• capitulo 58 •

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Orelha

Curió foi na frente e eu fui atrás. Entrei e dei de cara com Tsunami ainda ajoelhado, seu rosto tava inchado e roxo.

Marcola tava do lado apontando a arma pra ele.

- Mete o pé. Antes que eu meta um ferro no teu cu! - Marcola disse entre dentes.

Tsunami não conseguia levantar, Curió foi lá e ajudou ele a levantar. Ele pareceu um foguete, logo só restava eu, Curió e Marcola.

- Achei que tu tinha metido bala. - Falei suspirando fundo.

Ele negou com a cabeça e saiu da salinha. Eu sai e comecei a guiar Marcola.

Ele cheirado não era bom ficar sozinho..

Ele guiou pra sala dele e começou a andar de um lado pro outro.

- Senta ai caralho, tá quase atacando minha labirintite te olhando! - Falei me sentando no sofá.

- E o Bazilho? - Ele perguntou do nada.

Ele começou a bolar um baseado rápido.

- Tá daquele jeitão. Dag disse que deu aquela melhorada até. - Falei.

- Manda ele de volta pro postão! - Marcola disse saindo da salinha.

Fiquei ali sentado encarando o nada.

*****

Cecília

Minha mãe entrou no meu quarto com minhas roupas limpas e colocou em cima da cama.

- Mãe. - Chamei e ela me olhou. - Você acha que o pai mata? - Perguntei.

Eu tinha medo da resposta dela, eu tinha medo do que ele podia fazer...

- Acho que não, mas por você ele não mata! - Minha mãe disse. - Tsunami pisou na bola, sem mimimi! - Ela terminou dizendo.

Eu negava, eu ainda negava com tudo isso. Ele errou em matar tanta gente inocente, mas ele não podia ser julgado desse jeito.

- Vocês não deviam julgar ele desse jeito! - Falei firme.

- Óbvio que não devemos. Ele matou a agência toda, fez a gente quase morrer e ele não merece mesmo ser julgado! - Minha mãe disse em um tom de deboche. - O problema é que vocês fizeram tudo escondido desde o início, esse foi o erro. E ele acabou caindo no próprio erro, e eu te digo, teu pai é uma pessoa tranquila, mas não pisa no calo dele não, nem na família e nem na favela! - Ela disse saindo.

Eu sai correndo pra fora de casa.

Comecei a subir correndo até a boca de fumo que meu pai geralmente ficava.

Dei de cara com Orelha. Ele fazia as anotações da maconha.

- Cadê meu pai? - Perguntei ofegante.

Ele me olhou por inteira e virou a cara anotando.

- To sabendo não! - Orelha disse seco.

Eu revirei os olhos e sai dali descendo. Comecei a passar por becos e vielas e logo trombei com Curió conversando com uma mulher.

Eu comecei a chegar perto e...

- O crime só compensa se for pra roubar uns beijos seu... - Curió dizia bem perto da mulher.

Tava maior climão.

Ele estavam bem pertinho, eu fui lá e puxei ele com tudo.

- Ô caralho, qual foi? - Curió disse me olhando bravo.

- Ih, eu em, cadê meu pai? - Perguntei.

- E eu tenho o cargo pra ficar sabendo aonde ele tá? Eu sou gerente de boca de fumo, não sou guarda costas não! - Curió disse puxando a mulher pra mais longe.

Até o Curió?

Sai dali de perto e fui caminhando até a praça que eu sempre ia com a Dag pra ver os meninos jogarem bola. Eu encarei de longe e vi ela tomando açaí sozinha.

aperta na estrelinha •

Relaxa, logo teus sonhos se realizaram! ❤️

LibertinagemOnde histórias criam vida. Descubra agora