Capítulo 140 :

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Maria Clara: Cadê minha irmã? — já era noite, pensei que Arthur tivesse ido embora com Maria Clara, mas não. Ali estavam eles entrando no quarto e impacientes.

Maria Clara correu para a beira da minha cama e ficou na ponta dos pés tentando ver um pouquinho da neném.

Carla: Fugiu — torcei os lábios para Maria Clara e ela sorriu — Não vai dar um beijo na sua mãe não?

Maria Clara: Desculpe-me, mamãe — Arthur se aproximou após fechar a porta e a sustentou no ar de modo que pudesse me beijar e ver a irmã. Ficou uns bons segundos olhando para a pequena em meu colo — Ela se parece com o papai.

 Ficou uns bons segundos olhando para a pequena em meu colo — Ela se parece com o papai

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Arthur: Eu disse que era linda... — ele riu e colocou Maria Clara sentadinha na cama.

Carla: Você não quer pegar sua filha, papai? — ofereci e Arthur gelou, parado ao lado da cama de braços cruzados.

Arthur: Pegar? — debruçou-se sobre mim para ver a bebê sobre meu ombro — Mas e se ela cair?

Carla: Ah querido... Vai ter que aprender! — Maria Clara ria.

Maria Clara: Vai logo vai! Você não disse que era o super pai? E, além disso, nunca cai do seu colo! — olhamos para ele juntas, quase o intimidando.

Arthur: Certo. Sou o super pai — pigarreou e balançou os braços. Alongou o corpo brincando e se aproximou reivindicando a neném — Vou pegar ela melhor do que vocês duas.

Maria Clara: Duvido! — desafiou.

Carla: Você consegue. Seus instintos paternais estão ai. Nada irá acontecer. Prometo.

ARTHUR

Eu não acreditava nela. Absolutamente. Mas ver minha filha em seus braços me fez querer aninhá-la nos meus. Vendo como eu já estava me preparando, Carla a coloca em meus braços. Meu corpo treme quando ela o faz. O desejo de chorar como um pequeno bebê toma conta de mim. Eu não o merecia. Eu não merecia qualquer uma delas.

Arthur: Oi, pequena. Eu sou seu pai. —  Beijo sua pequena testa.

Ela era tão pequena. Pouca coisa maior que minha mão. Eu estava com tanto medo de quebrá-la, de machucá-la. Mas eu a amava demais para fazer isso intencionalmente.

Maria Clara: Por que você está sussurrando papai? — Me pergunta confusa.

Arthur: Não quero assustá-lá — Sussurro de volta. Ela sorri. — Arrasei — gabou-se — É alto aqui, não é? — contrário de minutos atrás, Ísis ficou calma, quieta, apenas olhando ao redor.

Carla: Ela encontrou o colo que mais gosta. Agora aguenta! — Maria Clara se arrastou para o lado da mãe e abraçou toda dengosa — Minha bonequinha de cristal está bem? — Carla beijou seu cabelo.

Maria Clara: Sim... Agora melhor. Minha irmã finalmente chegou e somos uma família muuuuuito linda — com um sorriso enorme ela pergunta — Quando chega meu próximo irmão?

Arthur: Pelo amor de Deus, Maria Clara! — ri ainda segurando a bebê com calma, andando pelo quarto para distraí-la.

Carla: Chega de irmãos. Você só terá Maria Ísis, então é bom cuidar muito bem dela e ser uma ótima irmã mais velha, promete? — Maria Clara assentiu.

Maria Clara: Prometo! Vou ser a melhor irmã do mundo para Ísis.

CARLA

Observo como Arthur olha nossas filhas com adoração. Eu nunca tinha visto ninguém olhar para alguém dessa forma. Ele olhava com adoração para mim também, mas a forma como fazia para a bebê e Maria Clara era totalmente diferente. Maria Clara dormia no pequeno sofá enquanto Arthur ninava a pequena em seus braços.

Acho que pela primeira vez na vida, ele tinha algo que era dele, que ninguém poderia tirar e ele estava encantado com isso. Com a nova descoberta. Eu era dele também, ninguém conseguiria tirar-me dele, mas suas inseguranças sempre rondariam sua mente, mesmo que fosse ínfimo.

Carla: Arthur. — Eu chamo sua atenção. Ele olha-me sorrindo, mas não tira suas mãos dos bebês.

Eu sorrio para ele também, percebendo que seria um pecado ficar irritado com ele por estar então disperso.

Carla: Você está feliz. — Eu constato.

Era a primeira vez que eu o via completamente feliz. Não que ele fosse infeliz antes, Maria Clara o fazia feliz, mas sempre tinha alguma coisa que não o deixava em sua totalidade. Talvez a culpa de não está quando Maria Clara nasceu o consumia. Mas agora... agora ele estava radiante.. Seus olhos se enchem de lágrimas, mas ele não perde o sorriso. É como se as lágrimas nem existissem.

Arthur: Eu amo você tanto. Carla... você nunca compreenderá o tamanho do meu amor, porque é incompreensível para qualquer outro ser humano. — Ele se inclina para me beijar e eu falo em seus lábios.

Carla: Talvez eu compreenda. Pois isso se parece com o meu amor por você.

Arthur: Isso. A família que você me deu... eu nunca pensei em nada nem perto disso. Porra eu...  — Ele se freia, arregalando os olhos olhando pra ver se Maria Clara continuava dormindo. — Eu xinguei perto delas, meu Deus, que exemplo de pai eu sou? Eu não sou um bom pai. Eu...

Carla: Shhh. Você é o melhor pai que elas poderiam ter... Está tudo bem, querido. Maria Ísis é muito muito nova para compreender de qualquer maneira e Maria Clara está dormindo. Mas, num futuro, e quando Maria Clara estiver acordada, você poderá se policiar.

Arthur: Eu farei isso. Merda eu... porra, eu fiz de novo. Eu sou um péssimo pai. —  A felicidade em seu olhar cai por um momento.

Carla: Não. Você é o melhor pai que uma criança poderia desejar, Arthur, Maria Clara te ama e não será diferente com Ísis. — Ele sorri.

Arthur: Sim. Eu farei tudo por elas. A vida é um milagre, certo? Deus faz as coisas perfeitamente.

Carla: Você está super fofo hoje... — revirei os olhos.

Arthur: E com sono! — olhou para trás e viu Maria Clara — Acho que é hora de levar a pequena pra minha mãe. Depois volto.

Carla: Não. Vai dormir com ela, nada de ficar importunando sua mãe. Amanhã Maria Clara vai para a escola e você volta...

Arthur: Mas... Você vai ficar sozinha com a bebê?

Carla: Ela vai mamar e dormir. E eu também — ele riu.

Arthur: Certo então minha Rainha. Tudo o que quiser — me beijou rapidamente me entregando a bebê — Tchau princesa número dois.

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