• capitulo 73 •

2.9K 305 48
                                    

Marcola

Dia seguinte...

Eu guiei pra goma, dei de cara com Rânia com as malas na sala.

- Que bagulho é esse? - Perguntei.

- To indo, eu acho que já deu esse lugar, muita gente tóxica! - Ela disse pegando as malas.

-- Cadê teu marido? - Perguntei.

- Ele foi ontem, e ele não é meu marido! - Ela disse. Eu arqueei minha sobrancelha e ela se sentou no sofá. - Eu e ele faz um tempinho que não estamos mais juntos, mas depois que eu descobri que tava grávida ele quis acompanhar de perto, eu concordei só isso! - Ela terminou falando.

Deus o livre, se fosse assim tava até agora com a Coroa de Rânia.

- Tu grávida não pode doar sangue né? - Perguntei.

Ela me olhou sem entender e depois levantou os ombros.

- Acho que não, procura no google ai! - Rânia disse. - É pra louca lá? - Ela perguntou e eu encarei feio ela.

- Tu fica ai, não vaza em! - Falei subindo indo pro meu quarto.

Eu me joguei na cama por uns dois minutos, eu tava cansadão.

Eu peguei meu celular e comecei a procurar no google, vi muitas respostas que não, mas vi uns dois falando que podia mas com uns porém.

Eu desci rapidão e vi Rânia falando no celular, ela tava chamando um táxi, sei lá que bagulho era.

Ela desligou e eu encarei ela.

- Tu precisa vir comigo, depois tu vaza se tu quiser! - Falei e ela negou com a cabeça. - Tu pode ajudar uma pessoa cara, tu tem noção disso? - Falei.

- A mina deu maior show comigo lá e agora precisa de ajuda? - Rânia disse com um deboche.

Vontade de dar um coça na fussa dela.

- Tu vê o jeito que tu fala caralho, vai ficar nessa ainda? Ela pode morrer Rânia, eu tenho certeza que ela faria isso por ti! - Falei.

Ela bufou e foi saindo na frente.

Eu peguei a mala dela e fui guiando pro postão. Quando a gente chegou todo mundo ficou olhando, a foi direto entrando no postão e eu fui atrás com a mala.

- Ô enfermeira! - Rânia chamou.

Ela olhou e veio vindo.

- Eu posso ajudar? - A enfermeira perguntou.

- Eu vou gestante, eu poderia doar sangue? - Rânia perguntou.

A enfermeira não fez uma cara nada boa.

- Eu acho melhor você falar com o doutor ali! - A enfermeira disse apontando pro médico que tava no fim do corredor.

Rânia foi indo e quando cheguei perto eles já tavam no maior papo.

- Eu precisaria falar com teu obstetra pra ver como está a sua gestação, se você anda fazendo certinho os pré natais, se anda tomando ferro! - O doutor disse. - Eu não diria que você não pode doar, diria que você poderia, mas que teria que se cuidar, tomar ferro, e se cuidar mais ainda! - Ele disse.

Ficou maior silêncio.

- E pra fazer o teste pra saber qual tipo eu sou? - Rânia perguntou.

-Vou te encaminhar em uma salinha, o resultado sai em 30 minutos! - O médico disse levando ela.

*****

Cecília

Eu fui trabalhar e sai mais cedo, fui correndo pro postão e quando cheguei vi Rânia lá no maior papo com Curió.

- Já ouviu a história do passarinho sem cú? - Curió perguntou pra Rânia e ela negou. - Era um vez um pintinho que nasceu sem cú, ele peidou e explodiu! - Ele começou a segurar a risada e começou a rir igual um porquinho.

Ô Deus, quando que cria maturidade?

Eu me sentei pra terminar as lições do curso, e logo ouvi a voz do médico eu nem liguei, ele chamou Rânia e ela foi. Fiquei ali na maior concentração até ver Rânia saindo.

Eu encarei ela e ela sorriu sem mostrar os dentes.

- Eu sou O-! - Rânia disse.

Eu suspirei aliviada.

- Nem pra fazer uma família que viesse com teu sangue em! - Curió disse falando do Marcola.

- Ih qual foi? Cecília é meu sangue bola seca! - Meu pai disse.

Eu fechei meu caderno e Ellen se levantou indo até Rânia abraçar ela.

- Obrigada! - Ellen disse abraçada de Rânia.

• aperta na estrelinha •

Respira fundo, amanhã é um novo dia! ❤️

LibertinagemOnde histórias criam vida. Descubra agora