Capítulo 43 :

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Carla: O que aconteceu? — não precisei falar nada quando entrei para Carla perceber que algo estava muito errado — Que  expressão de indignação é essa?

Arthur: O que aconteceu? — ironizei me aproximando de sua mesa ainda sem acreditar no que ouvi de Gustavo — Você vai pirar quando souber oque aconteceu! — parei em frente à mesa e ri sem humor.

Carla: Então fala né. Se não nunca vou saber! — Ela largou a caneta sobre a mesa; olhou-me séria e interessada.

Arthur: Primeiro Vitória disse para todo mundo que estamos tendo um — fiz aspas no ar — Lance!

Carla: Ué, e isso não é verdade? — ironicamente ela ergueu uma sobrancelha.

Arthur: Claro que não — rodou os olhos e deu de ombros — Para vai... Ainda não contei o pior!

Carla: Pior? O que é pior que estar saindo com uma mulher desse tipinho? — ignorei seu comentário.

Arthur: Seu amiguinho saiu falando para todos que eu e você — gesticulei nós dois — Estávamos nos pegando hoje e ele viu! — Carla abriu a boca e ficou me olhando em choque. Piscou algumas vezes e olhou em volta.

Carla: Como ele pôde... Traidor! — sussurrou para si mesma, apertando um papel até amassá-lo.

Arthur: Ué, isso não é verdade? —  Repeti sua fala cruzando os braços e ganhei um olhar mortal e bem humorado. Apoiei-me com os braços em sua mesa, me inclinando para ela de forma sugestiva.

Carla: Se houvesse dito se beijando seria correto! Agora usar o termo amasso... Já é demais!

Arthur: Não é problema... Se quer fazer a fofoca ficar completa posso dar um jeito rapidinho... — Carla também se inclinou para perto de mim pousando seu indicador em meu queixo. Isso me deixou em chamas.

Carla: Porque não pede para a Vitória dar um jeito contigo? Faz a fofoca dela ficar completa, garanhão que pega duas ao mesmo tempo — empurrou meu rosto levemente, mas voltei para o mesmo lugar.

Arthur: A única que quero completar aqui é a sua... — nós rimos juntos com o duplo sentindo evidente e Carla pareceu surpresa com a frase; ficou me olhando— E, além disso, nada do que sinto por Vitória chega aos pés do que sinto por você! O que existe entre a gente é muito mais especial. Acho que o termo certo, é que, eu estou apaixonado por você. — Pensei tê-la visto engasgar um segundo pelo que o ouviu, mas deu uma de forte. Sorri levemente.

Carla: Aé? — apoiou o rosto nas mãos, perto do meu — Então é por isso que está me beijando e fazendo sabe-se lá o que com a Vitória...?

Arthur: Não estou fazendo nada com a Vitória... — dei de ombros desinteressadamente — Aliás, não sei nem porque estamos falando dela!

Carla: Por que vocês se beijaram, talvez?

Arthur: Isso já está ficando imaturo, senhorita adulta — pisquei.

Carla: Então vai negar o que vi...?

Arthur: Que tal assim... Ela me beijou, eu te beijei? — Carla sorriu e fingiu pensar.

Carla: Acho que fica bom... — assentiu com um pequeno sorriso satisfatório.

Arthur: É? Porque curti mil vezes mais ficar com você do que com ela... — dei de ombros e fomos nos aproximando cada vez mais. Carla parou.

Carla: Acho que é hora de voltar ao trabalho, senhor conquistador barato — encostou-se à cadeira indo para longe de mim e pegando sua caneta. Tinha expressão tranquila — Antes que outra pessoa entre e te pegue com a mão na massa novamente!

Arthur: Talvez seja, senhorita esquenta e foge... — Ela gargalhou audivelmente segurando a testa e mordeu os lábios — Mas não pense que vai fugir de mim, ouviu? Ainda vamos ter essa conversa... E depois não vai ter quem me afaste de você.

Carla: É? — comecei a me afastar — Vamos ver então...

Arthur: Vamos ver...

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