O Intelectual Cheren

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Três dias depois, o grupo já se encontrava no caminho para a cidade de Mauville. Antes de partirem de Slateport, Serena havia ligado para a mãe e pedido para transportar todos os Pokémon dela para Pallet, pedindo também para que mandasse Flaaffy para ela. Eles estavam reunidos em volta da fogueira a noite, com duas barracas grandes armadas ali perto, e Ash e Serena entretiam o grupo falando sobre sua experiência na Torre Pokémon.

— ... então, quando nós e os Pokémon residentes subimos ao penúltimo andar, as coisas começaram a acontecer. – Ash ia contando, com Serena sentada em seu colo, para uma trêmula May e um excitado Max.

— Que coisas? Contem pra gente! – pede o garoto.

— Vários objetos começaram a ser lançados contra nós... até mesmo os Pokémon Fantasmas da torre tinham medo... – dessa vez era Serena que falava – Nós estávamos começando a fugir... E ENTÃO...!

— AAAHHHHHH, por favor, por favor, não termine! – implora May.

— Mas May, é uma aventura legal. – comenta Max.

— Não é, é uma história de terror! Eu odeio terror e odeio fantasmas! – refuta a menina, com as mãos na cabeça.

— Estou vendo então que você não se daria bem com Pokémon Fantasmas... – suspira Ash – Como a gente ia dizendo... naquele momento, a enorme sombra do poltergeist apareceu diante de nós... e seus gritos ameaçadores e cortantes como uma faca...

May ficava tremendo da cabeça aos pés enquanto Max ficava mais animado pra ouvir a história; Brock tinha acabado de assar marshmallows para todos na fogueira, estendendo um espeto pra cada um, mas a castanha segurava o seu sem parar de tremer, como se fosse capotar a qualquer momento.

— Poxa May, não precisa ficar com tanto medo. – diz Serena, soprando o seu marshmallow – Eu confesso que fiquei apavorada naquela vez, mas agora que eu lembro, fica até engraçado.

— Principalmente porque você foi a Caça-Fantasmas naquele dia. – Ash faz um cafuné carinhoso na namorada, que sorri.

— Mas quem capturou o Pokémon foi você. – Serena brinca, dando um beijo no pescoço de Ash.

— Perseguidos por um fantasma e ainda capturam ele? – May estava incrédula.

— May, eles estão falando de um dos Pokémon Fantasmas, não do espírito agourento da Torre Pokémon. – explica Max.

— E sempre que o Haunter está conosco, ele dá um toque de humor a mais. – sorri Serena – Ninguém conseguia pegar ele numa brincadeira, ele pegava todo mundo.

— E qualquer coisa que fosse pra vocês, ele direcionava pra Misty e pra mim. – comenta Brock, que já tinha sido vítima de algumas das pegadinhas do gás.

— Mas o Pikachu e eu ainda lembramos de uma certa piada que fizemos uma vez que... – Ash ia dizendo, mas é interrompido por um barulho na mata, o que faz ele e Pikachu se virarem pra um canto.

— Ash? – Serena fica séria imediatamente e se levanta, deixando o namorado se erguer também.

— O que é que... – ia perguntando Max.

— Shhhh. – o rapaz faz o sinal de silêncio. Brock também se levanta, enquanto May começa a tremer muito mais do que vara verde, escondendo-se atrás do Criador Pokémon. Ash olha para um canto dos arbustos, que se mexia constantemente, o que era estranho por não estar ventando.

— G-gente, a-ac-acho q-q-q-que e-eu vo-vou me ab-abrigar na ba-bar-barraca... – gagueja May, se afastando aos poucos, mas nisso, Ash repara que o arbusto para de balançar, e uma sombra surge atrás de May. Quando esta se vira, fica totalmente azul ao dar de cara com um rosto caveiroso – AAAAAAHHHHHH!!!

Pokémon Restructure - Arco HoennOnde histórias criam vida. Descubra agora