Capítulo 130 : .

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ARTHUR

Quando Carla paralisa no meio do caminho e seu pai a deixa ali para mim, eu caminho poucos passos até ela, sem deixar de encará-la, somente contendo a vontade de correr para ela. Mas eu não faria isso. Não hoje. Não em seu casamento. Tudo tinha que ser perfeito para ela. Era somente um pouco do que ela merecia por me aturar durante todo esse meses e pelos anos que ainda viriam.

Ela disse que queria um casamento simples, para somente nós, a família e os amigos e alguns funcionários da Delux
E assim eu fiz, mas o fiz nos meus termos. Meu anjo merecia tudo do melhor em sua festa de casamento, a única que teria em sua vida toda. Observo seu vestido pela primeira vez, e não me passa despercebido que ele é em um tom de rosa extremamente claro. Eu provavelmente não perceberia isso antes, mas convivendo com Carla e Maria Clara em seu mar cor de rosa, eu sabia bem que isso somente não era branco.
Ela está tão linda. Tão linda como a primeira vez em que a vi, como atraiu meu olhar como um imã para a grande rainha sentada em seu trono.  Mesmo quando uma lágrima escorre em meu rosto eu sorrio.

Deus como eu amava essa mulher. Ela era isso, boa e altruísta. Não deveria pensar em mais nada no mês de seu casamento e lua de mel, mas lá estava ela, ensinado ao mundo como ser uma pessoa melhor. Eu aprendia com ela a cada dia, mas, por mais que eu nunca chegasse a ser o homem bom e maravilhoso, altruísta e não egoísta, eu tentava fazer minha parte para merecê-la. Eu a adorava, eu a venerava, eu beijava a porra do chão do que ela pisava, e por ela eu tentava ser mais.

Eu queria pegá-la no colo e levá-la até o altar. Mas não queria arruinar sua roupa e seu penteado, hoje era o seu dia.
Entretanto eu não via mal em arrancar o batom de seus lábios. E quando eu finalmente a alcancei, o que demorou alguns segundos, mas que pareceu uma eternidade, eu a enlacei pela cintura e a beijei. Ela ficou imóvel pelo choque, mas logo retorna o beijo, entretanto, não pode retornar o abraço que lhe dou, já que eu a estou aprisionando em meus braços.Quando eu a solto, o maquiador corre até nós e limpa todo o batom borrado de seu rosto e em seguida do meu. Deixando-a como se ela nunca tivesse sido beijada. Eu não o deixo reaplicar batom em seus lábios, entretanto. Eu tinha pressa em torná-la minha esposa aos olhos da lei.

E com Carla gargalhando ao meu lado eu a arrastei o resto do caminho até o altar. Posicionamo-nos lado a lado e ela me surpreende ao limpar uma lágrima que escorre em meu rosto.
E com um limpar de garganta do juiz de paz, começamos a cerimônia que tornaria Carla Diaz irrevogavelmente minha.
Não que ela já não fosse de qualquer maneira.

[...]

A festa provavelmente continuava a rolar no salão de festas, que contratamos, rolaria por horas, provavelmente, mas Carla e eu estávamos na nossa suíte nupcial e meu pau duro como rocha era somente um dos indícios de que eu não poderia mais suportar para tê-la. Eu tinha feito tudo como manda o figurino no nosso casamento, esperei um mês para podermos fazer sexo como Carla queria, excerto a parte em que tínhamos que dormir separados. Isso eu não faria, nunca.
Carla não dormiria longe de mim se eu pudesse impedir. E esse era um dos caso em que eu poderia impedir. Menos que fosse uma tortura.

Eu aguentei algumas horas de festa antes de decidir que era a hora de levá-la para a lua de mel. Esperei até depois que ela jogou o buquê e Thaís, minha irmã o pegou. E por duas semanas seriamos somente nós dois em uma ilha paradisíaca e praticamente deserta, mas com uma enorme mansão luxuosa, em Noronha. Eu queria ter trazido Maria Clara, eu estava irredutível sobre isso. E Carla também. Mas todos tentaram nos convencer de que fossemos somente nós dois, e, por fim, eu aceitei deixar ela com seus avôs por alguns dias, até trazê-la para a ilha.

Deposito Carla levemente no chão beijando sua testa em seguida. Eu a tinha levado em meu colo até o helicóptero que nos levou ao aeroporto para usarmos o jato que Marcelo nos emprestou, e em seguida a levei em meu colo novamente para o helicóptero que nos levaria até a ilha e por fim até a nossa suíte. Seus pés não tinham tocado o chão desde que saímos do salão de festas.

Arthur: Eu te amo. Obrigado por dizer sim. — Eu digo em seus lábios antes de beijá-la. Eu tinha certeza que ela diria sim, mas, ao mesmo tempo, eu temia que ela não o fizesse. Como isso era possível? Eu não sabia.

Carla: Eu te amo, muito mais. — Ela sussurra de volta.

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