Fase III - Capítulo bônus 9 - Feitiços e perigos...

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A formatura de Nessie e Jacob finalmente havia chegado e a quantidade de pessoas vindas da família deles era absurda. Além da enorme família que morava na cidade (12 vampiros), vieram amigos/família de La Push e Mistic Falls. De La Push vieram: Seth, Aphril, Billy, Quil, Clare e Leah. De Mistic Falls vieram: Stefan, Elena, Bonnie e Enzo. Entre humanos, bruxa, lobisomens e vampiros a soma total de convidados do casal era de 22 pessoas. O que, se comparado com o limite de 5 pessoas por alunos, era a definição de absurdo. Não que isso tenha sido um problema real. Assim que souberam o limite de convites providências foram tomadas de forma que todos os 22 convidados tinham seus respectivos convites e lugares para sentar.

Pra ser completamente honesta nada de muito interessante aconteceu durante a cerimônia de formatura. Foi apenas mais um evento/tradição extremamente normal e mundano que muitos têm o privilégio de passar no país. Mas para os 24 seres sobrenaturais era algo incrivelmente novo e único. Já que era a primeira vez que eles viam uma meio-vampira se formando. Nessie se tornava uma jovem adulta e finalmente alcançará o auge do seu corpo físico. A partir desse momento ela oficialmente havia parado de envelhecer. Em pensar que ela havia nascido 8 anos atrás...

Para comemorar esse momento marcante os Cullen ofereceram uma festa na maior casa deles. E foi no meio dessa festa que Bonnie finalmente conseguiu puxar Damon para uma conversa longe dos demais. Ela o puxou para a biblioteca da casa, colocou uma barreira mágica para que ninguém pudesse os escutar (tendo super audição ou não) e finalmente começou a falar.

- Eu acho que finalmente consegui um feitiço que vai te ajudar. - ela falou enquanto destravava o kindle e apontava para a página em que tinha parado. - Num dos grimórios que foram passados para arquivos digitais eu me deparei com esse trecho. - disse ela dando o aparelho para o vampiro.

- La cura per il peggiore delle malattie è la chiave per gli incantesimi sconosciuti. La magia in esso può invertire il male che ti affligge. - ele leu em seu italiano perfeito e logo traduziu. - A cura para a pior das enfermidades é a chave para os feitiços desconhecidos. A magia nela aplicada pode reverter o mal que vos é afligido. O que isso quer dizer exatamente?

- Acho que o cura à que o texto se refere é a cura para o vampirismo, a mesma que Katherine tomou e que a levou à sua primeira morte. Pelo que entendi talvez possamos criar um novo feitiço se usarmos a cura de alguma forma.

- Mas a cura estava no corpo dela nós o queimamos, tanto que quando ela voltou foi no corpo da Elena. - Damon disse perdendo as esperanças.

- Sim. E receio que essa cura tenha sido perdida.

- Essa?! Existe outra? - perguntou temendo criar esperança.

- Não nesse mundo, mas nós sabemos que existem outros mundos paralelos à esse.

- A prisão de Kai.

- Exatamente. Podemos tentar encontrar a caverna de Silas naquele mundo e poderíamos usar a cura para desenvolver um feitiço que permita que vampiras tenham filhos.

- Isso é maravilhoso! Mas ainda precisamos de desenvolver um feitiço, além de buscar a cura num universo paralelo.

- Sim. E pra isso eu preciso desse livro original. Eu estava analisando a página escaneada e olha essa mancha aqui. - disse ela apontando para um símbolo quase invisível próximo ao trecho que tinham lido. - Eu não consigo vê-lo por completo, mas ele parece com alguns dos símbolos mais antigos que vi em outro livro que também vai me ajudar na criação desse feitiço. Acho que existem marcações nas folhas que passaram despercebidas na hora da digitalização. E se eu tiver esses livros nas mãos poderei analisar melhor, e quem sabe poderei descobrir mais coisas.

- Vou providenciá-los o mais rápido possível. - disse ele de forma firme. Suas esperanças estavam renovadas. Logo ele poderia dar o maior e melhor presente para sua esposa. Um filho/filha.


Enquanto isso em Miami...

O mundo de Miguel tinha virado de cabeças para o ar desde que descobriu a existência dos seres sobrenaturais. Mas o pior foi saber que ele mesmo tinha potencial para mudar o jogo de qualquer guerra sobrenatural que pudesse surgir. Ele não era um cara de guerra e definitivamente não queria ser arrastado para a guerra de ninguém.

Durante os anos que se passaram ele tentou viver cada vez mais fora do radar. Passou a perceber certos padrões que indicavam quem era vampiro ou quem pertencia ao mundo sobrenatural e com isso os evitava. No entanto, depois de 2 anos vivendo na paranoia ele percebeu que precisava relaxar de alguma forma. Ainda mais agora que Maxxie estava muito ocupado com as coisas da faculdade.

Eles vinham se encontrando desde que Maxxie se formou no ensino médio e foi estudar na faculdade de Miami. Era reconfortante se relacionar com alguém que sabia dos riscos que corriam. E ele havia se tornado o porto seguro de Miguel, mais do que o loiro jamais poderia saber. Mas Maxxie tinha provas de fim de semestre e estava fazendo o possível e impossível para manejar as horas de aula, estudo e trabalho, além do namorado. Por isso Miguel estava bebendo sozinho em sua casa naquela noite.

Faziam duas semanas que não pisava em sua boate. Tinha notado que a quantidade de vampiros que frequentavam o lugar havia aumentado e preferiu dar um tempo do lugar. Ligou a televisão para tentar fugir das paranoias, mas o tiro saiu pela culatra. O noticiário falava sobre mortes e desaparecimentos que se pareciam muito com ataque de vampiros.

O número havia aumentado nas últimas semanas também, o que o deixava à beira dos nervos. Se sentia cada vez mais cercado por vampiros e não sabia como poderia se esconder mais. Foi quando pensou na calmaria que sentia quando estava visitando sua mãe no México. A pequena e isolada vila que morava sempre foi um tédio para Miguel, mas a cada dia que passava parecia mais e mais como um paraíso.

Alguma coisa caiu e quebrou atrás de Miguel e o fez saltar quase meio metro acima do sofá. Ele se virou e viu que o gato havia derrubado o copo que tinha deixado sobre a mesa mais cedo. Aquilo foi a gota d'água para ele. Se levantou e marchou até o quarto decidido a fazer as malas e a ir passar uns dias com a mãe.

Na manhã seguinte estava no aeroporto com algumas malas e com o gato na gaiola de transporte. Enviou uma mensagem para Maxxie dizendo que estava saindo da cidade e que provavelmente ficaria sem sinal no celular quando estivesse na cidade de sua mãe. Disse que enviaria cartas se fosse preciso, mas que tentaria usar o tempo isolado para recuperar a sanidade. E que se ele quisesse passar as férias com ele para que falasse com Consuela, sua diarista, ela era da mesma cidade que a mãe dele e passaria o endereço sem problemas pra ele.

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