O Secretário.

Capítulo 57 :

As coisas não estavam sendo tão difíceis. Arthur estava na piscina com Maria Clara e Pedrinho. Beatriz me fazia companhia, porém, Thaís me incluía em todos os papos que saíam na rodinha de garotas. Parecia que nunca havia acontecido nenhuma briga na Delux, todos estavam se comportando comigo como se fossemos estranhos que se conheciam agora. Não preciso comentar que quando Arthur tirou a camisa pra nadar as meninas ficaram cochichando e Gil... Não se conteve. Ficou comentando abertamente sobre os atributos físicos do menino Picoli e não gostei nada dessa situação. Estavam meio receosos em fazer certas brincadeiras na minha frente, mas a primeira que saiu levei numa boa. Não era novidade para mim que os amigos de Arthur estavam zoando com ele por ter vindo comigo... Estava meio óbvio.

Um tempo se passou, Tia Bia, como pediu para ser chamada. Entrou com as crianças e ficaram vendo tv na sala com as outras mães do pessoal. Lá dentro o clima estava melhor, mais tranquilo. Fiquei sentada sozinha ali por dois minutos, até Arthur sair da água e sentar do meu lado todo molhado.

Gustavo: Vamos fazer o concurso de garoto da piscina — também estava molhado, sentado perto da gente — Quem será que ganha?

Jean Pablo: O Arthur é claro — comentou o cara parado ao lado de Gil. Todo mundo começou a zuar nesse momento, não pude conter as risadas depois de olhar para Arthur e ver seu rosto surpreso e confuso.

Gil: Com certeza o Arthur... Aquele gato.

Beto: Ai Arthur, arrasando corações, quebrando casais — escondi o rosto nas mãos de tanto rir.

Arthur: A senhorita está rindo de mim, senhorita Carla Diaz? — perguntou vendo meu estado — Não posso acreditar!

Carla: Estou sim né... Olha o que seu corpinho sexy está fazendo com as pessoas — tentei parar de rir — Aquele gato — repeti a frase de Gil e Arthur ficou de pé todo marrento.

Arthur: Você vai aprender a respeitar meu corpinho sexy — quando percebi sua intenção, tentei fugir, mas me agarrou antes que saísse da cadeira.

Carla: Não faz isso... — foi o que consegui dizer antes dele me agarrar e pular na piscina.

Vi bolinhas de água por cinco segundos, até ressurgir e perceber que Arthur havia me pego dentro da água pela cintura e me erguido para o alto. Apenas respirei e olhei para ele, me erguendo e joguei água em sua cara.

Arthur: E ai?

Carla: Filho da... — comecei a jogar água nele freneticamente, e do nada me soltou. Afundei, porque a piscina não me dava pé neste lado. Cinco segundos depois me pegou de novo pela cintura.

Arthur: Para de fazer assim, vai — piscou ainda me segurando — A água tá boa...

Que todo mundo estava olhando pra gente não era novidade, mas aposto que viramos a atração principal quando comecei a chutá-lo e sai o perseguindo na piscina. Um jogando água no outro, ele mergulhando e mordendo minha perna, puxando minha blusa, me erguendo dentro da água...
Mordi-o também, bem nas costas perto do pescoço. Ficou a marca dos meus dentes ali.

Carla: Toma essa então... — sentei com apenas os pés dentro da piscina cansada, ele nadou até mim e se pendurou nas minhas pernas, ainda dentro da água.

Arthur: Sua malvada, ainda vou te deixar todinha marcada — estava rindo agarrando as minhas pernas.

Carla: É uma ameaça?

Arthur: É um fato — deu de ombros — Ah, esqueci de falar... Vamos sair hoje.

Carla: Aé? Bacana — me surpreendi — Aonde vamos?

Arthur: Tem um lago aqui perto. Tenho que levar alguém para jogar algumas pedrinhas.

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