Capítulo 6 - A conversa...

278 13 0
                                    

POV Bella

Antes de sair da casa para seguir Stefan e Roh pedi a Jake que tirasse Nessie, Elena e Amanda de lá. Quando me aproximei e pude ver os Cullen meu peito doeu. Meus olhos logo procuraram quem mais me importava então eu não pude permanecer escondida nas sombras.

Agora que eu finalmente estava sozinha com ele e não sabia o que dizer. Quer dizer eu acho que ele já deve pelo menos ter visto Renesmee no pensamento dos outros. Não cheguei a tempo de envolver a meus amigos a tempo com o meu escudo. Ainda mais Stefan que estava tão longe de mim.

Mesmo com o treinamento que tive com Roh, não foi o suficiente, pois eu só conseguia estender meu escudo por 3 metros. Tive muita sorte do poder extra de meu irmão ser de identificar os poderes extras dos outros e os ajudar a treinar.

- Como tem passado Edward?

- Não muito bem. Mas você parece feliz com seu novo companheiro? - Edward foi direto ao ponto.

Espera aí, que história é essa de companheiro?

- Você está se referindo ao Roh?

Ele fez que sim com a cabeça.

- Está enganado. Rodrigo é como um irmão para mim.

- E o Damon? – perguntou ele.

Apenas bufei e falei:

- Então, não estamos aqui para falar disso... Acho que você tem que explicar o motivo real por estar aqui.

- Desculpe por te deixar Bella. Mas eu não aguentei te ver machucada daquele jeito. Quando eu vi as marcas que eu fiz em você, como eu te machuquei depois da nossa noite, e pensar como eu poderia ter te matado eu não aguentei e tive que mentir pra você. Por isso eu disse que não te amava, e olhar pra você quando eu falei aquilo foi o pior momento da minha vida. Se você tivesse falado para que eu ficasse mais uma vez eu não aguentaria e ficaria com você. Foi muito duro te dar as costas.

- Ah tá, e agora, vai falar que ainda me ama? Não quero ouvir isso, você me deixou e nem se preocupou em como eu ficaria SEM você. Fiquei muito pior do que com alguns machucados.

- É verdade, eu ainda te amo, se você me der uma chance de te mostrar isso.

- Eu aceito vocês terem vindo pra cá, mas não quero nada com você, Edward. Agora estou voltando, se quiser vir.

- Só uma pergunta. – disse Edward

- Fale.

- Quem era aquela criança que vi no pensamento do loiro? – gelei quando ele perguntou, e agora? O que eu faria?

- Você foi embora e semanas depois descobri que estava grávida. Você não abandonou só a mim. Abandonou a uma filha também.

- Uma FILHA? Impossível! - disse Edward incrédulo.

- Está me chamando de mentirosa? – perguntei ficando irritada.

- Não, mas isso é impossível. Eu sou um vampiro lembra? Vampiros não podem ter filhos.

- Eu sei, mas EU não era uma vampira então é um pouco diferente não acha? E se você a viu na mente de Roh, sabe que ela é muito parecida com você.

- Eu ainda não consigo acreditar. – disse ele baixinho mais para si mesmo do que pra mim. – Mas ela não parece ter aparência de 4 e não quase 2 anos.

- Ela é uma híbrida, metade humana, metade vampira. O crescimento dela não é normal.

- Como assim não é normal? Qual é o problema da nossa filha? - ele perguntou aflito.

- Não precisa ficar preocupado. Ela cresce mais rápido que o normal. Mas o Roh me explicou tudo. Ele já havia encontrado um híbrido antes no Brasil.

Ele fez uma cara estranha quando mencionei Roh, mas eu ignorei e continuei a falar.

- Ela vai continuar a crescer até completar uns 18 anos e então vai parar de crescer assim como nós. O Roh me explicou tudo. Ele reconheceu os sintomas da minha gravidez e já sabia sobre como cuidar de mim. Eu tive que beber sangue. O bom foi que Damon tinha um estoque de sangue humano no porão.

Novamente as feições de Edward se retorceram, agora com a menção do nome de Damon. Então ele resolveu mudar a direção do assunto.

- Será que... Será que posso conhecê-la? Algum dia, por favor. Me deixe pelo menos ter essa oportunidade.

- Não sei não... Sei que não posso privar Renesmee de conhecer o pai. E isso também não é justo com você. Mesmo não merecendo.

Ele se encolheu com as minhas palavras e isso me doeu também.

- Mas você tem que entendeu que eu não posso me dar ao luxo de deixar você entrar em nossas vidas sem ter certeza de que você vai ficar ou se vai nos abandonar novamente. Não suportaria ver a dor nos olhos de MINHA filha como as pessoas viam nos meus. Não vou deixar você conhecê-la pra daqui a um tempo dar uma desculpa qualquer e ir embora.

- Não irei, eu juro que se me der essa oportunidade não sairei do lado de vocês. Nunca mais. Nem que tenha que enfrentar o mundo todo. Vou estar aonde vocês estiverem. Prometo.

Os olhos dele transmitiam tanta verdade que eu estava quase acreditando no que ele dizia. Aqueles olhos dourados estavam como ouro líquido. Aquilo estava me deixando mole. Ele me afetava de um jeito que ninguém mais conseguia. Só de olhar naqueles olhos já me derretia. Tinha medo das consequência que esse encontro traria, mas iria falar sim, não podia privar nem ele nem Nessie desse contato. Era injusto.

- Olha Edward, por mais que eu queria acreditar em você eu não consigo. Você já nos abandonou uma vez.

- Bella por... - ele começou a pedir, mas eu o interrompi erguendo minha mão.

- Não estou falando que você não vai ver minha filha. O que eu quero dizer é que tanto você quanto a sua família poderão vê-la, mas vocês não vão falar o que são dela.

- Ela não sabe sobre nós?

- Ela sabe sim sobre vocês, mas ela nunca viu nenhuma foto sua ou da sua família. Ou você se esqueceu que roubou minhas fotografias?

- Não, eu não esqueci. - ele disse olhando para o chão.

- Olha Edward, eu quero voltar para a minha filha. Então vamos acabar logo com essa conversa. Não precisa se preocupar você vai conhecer a Renesmee. Tenho certeza de que ela vai te adorar. - falei dando um pequeno sorriso, ver ele daquela forma estava me fazendo mal também.

- Você acha mesmo que ela vai gostar de mim? - ele perguntou com esperança nos olhos.

- Claro que vai. Como ela não gostaria de você? Isso é impossível.

- Mal posso esperar para conhecê-la. Ela é tão linda quanto você. - ele falou de forma tão intensa que me deu um nó na garganta.

- Vamos andando. - eu disse desconversando e começando a andar e ele só me seguiu.

- Mas antes você tem que me contar mais coisas sobre ela. Do que ela gosta, o que ela faz, com quem ela fica, o que ela come... – disse todo esbaforido.

- Calma, calma, vou te responder tudo. - disse rindo.

Nós corremos para minha casa.

What if...Onde histórias criam vida. Descubra agora