• capitulo 23 •

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Cecília

Era ao total quatro pessoas no dia podia visitar a Dagmar na uti. Era duas pessoas, e depois de meia hora era mais duas...

Meu pai, Curió e Orelha tinham ido resolver. Já que pra polícia ia ser só um b.ozinho e os lazarentos sairiam pela porta da frente da delegacia.

Eu fui ver a Dag, eu ainda não tinha ido ver. Entrei naquele lugar e de longe deu ora ver o quanto inchada ela tava. Eu suspirei fundo mordendo a boca e caminhando até ela. Thamara tava comigo, não abriu a boca pra falar nada.

— Dag, sou eu a Cecília... To aqui com a Thamara! - Falei segurando a mão dela. - O dia tá bem bonito. Eu acho que não vai chover... - Falei suspirando.

— Será que ela ouve a gente? - Thamara perguntou.

— Eu não sei, mas se ouvir, eu vou vir todos os dias e falar pra ela como tá o dia... Dag gostava bastante de ficar olhando o céu. - Falei.

Thamara assentiu e ficamos falando coisas aleatórias como se Dag tivesse realmente ouvindo.

Não sei vocês, mas eu prefiro acreditar que eles ouvem...

Deu nossos trinta minutos. Saímos de lá e Thamara foi embora. Eu fui pro apartamento, eu estava cansada, sem dormir... E além disso, com a mente longe. A primeira coisa que fiz foi tomar banho e dormir, eu precisava daquilo. Ellen e minha mãe estavam na sala assistindo.

Eu dormi sem nem lembrar meu nome, sem lembrar que dia era e nem o ano...

*****

Marcola

Tsunami tinha ido atrás dos corre pra saber aonde morava. Ele trampava com uns bagulhos de motor de carro. Marcamos lugar e hora pra ele colar no local, papo que a gente queria um motor.

Otário do caralho.

O mano apareceu lá e ficou meio assustado. Olha o naipe nosso também. Veio todo malandro, até tropeçou no próprio pé.

— Boa boa. Seu Bento? - Ele perguntou.

De noite Marcola e de dia Bento!

— Opa! Renan tu parceiro? - perguntei e ele assentiu.

— Eu preciso checar teu motor, eu trouxe dois ali! - Renan disse.

Orelha tava de cara fechada. Ele foi pegar o motor, quando ele chegou perto do carro o Curió veio com pózinho. O mano caiu ali mesmo, pegaram ele e colocaram no carro. Entrei naturalmente, eles entraram e eu guiei indo pra um lugar longe.

Papo que nem eu sabia aonde tava guiando. Parei numa estrada. O mano não acordava. Já tinha se passado quase uma hora e o cara lá. Quando acordou, eu já tava até cansado.

Puta merda...

— Ô mano, caralho, cês são louco? - Renan disse.

— Que demora da porra em, achei que ia ter que acordar na pancada porra! - Falei saindo do carro.

Orelha saiu do carro e puxou ele pra fora. Orelha jogou ele no chão e abaixou indo pra perto dele.

— Abre a porra do teu bico, quem tava contigo quando tu estuprou minha menor porra, quero nome caralho! - Orelha disse pegando ele pelo colarinho.

O mano lá ficou com o olho estralado, eu fiquei de braço cruzado enquanto Curió filmava e ria baixinho.

— Eu não... Sei do que tá falando! - Renan disse.

— Vai ser pior porra, tu não sabe o b.o que tu se meteu. Quem tava contigo naquela festa, tu foi na maldade com minha filha porra! - Orelha disse dando um soco na cara dele.

Ele ficou zonzo.

— Teixeira, Higão e... André! - Ele disse.

— Desbloqueia teu celular e manda o papo pra eles colarem aqui - Orelha disse. - Coloca a ligação no viva voz. Qualquer vacilo, tua cabeça rola! - Ele disse.

Renan na hora concordou pegando o celular. Nariz dele já escorria o sangue. Encostei no carro bolando um baseado enquanto ele ligava pros manos lá, Orelha apontava a arma pra cabeça dele.

Quem é louco de vacilar?

O mano cagão do caralho. Ligou pra todo mundo. Colocamos ele de volta pro carro. Entramos e ficamos ali. Passou mo cota, apareceu o primeiro, o segundo e quando chegou o terceiro, eu já peguei a pistola, desci e coloquei na parte de trás da bermuda.

— E aê rapaziada! - Falei fazendo o sinal da hang loose.

Eles me encararam sem entender. Curió veio vindo com a pistola apontada.

Eu saquei a glock, eles arregalaram os olhos.

— Ajoelha! - Falei normalmente.

Na hora eles se ajoelharam.

Orelha saiu do carro e jogou Renan no chão.

— Conhece o Amorzinho de vocês? - Perguntei rindo.

Eles deitaram no chão e eu me abaixei até eles.

Peguei meu celular e entrei na foto da Dag.

— Conhece esse doce de coco? - Perguntei mostrando a foto.

Os três olharam.

— Não conheço! - Um deles respondeu rápido.

— Não? - Me levantei dando um chute na costela.

Ele gemeu de dor.

— Não conheço eu juro! - O outro disse em desespero.

— Jura não, a tortura nem começou ainda caralho! - Falei e ele começaram a implorar.

Respeitasse pô.

• aperta na estrelinha •


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