• capitulo 13 •

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Dagmar

3 meses depois...

Eu tava planejando tudo, eu iria mesmo pra São Paulo, eu e Cecília. Eu tinha feito meus dezoito fazia algumas semanas já. Eu tava no fim dos dias da escola. E já tava me preparando pra minha nova vida.

Minha mãe tinha ficado bem magoada, ela queria que eu achasse algo aqui no Rio, mas aqui no Rio eu não tinha achado, eu teria que ir pra São Paulo.

Torcendo pra que tenha uns boys maras...

Aliás, eu ainda continuo saindo com Sasi, mas eu fico muito desconfiada, ele é um amor, mas ele tem uns papo que do nada precisa ir pra casa da mãe que mora no asfalto e some por uns dias sem nem um oi.

Geralmente ele que me manda mensagem, e não eu que mando pra ele.

Continuando falando de macho. O bonitão do Bazilho nem tchum, Cecília tentou e nada, eu tentei e nada dele. Ele vivia de cara fechada, ele só saia com as do asfalto, nada de pegar as mina da rocinha.

Desisti de verdade. Eu que não ia ficar atrás de macho que não quer nada.

— Posso bater um papo contigo? - Meu pai disse já sentando na minha cama. - Tu tem certeza que vai pra lá? - Ele perguntou.

— Vou, quero seguir na vida da moda ué! - Falei.

Ele assentiu e pegou na minha mão.

— Te dou a força que for, vai lá, mas cuidado pô, o mundo é cheio de armadilhas e de gente que tá na maldade. - Ele disse e eu assenti abraçando ele.

Ele saiu do quarto e eu mandei mensagem pela primeira vez pro Sasi. Eu precisava falar com ele, eu precisava falar que eu iria ir embora. Eu não tinha nem contado ainda, eu esperei dar tudo certo.

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Eu: Nego, precisava falar contigo. Vamo se ver lá na pracinha às oito. Beijão nessa sua boquinha! 🥵 -(17:32) ✔️✔️

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*****

Fui pra praça, comprei aquele açaí de lei e me sentei em um banco. Comi o açaí todinho e nada de Sasi. Demorou pra um caralho. Do nada vi uma mona vindo, nem liguei. Ela parou na minha frente, pensa num bicha gata, ela e uma menininha.

— Tudo bom? - Ela disse séria.

— Eu to por que? - Perguntei deixando o potinho pro lado.

— Sou a mulher do Sasi! - Ela disse.

Eu fiquei ali encarando ela. Ela deixou a menininha ir pros brinquedos e eu fiquei ali sem tirar os olhos dela.

— Que papo é esse mona? Até esses tempos ele tá saindo comigo. Ele sempre falando que não tem nega nenhuma! - Falei.

Ela sentou do meu lado e passou as mãos na cara.

— Não vim brigar. Não é a primeira vez, por isso que eu mesma vim, eu sei que ele viu a mensagem, eu fiz a questão de não apagar pra ele ver e vir. - Ela disse.

— Eu peço desculpas, ele nunca me disse nada, se falasse eu nunca nem teria pegado aquela maricona! - Falei fazendo um coque no cabelo.

— Relaxa aê, só vim te avisar e abrir teu olho. Sasi e eu tá a seis anos juntos, eu sei das papagaiadas dele, mas não tenho pra onde ir, eu fico. Ele não me trata mal, não me bate, da o que eu quero, mas o que ele não me da é respeito. Ele tenta fazer as coisas escondidas, mas ele sempre cai no próprio buraco! - Ela disse.

Eu fiquei sem o que falar. Aquela maricona do caralha vai ver.

Ele não me pegou vida da no giraia ainda.

Ela chamava Naira, ô nega bonita, dava pra ver que a nega era gente boa, mas com aquele traste ela parava no tempo.

— Naira! - Ouvimos aquela voz.

Eu encarei ele. E ela na mesma hora encarou ele.

Ela pelo jeito não teve coragem de dar o primeiro passo. Eu me levantei e coloquei a mão na cintura. Ele continuou encarando a Naira sério.

— Tua filha e tua mulher são um arraso. Eu amei ela. Você deveria rever esse teu conceito de respeito! - Falei.

Ele me encarou na mesma hora.

— Dag! - Ele disse e eu neguei.

— Antes de tu abrir tua boca, seja um bom marido e um bom pai. Do mesmo jeito que tu tá desrespeitando ela, tu tá desrespeitando tua filha. Ninguém merece essa palhaçada! - Falei negando e saindo dali.

Filho da puta.

Quando eu começo a gostar de alguém, olha o que dá.

O negócio tem que ser igual teoria da branca de neve, por que só ter um se eu posso ter sete!

• aperta na estrelinha •


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