ARTHUR
Arthur: Você não teria coragem de vir aqui de madrugada e dizer uma mentira, seria?A cena não parecia real. Há minutos o sono me abraçava... De repente a porta é esmurrada, abro e vejo quem? Carla estava mesmo na porta do meu apartamento, toda molhada e chorando, apenas para me dizer que aceitava se casar comigo? Não era um sonho?
Carla: Não... — sussurrou engolindo o choro — Diz alguma coisa... — não deixei que falasse mais nada! A puxei em minha direção e a abracei com força, sentindo como sua pele se encontrava fria e como tremia em meus braços — Não me diz que é tarde demais — sussurrou me abraçando também.
Arthur: Mas... Claro que não! — olhei em seus olhos vermelhos e inchados após nos separarmos; o jeito como me olhava lembrava a Maria Clara manhosa, triste por ter feito algo errado e agora estava se desculpando — Eu disse que te daria tempo, não disse? — assentiu — Pronto. Não preciso de mais nada! — sorri e toquei seu rosto — Eu te amo. Nem acredito que...
Carla: Shh... — pousou um dedo sobre meus lábios e me empurrou pelo peito para dentro do apartamento, fechando a porta com os pés apressadamente — Tem uma coisa da qual eu preciso.
Arthur: Do que...? — questionei em certa inocência. A mesma desapareceu quando Carla se pendurou em meu pescoço no escuro e se jogou sobre mim, lançando nós dois contra o sofá da sala e derrubando algo pelo caminho. Surpreso, abriguei seu corpo sob o meu com cuidado, girando-a no sofá e ficando sobre ela.
Arthur: Carla... — sussurrei em meio ao beijo, querendo rir e voltar a beijá-la ao mesmo tempo — O que a gente...? — suas mãos subiam por meu peito nu perigosamente. Segurei seus pulsos com delicadeza — Não. Você está grávida e...
Carla: Exatamente! — livrou-se de minhas mãos e continuou acariciando meu corpo — Estou grávida e preciso disso. Anda logo! — praticamente gritou comigo e ri mais ainda.
Arthur: Calma, espera — parei de me mover e segurei seus pulsos contra o sofá, impedindo-a de prosseguir. Através do escuro vi seus olhos brilhantes, o peito subindo e descendo numa respiração descompassada e ofegante, praticamente em chamas — E se... Eu te machucar?
Carla: Isso é mito! — respondeu entre ofegos. — E a gente já transou, na minha sala lembra? — Como esquecer. Se toda vez que entro naquela sala eu lembro. Ela contorcia os pulsos, louca para me tocar. Apertei mais os dedos em sua pele; ela gemeu — Para!
Arthur: Por acaso não está querendo apenas me usar e voltar correndo para sua posição de ferida, não é? — estreitei o olhar e ouvi sua risadinha baixa e envergonhada.
Carla: Claro que não! — soltei seus pulsos e logo suas mãos foram para meu pescoço, tocando-me a pele e puxando minha boca para perto de seus lábios o máximo que conseguia. — Te amo. Eu aceito! Pega logo aquele anel e coloca no meu dedo... A gente casa amanhã se você quiser — Ela dizia acentuando as frases com um selinho longo e delicado.
Arthur: Então hoje é meu dia de sorte? — murmurei no seu ouvido, sorrindo contra a pele de seu pescoço em seguida, apenas provocando-a — Hein meu chuchu?
Carla: Ah, isso é tão brega! — ralhou ofegante, me puxando mais e mais para perto de si. Beijei sua pele com cuidado, tentando tirar sua camisa molhada após jogar o casaco que vestia ao chão.
Arthur: O que é brega?
Carla: Chuchu.
Arthur: É... Quando eu te comer todinha não vai ser brega — nós rimos juntos e, quando me propus a tirar sua blusa, Carla me empurrou um pouco — O que? — tentei enxergar seu rosto em meio ao escuro.
Carla: Podemos fazer no chuveiro? — parecia envergonhada — estou com frio. Molhada. Gelada. Assim não dá!
Arthur: Ah meu Deus! É claro. Você está congelando! — sai de cima dela e a ajudei a se levantar. Nós dois estávamos em um estado lastimável. Caminhamos até o banheiro e liguei a luz, vendo seu rosto nitidamente mais contente e um sorriso enorme estampado em seus lábios — Sair de casa nessa hora na chuva foi uma atitude irresponsável... — comentei.
Carla: Dá pra brigar depois que ligar o chuveiro? — sugeriu tirando a blusa e jogando num canto. Olhou para o espelho e colocou as mãos sobre o sutiã — Não repara em mim.
Arthur: Para de ser boba! — pensei que estivesse brincando. Entrei no Box e liguei o chuveiro, ainda de calça. Carla se manteve na mesma posição, me dando a entender que estava mesmo falando sério — Porque não reparar?
Carla: Porque engordei alguns quilos — segurei em seus pulsos e abaixei os seus braços. Carla apenas ficou me olhando um pouco confusa, sem se mover. Continuei tirando sua roupa sem deixar de olhar em seus olhos.
Arthur: Grande coisa. Você está grávida. Qual a novidade? — dei uma longa olhada para seu corpo despido e me voltei para seus olhos — Ainda parece a mesma para mim. Está sempre linda aos meus olhos.
Carla: Sempre tão doce... — tocou meu rosto levemente e sorriu — Havia me esquecido de como é ficar ao seu lado.
Arthur: É... Já eu não me esqueci de nada. Sinto é saudade... Agora quero relembrar — A puxei comigo para baixo de chuveiro e terminei de me livrar das roupas que ainda nos impediam de consumar o que desejávamos desde a última vez.
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O Secretário.
FanfictionSinopse: Aos 30 anos Carla Diaz era a mais nova Diretora do departamento de moda de uma Empresa famosa. Linda, durona, odiada por todos, ocupada e mãe solteira, não tem tempo para se dedicar a nada que não seja ao trabalho e a filha Maria Clara, de...