• capitulo 102 •

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Dagmar

Quando chegamos no rio, eu suspirei aliviada, desci do jatinho e já encarei de longe minha mãe com o advogado e Curió do lado.

Eu comecei a correr loucamente até minha mãe. Agarrei ela forte e quando me afastei fiquei rodando meus olhos procurando Thales.

— Cadê Thales? - Perguntei.

Minha mãe olhou pro advogado e eu senti um frio na minha espinha.

— Vocês conseguiram a guarda dele! - Ele disse e eu comecei a berrar e pular. - Mas é temporariamente, com o tempo a assistente social vai fazer a última visita e ai sim terá a guarda definitiva! - Ele disse e eu pulei em cima dele abraçando.

— Obrigado, obrigado mesmo! - Falei e sorri me afastando correndo vendo Bazilho segurando Débora. - Conseguimos a guarda do Thales! - Berrei.

Bazilho soltou Débora com tudo, ela chegou até a cair.

— Caralho! - Bazilho disse me rodando. - Agora vamos casar! - Ele disse e eu assenti com a cabeça me afastando.

Eu encarei Débora e ela olhava pro chão.

— Ô Curió faz um favor! - Bazilho chamou.

Curió veio com a maior cara amassada de quem tinha acabado de acordar.

— Qual é do bagulho mesmo? - Ele perguntou rouco.

— Leva ela pra tortura, mas não rela na mina não, tá ouvindo? Não é pra relar! - Bazilho disse.

— O que a mina fez de tão grave? - Curió perguntou.

— Colou com pilantragem, mas vai ser cobrada do jeito que merece! - Bazilho disse e ele concordou segurando ela e indo pra longe.

*****

Quando deitei na minha cama, suspirei aliviada.

Nada melhor do que chegar em casa.

Senti falta de tu nessa cama quando eu tava aqui... - Bazilho sussurrou beijando minha bochecha.

Eu olhei pra ele e sorri.

— Eu também, nem deu pra usar Bazilhão, mas eu vou usar com certeza! - Falei rindo e ele riu.

— Bora usar agora, igual aquele dia. Vamo aproveitar que Thales tá lá com tua mãe... - Bazilho disse passando a mão na minha bunda.

Eu neguei me levantando.

— Eu vou lá na Débora, eu quero descontar toda a raiva que senti. - Falei calçando meu chinelo.

Bazilho deu um pulo da cama.

— Tu tem certeza? Qualquer coisa eu mando o papo pra outra mina! - Bazilho disse e eu neguei com a cabeça.

— Ela mexeu com a coisa errada! - Falei saindo do quarto e de casa.

Eu fui subindo e logo senti Bazilho pegar minha mão. Ele foi subindo e falando a alegria dele da gente ter conseguido a guarda.

Quando chegamos lá perto da boca, encarei ela falando na maior cara de pau com os moleques da boca. Eles de boca aberta vendo ela falar, e ela se a mostrando toda.

— Não to crendo! - Bazilho disse e eu coloquei o dedo na boca pra ele não falar nada.

Fui caminhando firme até ela, quando cheguei perto eu cutuquei. Ela se virou e mudou todo aquele semblante em pé.

— Quero saber tua versão do b.o que deu lá. Eu sou interesseira né?! - Falei cruzando os braços.

Bazilho ficou a todo momento do meu lado.

— Perreco! - Ouvi o grito do Curió.

Logo chega ele do lado de Bazilho.

— Que b.o Dagmar? Eu só disse a verdade, nada do que falei foi uma mentira, tu viu a oportunidade e montou em cima dele cara. Tu sabe bem! - Débora disse.

— Montei só se for na pica. - Falei. - Tu acha mesmo que eu preciso montar em bofe pra crescer? Minha mãe me ensinou a ser independente, se eu tenho aquele lugar hoje, é graças a ele sim, mas ele me deu, eu em momento algum pedi a ele, sempre compartilhei o meu sonho e ele com a bondade dele me deu. - Falei chegando perto dela.

Ela foi dando passos pra trás.

— Foda se cara. O que rolou lá, tu errou, beijou o cara e eu fiz certo de mostrar. - Débora disse e eu acabei metendo um murro na boca dela.

Ela cambaleou e levou a mão dela pra boca.

— Tu cala a tua boca tua suja. Era mais fácil eu te trair do que trair qualquer um daqui! - Falei puxando o cabelo dela fazendo ela cair.

Eu subi em cima dela enchendo ela de murros.

— Ihullll, vai Dagmar! - Curió gritava batendo palmas

— Interesseira né?! - Falei sentindo aquele ódio.

Cara ela poderia ter acabado com meu relacionamento.

Comecei a pegar a cabeça dela e meter no chão, ela segurava firme meus cabelos.

Eu enchi ela de murros, quando eu levantei  eu comecei a chutar ela toda.

— Meu pai é do tráfico, tu acha mesmo que eu iria me envolver com uma pessoa por dinheiro? Meu pai já tem dinheiro tua burra! - Falei chutando a barriga dela.

Ela cuspia sangue.

Eu parei de chutar e suspirei.

— Me da a madeira! - Falei encarando Curió.

Ele foi correndo pegar.

— Para, já deu! - Débora disse se sentando no chão.

— Deu né? - Falei chutando a costela.

Curió veio com a madeira e eu só dei umas duas nela. Ela apagou real. Arranquei a roupa dela e deixei ela lá mesmo jogada.

— Tu vai deixar ela sem roupa? - Curió perguntou.

— Vou, só pra ela ver com quem ela mexeu! - Falei. - Vai ter que descer o morro peladinha! - Falei descendo.

Ela conseguiu pra mim tudo isso, mas acabou vacilando comigo, ela mexeu no que não deveria, ela mentiu, e uma coisa que eu odeio são mentiras...

• aperta na estrelinha •

Uma boa semana pra todxs vocês!!! ❤️

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