Antes da mudança...
POV Aurora...
Com tanta coisa acontecendo, a conversa sobre os detalhes de nosso relacionamento tinha sido adiada mais de uma vez. Mas agora ele não me escapava. Puxei Damon pela blusa e o empurrei para minha cama. Estávamos em meu iate como sempre.
- Damon, nós precisamos conversar. - comecei assim que vi seu sorriso cafajeste pra cima de mim.
- Conversar? Sério? - ele reclamou se apoiando nos cotovelos.
- Não podemos cometer o mesmo erro que da última vez. Só fizemos sexo o tempo inteiro e olha o que isso custou pra nós.
- Tudo bem, você está certa. Sobre o que quer falar? - disse ele se ajeitando na cama e ficando na imagem do conforto.
- Você vem morar no iate ou eu vou pra sua casa?
- Acho que podemos ficar nos dois, não? Não acho que precisamos escolher. Leve algumas coisas pra minha casa e eu trago algumas coisas pra cá. Mas se você quiser mesmo escolher, podemos ficar na minha casa até enjoarmos do lugar e então mudamos pro barco e viajamos pra onde quisermos. - ele disse dando de ombros.
- Você não quer ficar com os Cullen por muito tempo? É isso?
- Não é que eu não queira, mas essa dieta deles é irritante. Pra que isso quando existem bancos de sangue e gente ruim nesse mundo? Não sei se aguento isso por muito tempo não. Mas sempre podemos voltar, mesmo que partamos por um tempo.
Aquilo me fez pensar. Eu queria mudar de vez meus hábitos alimentares, mas Damon estava certo. Pra quem viveu tanto tempo bebendo sangue quanto eu e ele, beber sangue de animal era horrível. Mas não precisava matar ninguém pra beber sangue humano.
- Olha eu sei que você é fã dessa dieta de frutinha, mas você tem que admitir que te deixa mais fraca e não é tão boa quanto sangue humano. - ele disse se levantando e vindo até mim.
- Eu sei. Estava pensando nisso. Tem um tempo que eu bebo sangue de animal, mas eu ainda tenho meus deslizes.
- Se vivermos com os Cullen's, teremos que pelo menos maneirar nas bolsas de sangue e intercalar com sangue animal, mas sinceramente, eu não estou afim de ficar nisso por muito tempo. Mas isso não é tão importante quanto a sua segurança. Com os Cullen você está mais protegida. E se pra isso eu tiver que mudar meus hábitos eu mudarei.
- Não seja ridículo. Eu sei que você não vai mudar nada. Sim, eu estou mais protegidas com eles, mas se eles não aceitarem você do jeito que é, eu não posso ficar.
- Chegamos a um empasse então. Ficamos ou vamos?
- Ficamos até que nos mandem embora. - falei olhando nos olhos dele. Foi por olhar em seus olhos que tive a ideia. - E se você hipnotizasse as pessoas da região a doar mais sangue? Isso aumentaria a quantidade nos bancos e poderíamos consumir mais sem problemas.
- Eu sou um vampiro de muita sorte mesmo. Tenho uma mulher que consegue dar jeito pra que eu continue sendo como sempre fui. - disse ele com um sorriso torto antes de me beijar. Não deixei ele aprofundar o beijo e logo me afastei. Ele me olhou estranhando minha atitude.
- Isso me leva a outro ponto da nossa conversa. O que somos exatamente? Você vem se referindo a mim como sua mulher. Casamos e você apagou minha memória por acaso? - perguntei erguendo uma sobrancelha.
- Você está brincando certo?
- Não, estou falando super sério, Damon. Na minha época a mulher nem beijar beijava antes de casar.
- Na sua época mulher que fazia o que nós fazemos na cama não se casava e nem era vista com bons olhos. - ele falou me encarando. Abri a boca descrente do que tinha ouvido.
- Você está me chamando de rameira?! Foi isso que eu ouvi? Porque você não reclamou hora nenhuma até hoje. - falei avançando de forma ameaçadora para ele.
- Não estou reclamando. Apenas usando do mesmo artifício para provar um ponto. Se você quer que nos casemos só porque você foi criada assim pode tirar o cavalinho da chuva. Você é minha mulher sim e não preciso de papel pra provar isso. E se estamos falando de tempos antigos aqui, quem deveria fazer o pedido de casamento sou eu. Não ser pressionado para uma coisa tão humana quanto isso.
Apertei meus olhos querendo matá-lo apenas com a força do pensamento. O que de certa forma eu podia, mas não o fiz. Se ele ia fazer desse jeito dois podiam jogar.
- Tudo bem. Vamos colocar assim, eu quero casar porque é a única coisa normal que podemos fazer como casal. Não poderei ter filhos nunca. E não sei se você sabe, mas eu realmente queria ser mãe antes de ser transformada e isso me foi tirado. Eu queria me casar como manda o figurino, mas bem...virgem eu não sou nem no signo, meus pais e família morreram a séculos e não tenho uma família para sequer convidar para um casamento. O que eu quero aqui é que você se torne minha família de verdade. Não apenas companheira. Eu quero ser sua esposa.
- Você está tentando me convencer pela culpa? - ele falou erguendo as sobrancelhas.
- Que tal assim, nos casamos e eu prometo que uso meus poderes pra realizar quaisquer fantasias que você tenha. Pode ser?
Um sorriso cafajeste apareceu novamente em seu rosto.
- Tudo bem. E promessa é dívida. - ele disse me puxando para um beijo.
Mas dessa vez foi ele quem parou o beijo e veio com seus lábios até meu ouvido.
- Só pra você saber eu estava planejando te pedir em casamento a um tempo. Eu só queria ver se conseguia fazer você me prometer as fantasias. - ele disse rindo roucamente. Eu tinha ficado com raiva, mas não pude deixar de rir. Eu sabia que ele falava a verdade. Então me limitei a dar um tapa no braço dele.
- Idiota. - disse rindo.
- Eu queria fazer isso direito, mas infelizmente minha mulher é muito ansiosa e estragou a surpresa. - ele disse se afastando de mim e colocando a mão no bolso interno da jaqueta de couro. Antes que ele se ajoelha-se no chão e puxasse a caixinha de veludo preto eu sabia o que ele ia fazer.
- Aurora di Rossi, sposarmi? - perguntou ele na sua língua pátria.
- Oui. Oh oui mon idiot! - respondi também em minha língua pátria.
Ele sorriu, tirou o anel lindo de ouro branco com uma safira enorme cercada de diamantes pequenos, e colocou no meu dedo.
- Eu estou muito feliz que você tenha aceitado. Acredite foi uma surpresa. - ele disse rindo e ganhando outro tapa por isso. - Mas dá para parar de me chamar de idiota?
Foi a minha vez de rir.
- Não, não dá pra parar. Mas logo logo eu serei a senhora idiota. - falei com um sorriso bobo no rosto e puxando ele pela jaqueta.
- Agora vamos parar com essa conversa porque eu quero comemorar.
- Oh sim, vamos comemorar. - ele disse antes de me beijar apaixonadamente.
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What if...
FanficE se Edward não tivesse ido embora pelo que aconteceu no aniversario de Bella? E se depois do aniversario de Bella, os dois acabam se envolvendo mais e ele acaba cedendo e fazendo sexo com Bella. E, logo depois disso, Edward vê como machucou Bella e...