Capítulo 55 :

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Arthur: Carla, apesar de ser ridiculamente submisso a suas vontades, ainda sou um homem e te acho atraente — estava sendo sincero — Não vou falar que não irei olhar... Porque vou. Mas posso te garantir que nunca vou fazer nada sem sua vontade, então... Fica tranquila.

Carla: Mas é muito curto! —,sussurrei brava — Poxa, o que custa me dar uma blusa?

Arthur: Nada. Se for isso o que quer, vou pegar — piscou assim que falou e saiu em busca da blusa. Em um segundo tirou uma camisa branca da cama e me passou — Vai ficar grande...

Carla: Essa é a intenção — fechei a porta e nesse momento, quando fiquei a sós com a blusa, percebi que não ia rolar mesmo. A peça de roupa estava impregnada de Arthur, do cheiro dele... E iria ficar tão curta quanto o pijama. Apertei os olhos e falei palavrão. Saí na porta do banheiro de novo, ele estava exatamente onde o deixei, paradinho na porta — Não vai funcionar!

Arthur: Por quê? — sorriu.

Carla: Porque não... — suspirei — O jeito é você aceitar o meu pijama. Só não ri! — apontei o dedo na cara dele depois de lhe passar a blusa.

Arthur: Não vou rir. Anda, deixa eu ver! — suspirei e sai do banheiro com o pijama curto. Arthur varreu meu corpo em um segundo com os olhos. Não fiquei tão sem jeito, apesar de estar totalmente exposta, mas dei de ombros. Éramos adultos e queríamos a mesma coisa... Apenas estávamos aguardando a hora certa — Uau... Quero dizer — coçou o queixo — Que pijama... Legal.

Carla: Tá pode parar... — comecei a rir também e fui em direção à cama depois que ele foi guardar a camisa na mala. Sentei-me sobre ela e peguei o livro que lia — Lendo romance? Oh! Que coisa mais lindinha...

Arthur: É idiota que se fica quando se está apaixonado — voltou-se para a cama e se sentou ao meu lado. Aquilo foi estranho. Muito estranho!

Carla: Idiota. Essa é a palavra! — concordei — Somos idiotas. Ficamos brigando por bobagem. Dois bobões para idade.

Arthur: Somos teimosos — deu de ombros — E não brigamos, apenas discutimos e isso apimenta a relação...

Carla: A Pimenta, não é? — larguei o livro e dei um soquinho em seu braço — Quando vai me levar para tomar champanhe na beira do mar? Maria Clara disse que você faz tudo o que promete! — me levantei e fui em direção à mala, tirando de lá o creme que sempre passava no rosto antes de dormir.

Arthur: No dia que quiser... Quando me der uma chance, quem sabe — passei o creme rapidinho e voltei para a cama.

Carla: Sai daí que quero o lado esquerdo da cama! — bati na perna dele — Anda...

Arthur: Não! Peguei primeiro — teimou de modo engraçado, fazendo carinha de menino levado, deitando com os braços atrás da cabeça em postura de poderoso.

Carla: Vai malvado! — insisti — Promete as coisas e não cumpre, fica ai me iludindo dizendo que me quer, que vai me levar na praia pra encher a cara... E nada! Nem me deixa dormir do lado esquerdo da cama, Deus... — ele foi para o lado no mesmo momento, me deixando o lado que queria.

Arthur: Eu deixo sim manhosa, anda logo e deita ai... Com esse... Pijama ARG!

Virou o rosto na outra direção quando me enfiei embaixo das cobertas com ele. O calor dele estava impregnado sob o edredom branco, me aquecendo na hora. Suspirei com a sensação de alívio, nossos tornozelos se roçando

Arthur: Boa noite Carla .

Carla: Arthú? – falei em seguida, olhando na direção dele, que estava de olhos fechados de barriga para cima.

Arthur: Sim?

Carla: Você não vai mesmo... Ah, deixa... — suspirei — Boa noite Arthur.

Arthur: Boa noite querida.

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