• capitulo 76 •

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Dagmar

Fomos todos pra casa, meu pai quis fazer um churrascão do nada.

Ficamos até de noite batendo papo. Depois que todo mundo vazou, a gente arrumou as coisas e fomos pro meu quarto. Eu tava cansadona, eu precisava deitar.

— Quero tomar banho, não to aguentando! - Falei pro Bazilho.

Ele me encarou e veio chegando me abraçando...

— Vamo pra minha goma então... - Ele disse.

Eu assenti e peguei minha bolsa com as minhas coisas e peguei roupa.

— Pra que tu tá pegando esses bagulhos? Tu não precisa mais trampar lá, tu tem tua própria empresa paixão! - Bazilho disse.

— Eu sei, mas eu preciso ir lá dar uma justificativa! - Falei.

— Tua coroa já foi lá, relaxa pô, tu precisa descansar e nem fazer esforço. - Bazilho disse pegando minha bolsa e colocando na cama.

Eu devolvi a roupa e peguei uma roupa qualquer. Fui saindo do meu quarto e minha mãe tava na sala.

Só vive ai.

— Já vão? - Minha mãe perguntou. - Você tá bem Dag? - Ela perguntou.

— Eu vou dormir lá... Eu to bem! - Falei.

Ela assentiu e eu fui saindo com Bazilho.

Ele quis levar a minha roupa, diz ele que menos peso pra minha era melhor.

A gente foi abraçados até lá, e quando chegamos eu fui direto pro banho. Tava meio friozinho.

Carioca é assim, não pode fazer um arzinho gelado que a gente logo aproveita a usar moletom.

21°C já é polo norte.

Tomei aquele banho sentindo um alívio, alívio por estar viva e bem.

Eu sai e me vesti com o meu pijama brega.

Eu fui caminhando até a sala e quando vi que Bazilho falava na ligação, eu parei e fiquei encarando ele que estava de costas pra mim.

— To dizendo pô, não faz barulho, minha mulher tá aqui, ela não pode nem sonhar caralho! - Bazilho disse.

Eu tomei um susto, eu fiquei parada de braços cruzados e quando ele virou, foi a vez dele de tomar um susto...

— Abre essa tua boca pra tu falar, antes que eu faça você engolir seus dentes! - Falei andando pra perto dele.

Ele ficou me encarando e negou com a cabeça.

— Relaxa, não é isso ai não! - Bazilho disse.

Eu fui indo pro banheiro pegar minha roupa suja. Ele me seguia e ficava falando que não era aquilo que eu tinha ouvido, que eu que tinha ouvido errado.

— E eu que fui achar que tu era o melhor que eu tinha tido na vida! - Falei pegando minhas roupas e indo em direção da porta.

Ele me puxou com tudo e me colocou entre a parede.

— É surpresa, eu to tentando de agradar hoje, confia pô, logo tu vê que não é essas paradas que tu ta achando. - Ele falou acariciando meus cabelos.

Eu encarei aqueles olhinhos e mordi a boca.

Não, ele tá tentando te convencer.

Eu dei um empurrãozinho e ele foi pra trás.

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