz da mulher ao meu lado se quebra. Seu corpo convulsciona em soluços rápidos, seus olhos se abrem mais brilhosos pelas lágrimas e o desespero. -- Mikhail...

-- Por favor, senhora, não se aflija! Saiba que seu cunhado, o irmão mais novo de seu marido, já se encarregou dos cuidados para a captura do fugitivo. A notícia de sua fuga ganhou os ouvidos de André muito antes dos meus. Recebi esta notícia hoje, e como sei que desejam ficar sempre a par de tudo o que acontece, fiz questão de lhes alertar o mais rápido.

-- E foi o mais acertado a se fazer, Bolery. Assim podemos nos proteger e nos preparar diante de tal infortúnio. André sempre foi algo de sombrio depois de minha partida, sempre algo de rebelde. Sua loucura é amar demais esta família. -- digo calmo, tentado manter a sanidade diante do repentino, da desgraça que mais uma vez nos toma. Meus olhos caem sobre o corpo rompido, mas ainda ereto de minha bela Alexia, seus olhos fitam o distante e seus pensamentos parecem  abandonar o ambiente.-- Como vemos, a carta de meu querido irmão nos trouxeram mentiras e sossego. Maldito seja!

-- Ele apenas espera nossa felicidade, marido. Foi por mim, foi porque eu o desejei tanto...  Eu o obriguei a tomar nas mãos o destino de todos.

-- Não diga isso, Alexia, como pode ser sua culpa? Por Deus, não se acometa em tal loucura, não se deixe dominar pelo desespero. André fez sua escolha, devemos aceitar e lidar com isso.

-- Mas... Deus, eu não posso!-- sua voz soa abafada enquanto ela sai em disparada do aposento, deixando seus soluços pesados enchem o corredor.

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